Luana tem o sonho de ser uma artista conhecida pelo Brasil mas morando no interior do Rio de Janeiro, a chances de isso acontecer é quase nulas e então ela se muda pra São Paulo, tendo oportunidade de conhecer a arte de outra pessoa. Barreto.
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LUANA NARRANDO
Posiciono o celular na pia para conversar com a minha avó enquanto me arrumo para ir trabalhar.
— Arrumou um trabalho, filha? — minha avó me pergunta, e eu dou um sorriso.
— Consegui, vó. Mas acho que vai ser pior que a floricultura; vou trabalhar no McDonald's. — falo, penteando meu cabelo. A mais velha me olha surpresa.
— Você tá diferente.
— Diferente ruim ou diferente bom? — pergunto, e ela ri.
— Diferente bom! E o menino que falou ontem?
— Ele me mandou mensagem ontem, e a gente saiu para uma sorveteria. — digo, e ela abre um sorriso gigante.
— Então é isso o motivo do brilho, sabia! Beijou? — pergunta curiosa, fazendo eu abaixar a cabeça sem graça.
— Ai, vó, pra que fazer essas perguntas, hein? — me recomponho e começo a lavar o rosto.
— Desse jeito nem precisa responder; já sei que beijou. — diz, e eu dou uma risada nervosa.
— Vó, para com isso! Tô ficando com vergonha já. — começo a me maquiar.
— Tá bom, fia, já vou desligar pra deixar você se arrumar e eu ir fazer as coisas daqui de casa.
— Beleza, vó, beijos, te amo.
— Te amo, bebê da vó. Boa sorte no novo emprego, Deus te abençoe.
— Amém! — falo, e ela desliga a chamada.
Deus me abençoe mesmo, porque eu vou precisar.
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Solto um suspiro de alívio vendo que falta só trinta minutos pra eu ser liberada. Eu trabalho das seis e meia da tarde até meia-noite; não estou com sono, mas estou morrendo de cansaço.
O bom é que grande parte das pessoas que vêm pedir algo , pedem no totem em vez de ir direto no caixa.
— Graças a Deus, só falta mais trinta minutos. — a Alice, garota que trabalhava no caixa comigo, fala.
