Diego POV
— Pela última vez, Amaury... — eu suspirei pesadamente, massageando minhas têmporas tentando fazer essa dor de cabeça ir embora. — Minha mãe não estava te encarando!
— Hmm, eu tenho bastante certeza que ela estava e eu tenho bastante certeza que eu não iria inventar uma coisa como essa.
— Eu não disse que você estava inventando, eu disse que ela não estava te encarando. Minha mãe só encara quando a gente ou meus irmãos fazem algo realmente ruim. Ou quando meu pai deixa toalhas molhadas na cama. Aí, ela encara.
— Você não acha que a gente de mãos dadas seria considerado algo ruim? Porque eu tenho quase cem por cento de certeza de que ela viu a gente e foi quando ela começou a me encarar.
— Amaury. Ela não viu nada. Confie em mim, se ela tivesse visto, ela já teria me dito. Só relaxa, por favor, você está me deixando nervoso.
— Você está nervoso?! — Amaury exclamou, seus olhos se arregalando. — Você está brincando comigo? Eu sou aquele qu-
— Cala a boca, ela tá vindo — eu disse a ele e me afastei de seu corpo.
Eu andei para o outro lado da cozinha enquanto nós dois ouvíamos a descarga.
Meu apartamento inteiro cheirava a esse perfume de rosas com frutas que minha mãe usa, e isso é meio confortante de uma maneira. De outra, é totalmente desesperador. Pobre Amaury, parece que ele ou vai desmaiar ou vai se pendurar em mim até se acalmar. Eu acho que nunca quis tanto beijá-lo.
Ela entrou na cozinha e sorriu docemente pra gente, parando pra colocar um pouco de loção em suas palmas e começar a espalhar por sua pele.
— Me desculpe por aparecer assim, querido. Eu pensei que você estaria em casa e eu peguei um uber pra chegar aqui, querendo te fazer uma surpresa. Eu teria esperado lá embaixo no hall, mas o porteiro ficou me encarando de um jeito estranho, então resolvi subir.
— Tudo bem, mãe. Eu não teria te dado uma cópia das chaves se eu não quisesse que você as usasse de vez em quando — eu disse, respirando fundo, com um sorriso sincero no rosto.
— Eu tentei te ligar também — ela continuou. — Você recebeu minha mensagem?
— Não, a gente estava no estu- — eu quase não me segurei e limpei minha garganta.
— Onde?
— Fora. A gente estava fora e eu esqueci que meu celular estava desligado.
— Ah — minha mãe assentiu com a cabeça e se virou para Amaury. — Então, você é o famoso Amaury que fez companhia ao meu filho quando ele estava doente, algumas semanas atrás?
Amaury assentiu, ajeitando sua postura e arrumando sua camisa.
— Sim, Dona Bahia, sou eu.
Ela meneou com a mão.
— Oh, bonitinho, pode me chamar de Erika — se aproximando de Amaury, ela apertou seus olhos e gentilmente colocou uma mão em sua bochecha. — Que rosto adorável para um rapaz. Igual ao meu Diego. Você é modelo, também?
— Sim, senhora.
— Eu sei que Diego não está tendo muita sorte em encontrar trabalho, como estão as coisas pra você?
Eu me senti um pouco mal por mentir pra minha mãe sobre não estar trabalhando quando na verdade eu estava. Mas ela iria querer saber no que era e eu não iria nem tentar explicar isso pra ela, mesmo ela sendo bastante mente aberta.
Amaury deu de ombros.
— Está indo bem... Eu acabei de falar com Diego pra conhecer meu agente. Ele é realmente bom em achar trabalhos que pague bem.
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Smile For The Camera | Dimaury
FanficAmaury e Diego são dois modelos héteros que vão trabalhar para uma revista gay. O quão longe isso pode ir? O quão confuso isso pode ficar? Se era errado ou certo eles não sabiam, eles apenas gostavam. Essa obra foi escrita originalmente em inglês po...