the quiet boy | chanmin

‧₊°๑⋆ Dix

— o que foi, filho? você parece tão mal... — a mãe perguntou, enquanto esperavam a psicóloga de seungmin aparecer.

— tô bem, mãe. — ele respondeu.

era segunda feira, as quatro da tarde. eles estavam sentados na sala de espera do consultório, só esperando a psicóloga aparecer. agora esse seria o novo horário, já que a doutora jessica trabalhava em outra clínica além dessa, então precisou mudar os horários.

— olha filho, estão te chamando. — avisou ela, apontando para a psicóloga, que deu um tchauzinho assim que o kim a olhou. ele se levantou, deu tchau pra mãe e foi até a sala, acompanhando a psicóloga. ele se sentou no sofá de frente para a poltrona, onde a doutora se sentou.

— oi, seungmin! como você está? semana passada nós não nos vimos, e eu peço desculpas por isso... minha rotina está uma bagunça. — ela começou, se desculpando.

— não tem problema, doutora. — ele respondeu, com um sorriso simpático.

— bom, o que tem acontecido na sua vida ultimamente?

— meu... meu pai voltou pra casa. — ele começou contando. — além disso, eu beijei o menino que eu gosto, falei, contei pro meu melhor amigo que meu pai voltou e que eu beijei o menino que eu gosto, e pra fechar com chave de ouro, descobri que o menino que eu gosto aprendeu mais de cinco músicas em libras e cantou elas pra escola inteira saber que eu sou surdo. e eu briguei com ele. — contou tudo de uma vez, deixando a mulher em sua frente em choque.

— caramba, seungmin... parece que sua semana não foi muito calma, né? — ele negou. — quer começar a falar sobre qual assunto? — ele respondeu com um "tanto faz". — bom, então podemos começar pela briga com o garoto que você gosta, pode ser? qual é o nome dele?

— é chan. — ele soletrou, vendo a doutora arregalar os olhos. — o que foi? tá tudo bem?

— está sim, me desculpe. — ela se ajeitou na cadeira. — bom... e por que vocês brigaram?

— ah, doutora... tudo tá conectado... — ele começou. — segunda passada ele foi lá em casa depois do ensaio com a banda. ah, eu esqueci de falar... mas ele e outros dois amigos tem uma banda, e no sábado teve o festival de verão, e eles se apresentaram lá. foi por isso que a gente brigou.

— por conta dele ter ido na sua casa ou pela apresentação? — ela perguntou, pensando um pouco mais.

— foi por conta da apresentação... — ele respondeu. — sabe, eu sempre fui invisível, muito na minha, e ninguém nunca percebeu que eu sou surdo. daí, ontem, quando eles foram apresentar no festival de verão, o chan aprendeu todas as músicas em libras e apresentou pra escola inteira. — contou, meio chateado.

— ah, mas foi fofo da parte dele, você não acha? — ela perguntou. — posso perguntar por que ficou tão irritado?