Capítulo 6

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Na sexta-feira, a pequena fase de lua de mel que Harry e Draco experimentaram passou. Eles estão de volta ao normal. Harry tem que ter o jantar na mesa às cinco e estar apresentável. Ele não consegue usar uma camisa suada e subir do laboratório de fermentação às quinze para as cinco, e ele tem uma pequena marca vermelha na bochecha para lembrá-lo disso. Draco não esconde isso.

Mas ele não está muito irritado. Ele está em êxtase com o "Excelente trabalho, Sr. Potter", que Snape lhe deu ontem, ao entregar sua poção bem-sucedida. Ele sorri agora só de pensar nisso.

Ele e Draco estão caminhando juntos, às sete da noite, em direção ao Caldeirão Furado para se encontrar com Ron e Hermione. Draco está segurando sua mão, frouxamente. Eles não falam muito, alguns comentários de vez em quando, mas nada substancial. O jantar transcorreu da mesma maneira afetada.

Harry fala a maior parte do tempo com Snape. Ele ajudou o homem a preparar poções na terça-feira e depois ficou para o almoço na quinta-feira. Conversar com Snape é surpreendentemente fácil. Ele não se importa com os comentários sarcásticos de Harry agora que não é mais aluno, e Harry passou a apreciar o senso de humor único de seu professor severo quando isso não está lhe custando uma nota ou pontos na casa.

"Severo", embora já tenha sido adequado, pode não ser o melhor descritor para o que Harry pensa atualmente de Snape. Talentoso, inspirado, espirituoso, inteligente? Talvez um pouco bonito.

Harry olha para onde seus dedos estão entrelaçados com os de Draco e engole em seco. Bonito de uma forma totalmente platônica, esse homem só está sendo legal comigo, me ensinando a fazer poções, me resgatando e cuidando de mim até ficar saudável. Esse tipo de beleza. Muito casual.

Draco olha para Harry que parece estar com a cabeça nas nuvens.

— O que está em sua mente, amor?

— Ah, não muito. Pensando em poções — mestres.

— Fico feliz que você esteja gostando tanto, é bom ver você feliz com alguma coisa — Draco comenta e desvia o olhar antes que Harry possa encontrar seu olhar.

Ele gostaria que Draco simplesmente dissesse o que queria dizer. Harry não é bobo, ele pode ver que Draco deixou de fora a parte em que ele está furioso com a infelicidade de Harry. E de quem é a culpa? ele pensa, com amargura.

O Caldeirão Furado está movimentado, como sempre acontece em uma sexta-feira quente de verão. Hermione e Ron já se encontram em uma cabine familiar perto do fundo, com quatro canecas de cerveja na frente deles.

Harry não teve notícias de nenhum deles desde a carta que ele enviou na semana passada. Hermione não escreveu mais, ele não sabe se isso é bom, ela ouviu o que ele disse, ou se isso é ruim e ela está chateada com ele.

Em ambos os casos, ela age como se nada tivesse acontecido e força Ron a sair da cabine para que ela possa dar um grande abraço em Harry. Ron dá um tapinha nas costas dele. Não passa despercebido que nem Ron nem Hermione dão a Draco uma saudação muito calorosa, e Draco é similarmente cauteloso com Hermione.

Essa vai ser uma noite longa pra caramba.

— Como você está, Ron, algum caso interessante? — Harry pergunta, tomando um gole de sua bebida. Ele olha para Draco, que bebeu metade de sua cerveja como se fosse água. Ele não bebe nada desde sexta-feira passada.

— Claro, companheiro. Queria que esses malucos tirassem o verão de folga ou algo assim. Você não acreditaria na quantidade de "Comensais da Morte" que pegamos na semana passada. — Ron faz aspas no ar em torno de "comensais da morte". — Realmente, eu quero jogar esses idiotas de meia-tigela em uma cela com Lestrange por uma tarde, para ver o quão chamativo eles acham que é ser um Comensal da Morte. — Ele comenta, obviamente ainda animado.

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