12 ‧ Suguru

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gente só lembrando que aqui no BR temos nosso querido SUS que é de “graça”, mas os gringos não tem e eles pagam até pela ambulância que leva o paciente pro hospital, então assim….. gastos com saude lá são exorbitantes porque vc paga por tudo

dito isso, imagino que vocês já devam ter noção do que vão se tratar os “problemas” futuros na fic

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Conta em atraso.

Vencida.

Fundos insuficientes.

Suspirei e olhei para a tela do meu notebook. Entre a culpa e a vergonha, havia uma sensação avassaladora de afogamento. Nem mesmo quando comecei meu negócio, nunca tive preocupações com dinheiro. Não assim. Agora, as contas estavam chegando e eu não conseguia pagar e os pedidos não eram entregues porque eu não conseguia pagar adiantado, então eu estava trocando dinheiro entre contas, brincando de gato e rato com devedores e credores, tentando manter minha cabeça acima da água.

Digitei outro e-mail rápido, pedindo à minha gerente de caso para, por favor, acompanhar as reivindicações de indenização trabalhista e seguro. Fazia apenas algumas semanas desde que preenchemos a papelada, mas nossa carga de trabalho havia diminuído para quase a metade, mas as contas nunca paravam de chegar.

Eu nunca escondi nada de Satoru antes, mas ele não podia saber sobre isso. Apenas aumentaria seu estresse e prejudicaria sua recuperação.

Fechei meu notebook e suspirei. Prometi a Satoru um pouco de comida chinesa para o jantar, então adicionei isso à minha crescente dívida de cartão de crédito e fechei a porta do escritório.

Depois que Hakari e Choso foram embora, tranquei a oficina, tranquei o portão da frente e levei a comida chinesa para o andar de cima. Apesar da preocupação com dinheiro, eu estava animado para esta noite. Uma noite no sofá em frente à TV provavelmente pareceria ruim para qualquer outra pessoa, mas parecia perfeito para mim.

Todas as pequenas coisas que eu antes dava como certo, agora eram uma preciosidade. Assistir TV, se aconchegar no sofá, ficar de mãos dadas.

Eu nunca mais os subestimaria novamente.

Quase tudo foi tirado de mim, e agora que eu sabia o seu verdadeiro valor, nunca mais desconsideraria nada.

A sala de estar estava vazia, então coloquei a comida chinesa no balcão da cozinha e vi que a porta do banheiro estava aberta.

— Pedi o jantar mais cedo. — eu disse. — Assim eu não teria que sair de novo.

Sem resposta.

Fui até o banheiro e espiei lá dentro, meio que esperando que ele estivesse na pia ou fazendo xixi ou algo assim.

Ele não estava.

Tentando não entrar em pânico, eu me virei para o quarto dele. Talvez ele tivesse ido se deitar direito, mas sua cama estava vazia.

Eu gritei mais alto dessa vez:

— Sato?

Foi então que notei que a porta do meu quarto estava entreaberta. Que diabos? Espiei lá dentro, quase com medo do que poderia encontrar, com meu coração na garganta. Mas lá estava ele, dormindo na minha cama.

Ah, Satoru.

Meu coração estava fazendo todo tipo de coisa maluca, tentando se acalmar depois de quase ter um ataque de pânico, mas se enchendo de amor e tristeza. Por que minha cama? Ele precisava estar perto de mim?

Pieces of Us | SatosuguOnde histórias criam vida. Descubra agora