17, mudança

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LUANA NARRANDO

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LUANA NARRANDO

Estávamos no apartamento da Sofia, cercados por caixas e móveis, tentando organizar a bagunça. O quarto dela estava tão cheio de coisas que parecia uma verdadeira guerra.

Mas, apesar de todo o trabalho, a energia entre mim e Kauã era quase palpável. A cada movimento que ele fazia, eu sentia um frio na barriga, como se estivéssemos num jogo onde a tensão estava sempre no auge.

— Isso aqui é só a ponta do iceberg, não é? — comentei, olhando para as pilhas de caixas. — Você tem certeza de que a Sofia vai aguentar essa bagunça?

— Relaxa, eu sou especialista em arrumações de última hora — Kauã respondeu, com aquele sorriso irresistível, passando as mãos pelo cabelo. — E sempre rola uma recompensa depois, certo?

— E qual seria a sua ideia de recompensa? — perguntei, arqueando uma sobrancelha e me divertindo com a provocação.

— Eu sei, eu sei... — ele sussurrou, se inclinando perto do meu ouvido. — Um beijo.

Meu coração acelerou. As caixas continuaram a ser arrumadas, mas sempre que Kauã se aproximava, a tensão aumentava.

Entre empurrar móveis e organizar as coisas, trocávamos olhares cheios de significados e sorrisos cúmplices, enquanto Sofia subia as caixas que estavam no térreo.

— Ah, esse aqui é meu favorito! — exclamou, segurando um porta-retrato com uma foto nossa. — Olha essa pose, a gente tá tão bobo!

— Olha quem fala! — Kauã riu, puxando-me para mais perto. — A gente estava muito feliz, e agora estamos juntos de novo.

— É verdade — sorri, meu coração batendo mais forte. — Eu nunca pensei que voltar pra cá ia ser tão bom.

— O que você não esperava? — ele provocou, se inclinando para dar um beijo suave em meus lábios.

Aquele beijo rapidamente se transformou em algo mais intenso, os lábios dele deslizando sobre os meus com um desejo crescente.

Minhas mãos se enroscaram em seu cabelo, e eu me entreguei ao momento.

— Precisamos terminar isso — murmurei, tentando me afastar, mas ele me puxou mais para perto, como se não quisesse me soltar.

— Só mais um, vai! — ele pediu, com os olhos brilhando de expectativa.

— Apenas um? — questionei, mas era impossível resistir. A cada toque, a cada beijo, a urgência entre nós aumentava.

— Prometo que esse será o melhor! — Kauã respondeu, e novamente capturou meus lábios, dessa vez com uma paixão mais feroz.

O beijo se aprofundou, suas mãos explorando meu corpo enquanto eu me pressionava contra ele. Era como se o mundo tivesse desaparecido, e tudo o que importasse era aquele momento.

— Meu Deus, você me deixa louco! — sussurrou, seus lábios viajando pelo meu pescoço e causando arrepios por todo o meu corpo.

— Eu também tô me sentindo assim! — respondi, nossos lábios se encontrando novamente, um beijo que misturava suavidade e selvageria, a necessidade entre nós transbordando.

As mãos dele deslizavam pela minha cintura, puxando-me para mais perto, enquanto os beijos se tornavam mais exigentes.

Eu, com os olhos fechados, me entregava completamente, seus toques eram como fogo queimando dentro de mim.

— Como você consegue ser tão perfeito? — murmurei entre os beijos, sentindo cada toque me consumir.

— Isso é porque você tá aqui comigo! — ele respondeu, intensificando nossa conexão.

Cada beijo se tornava mais intenso, mais profundo, enquanto nossas respirações se misturavam. Eu me entreguei a cada toque, perdendo-me no momento, enquanto a necessidade crescia entre nós, como se o tempo tivesse parado.

Justo quando a atmosfera ficou carregada de desejo, Sofia entrou na sala com uma caixa.

— Eita, vocês estão se divertindo demais aqui! — ela disse, rindo e chamando a atenção.

— Opa, tá tudo sob controle! — Kauã respondeu, dando um passo para trás e tentando manter a compostura.

Rimos, ligeiramente envergonhados, mas também aliviados por Sofia ter interrompido aquele clima quente.

— Vamos lá, precisamos terminar isso! — falei, tentando mudar de assunto.

Depois de mais um tempo organizando o quarto, Sofia decidiu que era hora de dar um tempo para nós dois.

— Ok, vocês podem terminar isso sozinhos. Eu vou lá embaixo buscar mais algumas coisas — ela piscou, sabendo que precisava dar espaço para a gente.

Assim que Sofia saiu, eu e Kauã nos entreolhamos, um sorriso cúmplice nos rostos.

— Vamos lá, finalmente! — ele disse, puxando-me para perto novamente.

— Espera, não me faça perder a concentração de novo! — brinquei, mas logo fui interrompida por outro beijo ardente.

A noite avançava, e estávamos prontos para nos perder um no outro mais uma vez, a única coisa que importava era aquele momento compartilhado.

Assim que tudo foi organizado, decidimos que era hora de sair, e a ideia de ir à sorveteria onde tudo começou foi um impulso delicioso.

— Vamos àquela sorveteria que a gente adorava! — sugeri, animada.

— Isso mesmo! E eu sei exatamente o que eu quero — Kauã respondeu, piscando para mim.

— Ah, é? E o que seria? — perguntei, sorrindo.

Ele não disse nada, apenas me lançou um olhar sugestivo, fazendo-me rir enquanto saíamos juntos, prontos para reviver memórias e criar novas, um passo de cada vez.

O NOSSO AMOR A GENTE INVENTA, Barreto mcOnde histórias criam vida. Descubra agora