Capítulo 1

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                                 Lily (24 anos)

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Lily (24 anos)

ANOS DEPOIS....

Acordo com o barulho estridente do despertador tocando. Sem hesitar, me levanto e sigo para o banheiro, a excitação do meu primeiro dia na clínica de Montreal me impulsionando. Opto por um banho de banheira, permitindo que a água quente afaste os vestígios de preguiça. O vapor levanta-se, e eu me sinto renovada.

Após o banho, dirijo-me ao closet. Escolho uma calça pantalona rosa e um cropped branco, pensando que a combinação é confortável e profissional. Faço uma maquiagem leve, o suficiente para disfarçar as olheiras de quem passou o fim de semana mergulhada em livros.

Na cozinha, encontro Nella de frente para o fogão, preparando o café da manhã. A cozinha está inundada pelo aroma do café fresco e do pão tostado.

Nella é uma mulher de aproximadamente 47 anos, com uma presença que combina calor humano e um toque de autoridade sutil. Seus cabelos são castanhos com fios grisalhos, geralmente presos em um coque desarrumado, dando-lhe um ar prático e acolhedor. Ela tem uma estatura média e uma figura que, embora não seja esbelta, é robusta e transmite a sensação de alguém que leva a vida com energia e determinação. Ela trabalha na minha casa desde que eu me mudei da casa dos meus pais, a alguns anos atrás

- Bom dia, Nella. - digo, com um sorriso contagiante.

- Bom dia, minha menina! Dormiu bem? Está bastante empolgada para quem acordou cedo - Nella responde, virando-se para mim com um olhar curioso.

- Dormi bem e estou extremamente empolgada para começar meu dia na clínica - afirmo, não conseguindo esconder o entusiasmo.

- Já sabe quem vai ser seu paciente? - pergunta Nella, enquanto mexe na panela.

- Ainda não sei, mas dizem que ele é bem complicado - respondo, um pouco incerta.

- Tome cuidado com ele, qualquer coisa, chame os seguranças. E não venha sozinha à noite, dizem que tem um louco à solta - Nella diz, sua voz carregada de preocupação.

- Não se preocupe, Nella, vou tomar cuidado e meu segurança está comigo - tranquilizo-a, tentando minimizar a preocupação dela.

- Agora vou indo, não quero chegar atrasada no meu primeiro dia - digo, apressada.

- Vá, minha menina, tenha um bom primeiro dia - Nella deseja, com um sorriso caloroso.

Me despeço de Nella e saio em direção ao carro. Enquanto dirijo, penso nas palavras de Nella. Realmente, não sei muito sobre meu paciente, apenas que ele é descrito como difícil e que preciso ter cuidado redobrado.

O trajeto até a clínica leva cerca de 40 minutos, passando por estradas que serpenteiam por áreas menos habitadas de Montreal. A paisagem tranquila parece contrastar com a expectativa que sinto.

Finalmente, chego à clínica e fico maravilhada com a estrutura grandiosa que se ergue diante de mim. Ao contrário do que eu imaginava, é imponente e bem conservada. O edifício, de arquitetura clássica, é de um tom de pedra cinza claro, com detalhes em molduras brancas ao redor das janelas e portas. Suas paredes externas são altas e sólidas, com grandes janelas de vidro que permitem a entrada de luz natural, mas são emolduradas por cortinas pesadas que conferem uma sensação de privacidade. A fachada é decorada com colunas robustas e uma entrada principal marcante, composta por grandes portas duplas de madeira escura, com puxadores de bronze polido. Acima da entrada, um letreiro discreto com o nome da clínica está iluminado por lanternas de estilo antigo, conferindo um toque de sofisticação e tradição.

Admirando a imponência do edifício, resolvo entrar para conhecer meu paciente e começar esse novo capítulo da minha carreira.

Amando meu paciente: A Enfermeira e o PacienteOnde histórias criam vida. Descubra agora