Capítulo 17

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— Profe–Severus! Obrigado por se encontrar comigo!

É quase meio-dia de uma quinta-feira. Hermione está parada no balcão de um pequeno café perto da junção das vielas Diagonal e Tranco, aninhado ao lado do Quadribol de Qualidade. Severus acaba de entrar, vindo atrás dela.

— Claro — ele diz e fica feliz pela distração imediata de pedir um café, evitando o pior da conversa fiada. Ele paga pelos dois, apesar dos protestos de Hermione, e eles se sentam perto da janela. Todos os dias de verão são movimentados na Londres bruxa, então grupos de moradores e turistas passam por lá. Severus pensa brevemente em Harry, que gosta de olhar pelas janelas da loja e fofocar.

— Como vai a loja? — ela pergunta educadamente.

Severus deseja que ela fosse direto ao ponto. Ela enviou uma mensagem há vários dias perguntando se eles poderiam se encontrar sem Harry. Deu certo que Harry vai para a Londres trouxa nas tardes de quinta-feira para terapia e almoço com Luna. Ele tem sentimentos mistos sobre as quintas-feiras. Por um lado, ele se acostumou muito com a presença constante de Harry e não gosta que ele fique fora a maior parte do dia. Por outro lado, Harry sempre traz de volta alguma comida nova e estranha e gordurosa para eles experimentarem.

— Muito bem, Harry tem sido uma grande ajuda desde que se ofereceu para comandar a parte da frente. — Mais precisamente, Harry disse a Severus que ele 'não deveria ter permissão' para interagir com o público em geral e alegremente se colocou no comando. Funciona bem para ambos. Severus realmente detesta lidar com clientes, e Harry gosta de ter algo para fazer enquanto estuda e trabalha em pesquisas.

— Excelente. Sinto muito por chamar você tão do nada. Primeiro, queria me desculpar pelas minhas ações na semana passada, quando levei Harry para casa. Ele explicou que houve um mal-entendido.

— Não é um problema, não precisa se desculpar.

— É que Ron e eu deixamos passar algumas coisas entre ele e Draco. Se tivéssemos apenas... Bem, não importa agora, mas não cometeremos o mesmo erro novamente. — Ela parece muito séria.

Severus assente. É uma ameaça, mas ele está feliz que Harry tenha amigos próximos o suficiente para fazer tal ameaça.

— Acredite em mim, Srta. Granger, eu poderia ter evitado que Harry sentisse uma dor inimaginável se tivesse dito algo antes. — Severus não queria que isso soasse tão sombrio, mas ambos ficam sombrios, refletindo por um momento. Severus se lembra do dia em que trouxe Harry para casa da Mansão Malfoy, e como isso nunca teria acontecido se ele tivesse feito Harry procurar ajuda antes. Isso ainda o mantém acordado à noite ocasionalmente.

Hermione toma um gole de seu café com leite e olha pela janela por um momento, se recompondo.

— Passando para assuntos mais leves, na verdade estou aqui para falar sobre o aniversário de Harry.

31 de julho, pensa Severus, instantaneamente. A noite em que Harry apareceu na porta dele está gravada em seu cérebro. São dois sábados a partir de agora. Ele está planejando como abordará o assunto com Harry, mas mantém a esperança de que ele mesmo o faça.

— Ah? — Severus não tem certeza se o aniversário de Harry é um assunto mais leve, mas está ciente do fato de que Hermione pode não saber disso.

— Nós, Molly e eu, estamos esperando fazer uma surpresa. Pensamos em mandar fazer uma chave de portal, para que você pudesse levar Harry para a toca, desculpe, para a casa de Molly e Arthur Weasley, sem que ele soubesse.

No dia 31?

— Era o que estávamos pensando. Draco sempre monopolizava seus aniversários, então não passamos um com ele há algum tempo. Ano passado, acho que ele disse que o levou para a Grécia, se é que ele estava falando a verdade. — Hermione ri, e Severus olha pela janela. É estranho ouvir o nome de Draco sendo jogado tão casualmente. Em sua própria casa, é equivalente a algo imperdoável, algo dito apenas em circunstâncias muito específicas, muitas vezes emocionais. Harry aparentemente não compartilhou muito com Ron e Hermione, embora parte do que ele saiba sobre o último aniversário de Harry, ele não tenha certeza se deveria saber.

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