15, momento

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LUANA NARRANDO

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LUANA NARRANDO

Era uma quinta-feira ensolarada e tranquila, e eu estava completamente perdida em momentos com Kauã.

Estávamos no quarto dele, aconchegados na cama, onde as risadas e conversas fluíam naturalmente enquanto trocávamos carinhos e beijos.

A energia entre nós era palpável, e cada toque parecia reafirmar o que sentíamos um pelo outro. Ele me olhava de um jeito que me fazia sentir como se fosse a única pessoa no mundo.

— Você é tão perfeita, sabia? — Kauã murmurou, com um sorriso que iluminava seu rosto. Eu não consegui evitar sorrir de volta.

— Para de graça— respondi, brincando. — Você só diz isso porque quer mais um beijo.

— Não, eu digo isso porque é verdade. Mas um beijo seria uma boa adição — ele disse, inclinado em minha direção.

Nossos lábios se encontraram em um beijo suave, que logo se tornou mais intenso. O tempo parecia parar enquanto estávamos juntos, e eu poderia ficar assim para sempre.

As paredes do quarto, decoradas com pôsteres de rap e coisas de girassóis, pareciam nos envolver em uma bolha de amor.

No entanto, como se o universo quisesse testar nosso momento, meu celular começou a tocar.

Kauã fez uma careta, claramente irritado.

— Poxa, quem é que está ligando agora? — ele reclamou, olhando para meu celular com desdém. — Estão tentando atrapalhar nosso momento.

— Espera, deixa eu ver — respondi, tentando ignorar a chamada e me concentrar nele. Mas, infelizmente, a ligação não parava.

— Atende logo, vai. — ele fez um gesto com a mão, resignado.

Suspirei e peguei o celular. Quando vi que era Sofia, não tive escolha a não ser atender.

— Alô? — eu disse, tentando não parecer muito desapontada.

— Luana! Você não vai acreditar! — Sofia respondeu do outro lado, sua voz cheia de empolgação.

— O que aconteceu? — Perguntei, agora mais interessada.

— A equipe da batalha da aldeia adorou seu trabalho! Eles disseram que, se você quiser, você pode fazer parte da produção! — A felicidade na voz dela era contagiante.

Eu não consegui conter um sorriso enorme que brotou em meu rosto.

— Sério? Eles realmente gostaram? — perguntei, quase sem acreditar.

— Sim! Eles amaram a folhinha e querem que você ajude a criar mais! É uma oportunidade incrível, Lu! — Sofia disse, quase gritando de entusiasmo.

Enquanto isso, olhei para Kauã, que parecia confuso, com a expressão de quem não estava ouvindo nada da conversa. Ele me encarava com uma mistura de curiosidade e preocupação, mas eu estava tão envolvida na chamada que não percebi a profundidade do que estava acontecendo até que finalizei.

— Meu Deus, isso é incrível! — eu disse, mal conseguindo conter minha alegria. — Obrigada, Sofi!

— Você vai mesmo considerar? — ela perguntou, e eu percebi a preocupação em sua voz.

— Claro que sim! É uma chance de ficar em São Paulo e fazer o que eu amo! — respondi, meu coração pulando de felicidade.

Depois de desligar, olhei para Kauã, que parecia estar prestes a perguntar o que estava acontecendo.

— E aí? O que foi? — ele questionou, ainda confuso.

— Kauã, você não vai acreditar! — eu exclamava, mal contendo a excitação. — A equipe da batalha da aldeia adorou meu trabalho e quer que eu faça parte da produção!

Os olhos dele brilharam, e um sorriso largo se espalhou pelo rosto.

— Sério? Isso é incrível! — ele exclamou, aliviado e animado. — Eu estava morrendo de medo de te perder, Lua.

— Nunca! — eu disse, encostando minha mão em seu rosto, acariciando-o suavemente. — Eu estou aqui, e vou continuar aqui.

Ele me puxou para perto, e voltei a me aconchegar em seus braços. A alegria pela notícia parecia se misturar à tensão que havia antes.

Por um momento, me esqueci da ansiedade que sempre pairava sobre nós.

— Então, o que vamos fazer agora? — ele perguntou, olhando nos meus olhos.

— Vamos aproveitar! — eu respondi, meu sorriso se alargando. — Não podemos deixar que nada atrapalhe nosso tempo juntos.

Voltamos a nos perder em beijos e carinhos, como se o mundo ao nosso redor tivesse desaparecido novamente.

O quarto estava cheio de risadas e sussurros enquanto explorávamos cada canto do nosso afeto.

— Você sabe que, mesmo quando eu for para São Paulo, eu vou ter que voltar para o Rio, certo? — disse, tentando não deixar a insegurança transparecer muito.

Kauã franziu o cenho, a expressão preocupada reaparecendo em seu rosto.

— Eu sei... mas só de pensar em você longe já me deixa mal. E se você achar que é melhor ficar lá? E se você encontrar alguém que te faça feliz lá? — ele disse, um tom de desespero na voz.

— Kauã, você é o que me faz feliz — assegurei, olhando fundo em seus olhos. — Eu não estou indo para longe por muito tempo. É só para resolver algumas coisas, e já volto.

Ele deu um sorriso nervoso, mas ainda estava visivelmente preocupado.

— Promete que não vai esquecer de mim? — perguntou, a vulnerabilidade transparecendo em sua voz.

— Prometo. Nunca vou esquecer de você. Você é especial demais para isso. — respondi, tocando suavemente seu rosto.

— Então vamos aproveitar cada segundo que temos juntos até lá! — ele disse, voltando a sorrir.

E foi exatamente o que fizemos. A tarde se desenrolou entre risos, carinhos e beijos, como se o tempo tivesse parado apenas para nós.

Mesmo sabendo que a distância era inevitável, a certeza do que sentíamos um pelo outro era mais forte do que qualquer insegurança.

Kauã e eu estávamos juntos naquele momento, e isso era o que realmente importava.

O NOSSO AMOR A GENTE INVENTA, Barreto mcOnde histórias criam vida. Descubra agora