19, namoro

81 7 1
                                    

LUANA NARRANDO

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

LUANA NARRANDO

Chegamos na praia bem cedo, e o dia já estava perfeito. O céu azul, o mar calmo, e aquela brisa que fazia a gente se sentir como se não houvesse lugar melhor no mundo.

Assim que estacionamos a moto, senti o calor do sol me envolvê-la. A praia estava tranquila, e eu já sabia que aquele seria um dia especial.

Desci da moto e tirei o short e a camiseta, revelando meu biquíni. Quando olhei para o Kauã, vi que ele me olhava de cima a baixo, com um sorriso malandro.

— Tá me encarando por quê? — perguntei, arqueando a sobrancelha, tentando disfarçar o sorriso.

— Difícil não olhar — ele disse, soltando uma risada. — Você de biquíni... Eu tô feito.

— Ah, é? — brinquei, colocando a mão na cintura. — E agora que você se acha o sortudo, vai ficar só olhando ou vai me acompanhar no mar?

— Depois dessa visão, acho que vou precisar de um banho gelado — ele respondeu, me fazendo rir.

Rimos juntos, e ele tirou a camiseta, jogando ela de qualquer jeito na canga. Meu Deus, o Kauã tinha esse jeito despretensioso que me deixava boba.

Peguei na mão dele e corremos em direção ao mar, a água batendo nos nossos pés e depois subindo pelas pernas. A sensação era maravilhosa.

Ele, claro, não resistiu a me molhar antes mesmo de eu me preparar. Jogou um jato de água na minha direção, e eu só pude gritar, rindo.

— Tá pedindo pra levar um caldo, hein! — ameacei, mergulhando em direção a ele.

Acabou que nós dois nos enroscamos na água, rindo como duas crianças. Ele tentou me levantar, me jogando na água de novo, e eu tentando puxá-lo junto.

Acabamos os dois ensopados, com a água do mar pingando dos nossos cabelos, mas o sorriso no rosto de Kauã fazia tudo valer a pena.

— Tá vendo? Eu sou imparável — ele disse, saindo da água e balançando a cabeça pra tirar o excesso de água.

— Imparável nada! Quem se molhou inteiro foi você — retruquei, jogando o cabelo para trás e sorrindo.

Depois de brincar no mar, voltamos pra nossa canga, onde ele me ajudou a secar os cabelos. Estava tão gostoso só ficar ali, aproveitando a tranquilidade da praia.

Em meio a tudo isso, alguns ambulantes passaram por nós vendendo acessórios de miçangas e outras coisinhas artesanais.

Kauã olhou para um colar com contas coloridas, mas não era o colar que ele estava de olho, e sim um pequeno anel de girassol de miçangas. Ele chamou o ambulante, comprou o anel e, sem dizer uma palavra, pegou minha mão delicadamente e o colocou no meu dedo.

— E agora a gente tá namorando — ele disse, com a cara mais séria do mundo, como se fosse a coisa mais normal do universo.

Eu ri, olhando o anel no meu dedo e depois pra ele.

— Ué... Eu nem aceitei namorar com você ainda — brinquei, arqueando as sobrancelhas.

— Vai dizer que não aceitaria? — ele rebateu, o sorriso sacana voltando.

— Ah, claro que aceitaria, bobo! — respondi, empurrando-o de leve, mas o coração batendo forte. — Eu não resistiria a um anel de miçangas, né?

Kauã se aproximou de mim, e nossos lábios se encontraram novamente, mas dessa vez o beijo foi diferente.

Mais intenso, mais lento, como se a gente estivesse selando algo muito maior do que apenas um momento. A cada toque, sentia uma onda de calor percorrer meu corpo, e suas mãos nas minhas costas me traziam mais pra perto.

Era como se o mundo parasse ao redor da gente, e tudo o que existisse fosse aquele beijo.

Ele me puxou pra mais perto ainda, e eu não resisti. Os beijos quentes e sensuais que a gente trocava sempre vinham carregados de desejo, mas dessa vez, havia algo mais. Eu podia sentir.

— Eu te amo, sabia? — ele sussurrou, quando nossos lábios finalmente se separaram.

Eu fiquei ali, parada por um segundo, só processando o que ele tinha dito. Meu coração disparou, e um sorriso involuntário apareceu nos meus lábios. Aquilo era tudo que eu queria ouvir, e parecia que ele sabia exatamente o momento certo de dizer.

— Eu também te amo, Kauã — sussurrei de volta, sentindo uma paz enorme me invadir.

Nos beijamos de novo, mas dessa vez, era como se aquele "eu te amo" tivesse mudado tudo. Tinha algo de mais profundo entre nós, algo que ia além da atração, do desejo. Era amor.

O NOSSO AMOR A GENTE INVENTA, Barreto mcOnde histórias criam vida. Descubra agora