04, bebida

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LUANA NARRANDO

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LUANA NARRANDO

Era uma segunda-feira preguiçosa, o tipo de dia que parecia não ter fim. Eu estava jogada no sofá de casa, zapeando o feed do Instagram, quando me lembrei de uma festa que ia rolar à noite.

Tinha comentado com a Gabrielly no dia anterior, e sabia que ela ia topar na hora. Mas pra ficar ainda melhor, eu precisava chamar a Sofia pra ir com a gente. As três juntas na festa? Ia ser demais.

Sem perder tempo, peguei o celular e liguei pra Sofia. O telefone tocou algumas vezes antes de ela atender, com a voz ainda sonolenta.

— Alô? — ela atendeu, claramente tentando espantar o sono.

— E aí, dorminhoca! Tá acordando agora? — perguntei, rindo.

— Segunda-feira, né? Tô de folga, pô! Qual foi? — ela respondeu, rindo fraco.

— Seguinte... Vai rolar uma festa hoje. Eu, você e a Gabi, o trio, tá ligado? Vamos sair só nós três, sem ninguém pra incomodar. Bora?

— Festa numa segunda? Cês tão zoando, né? — Sofia falou, mas eu sabia que ela tava pensando.

— Zoando nada! Bora, menina! Se arruma e cola aqui em casa mais tarde. A Gabi já tá dentro, falta você. Prometo que vai ser bom!

— Ah, sei lá... Que tipo de festa? Vai ser bagunça?

— Claro que vai! Música boa, bebida e a gente se divertindo. Já tá convencida ou vou ter que te buscar?

— Tá, tá! Vou sim, só porque eu confio em vocês. Que horas? — Sofia respondeu, finalmente cedendo.

— Chega aqui umas oito. A gente se arruma juntas e já parte pra festa, beleza?

— Fechou! Então até mais, Lu.

Desliguei o telefone com um sorriso no rosto, e já mandei mensagem pra Gabrielly, confirmando que Sofia ia com a gente. A Gabi, como sempre, respondeu na hora com um áudio cheio de animação.

— Aí, mano! Vai ser da hora demais! A gente vai causar nessa festa, só nóis três! Vou chegar cedo pra gente já ir pensando nas roupas.

Oito horas em ponto, Gabrielly chegou na minha casa com a energia de sempre, pulando e falando mil coisas ao mesmo tempo.

— Lu, já sei o look que vou usar! Uma saia preta, aquele cropped que eu amo e minhas botas! A Sofia vai pirar quando ver a gente pronta!

— Boa! — respondi, já animada. — Só falta ela chegar, aí começamos a bagunça de escolher roupa.

Pouco tempo depois, Sofia bateu na porta, ainda com cara de quem precisava de uma dose de energia.

— Cheguei, mas tô com sono! Vocês me arrastaram pra uma festa numa segunda, agora me aguentem! — disse ela, rindo.

— Relaxa, a gente vai te acordar rapidinho! — Gabi respondeu, já puxando Sofia pra dentro. — Vai lá, Lu! Traz umas cervejas pra gente já começar o esquenta.

Fomos pro quarto, espalhamos roupas e maquiagens pela cama e começamos a transformação.

Roupas iam e vinham, uma bagunça de acessórios, maquiagem sendo retocada a cada minuto.

— Gabi, cê tá uma diva com esse look! — Sofia disse, enquanto tentava passar delineador.

— Aí, obrigada! Mas fala aí, o que eu faço com esse cabelo? — Gabi perguntou, mexendo nos fios.

— Deixa solto, fica mais natural. Eu tô amando esse visual descontraído — eu sugeri, e Gabi concordou, satisfeita.

Sofia estava com um vestido vermelho, justo, e eu com uma calça jeans rasgada e uma blusa mais larguinha.

Entre risadas e decisões sobre a cor do batom, a gente terminou de se arrumar e partiu pra festa.

Pegamos o ônibus em direção à casa de eventos. As ruas de Guarulhos estavam mais tranquilas por ser segunda, mas isso não desanimou o trio.

A gente estava animada e falante, conversando sobre a festa e imaginando como seria a noite.

Chegamos lá e o lugar já estava começando a encher. A música alta, o clima de descontração... Era o tipo de ambiente perfeito pra gente esquecer da semana começando e se jogar na diversão.

— Bora pegar uma bebida? — Gabi sugeriu, já puxando a gente em direção ao bar.

— Eu topo! — Sofia falou, rindo. — Mas vou devagar, hein? Se não, já viu...

— Cê diz isso, mas é sempre a primeira a ficar bêbada! — eu brinquei, e todas rimos.

Com as bebidas na mão, começamos a circular pela festa, dançando e conversando com a galera.

Estava tudo perfeito, até que, como previsto, Sofia começou a sentir o efeito da bebida um pouco mais rápido do que a gente.

— Amiga... tô começando a rodar... — ela disse, se apoiando no meu ombro.

— Eu sabia que isso ia acontecer! — Gabi falou, rindo. — Vamos sentar um pouco, vem cá, Sofi.

A gente encontrou um canto mais tranquilo e sentou Sofia, que começou a rir sozinha.

— Vocês me encheram de bebida! Agora tô aqui, flutuando... — ela falou, soltando uma gargalhada.

— A gente avisou pra ir devagar, mas você nunca escuta, né? — eu respondi, pegando uma garrafa de água pra ela. — Toma isso aqui e melhora!

Enquanto Sofia tentava se recompor, eu e Gabrielly ficamos cuidando dela, rindo da situação.

— Acho que vamos ter que levar a Sofia pra casa mais cedo, né? — Gabrielly comentou, olhando pra amiga já mais quieta.

— Melhor levar mesmo, antes que ela capote aqui no meio da festa — eu respondi, dando risada. — Mas pelo menos ela curtiu, né?

— Curti demais! Vocês são as melhores amigas do mundo! — Sofia disse, com a voz arrastada, antes de encostar a cabeça no ombro da Gabi e fechar os olhos.

Entre risadas e cuidados, a gente chamou um carro pra levar Sofia de volta pra casa. A noite tinha sido do jeito que a gente imaginava: divertida, cheia de momentos bons, e claro, com Sofia bebendo além da conta.

Mas no fim, nada disso importava, porque a gente estava juntas, curtindo cada segundo dessa segunda-feira maluca.

O NOSSO AMOR A GENTE INVENTA, Barreto mcOnde histórias criam vida. Descubra agora