18, se controlar

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LUANA NARRANDO

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LUANA NARRANDO

Depois de sairmos da sorveteria, Kauã olhou pra mim com aquele sorriso travesso de sempre e disse:

— Bora lá em casa? Minha mãe tá morrendo de saudades de você.

— Sério? Ela falou isso? — perguntei, um pouco surpresa, mas sabendo que ele provavelmente só queria uma desculpa pra passarmos mais tempo juntos.

— Claro que falou! Você acha que ela não sente sua falta? — Ele riu, jogando o braço ao redor dos meus ombros enquanto caminhávamos.

Eu ri, sabendo que ele estava exagerando, mas também gostando da ideia de rever a Tânia.

A mãe do Kauã sempre foi um amor comigo. Então, aceitei a ideia, e começamos a caminhar em direção à casa dele.

No caminho, a cada dois quarteirões, ele parava e me puxava para mais perto, inclinando-se para me beijar.

— Sabe que a gente nunca vai chegar se você continuar assim, né? — brinquei, empurrando levemente o peito dele depois de mais um beijo.

— E qual o problema nisso? — Ele deu de ombros, um sorriso provocador nos lábios. — Ficar beijando você é muito melhor do que chegar rápido.

Eu só podia rir. Era típico do Kauã fazer algo assim, sempre inventando desculpas pra me beijar no meio da rua, como se o mundo ao redor simplesmente não existisse.

Andamos mais alguns metros até que ele parou de novo, dessa vez segurando meu rosto com as duas mãos, e me deu um beijo longo e lento.

O tipo de beijo que fazia minhas pernas ficarem bambas, e eu mal conseguia pensar em qualquer outra coisa.

— Você tem algum problema com não conseguir se controlar, né? — falei, tentando disfarçar o sorriso que já estava estampado no meu rosto.

— Não tenho culpa se você é irresistível — ele disse com aquele olhar malandro, que fazia meu coração acelerar um pouquinho mais.

Continuamos andando, e mais uma vez ele parou. Desta vez, encostou-me contra uma parede, me puxando para mais perto, e seus lábios encontraram os meus novamente, dessa vez com mais intensidade.

O beijo era quente, cheio de urgência, e as mãos dele exploravam minha cintura, me puxando para mais perto, como se o momento pudesse durar para sempre.

— Kauã! — Eu ri entre os beijos, empurrando-o de leve. — Vamos chegar logo, sua mãe deve estar esperando.

— Tá, tá — ele disse, soltando um suspiro, mas com um sorriso preguiçoso. — Só mais um antes de continuar.

E, claro, ele me beijou de novo, mais suave dessa vez, mas ainda cheio de desejo.

A verdade é que eu adorava quando ele fazia isso. Toda vez que ele parava no meio do caminho só pra me beijar, era como se ele estivesse dizendo, sem palavras, o quanto gostava de estar comigo.

Então, mesmo que eu provocasse e dissesse pra gente andar logo, eu não queria que ele parasse.

Depois de mais algumas paradas estratégicas para beijos, finalmente chegamos à casa dele.

Assim que chegamos na casa do Kauã, ele abriu a porta com aquele sorriso convencido, como se soubesse que toda a nossa caminhada cheia de beijos tinha sido um sucesso só pelo fato de estarmos ali, juntos.

— Mãe, cheguei! — ele gritou assim que entrou, me puxando pela mão até a sala.

A casa da Tânia sempre me trazia boas lembranças. O cheirinho de café recém-feito, a decoração simples, mas aconchegante... Era um lugar onde eu sempre me sentia bem-vinda.

— Oi, querida! — A Tânia surgiu da cozinha com um sorriso enorme. — Estava morrendo de saudades de você, Luana!

Ela me puxou para um abraço apertado, daquele jeito caloroso que só ela sabia dar. Eu ri, olhando de relance para o Kauã, que deu uma piscadinha como quem dissesse "eu avisei".

— Eu também senti sua falta, Tânia — falei, retribuindo o abraço. — Como você tá?

— Ah, tô bem, querida! — Ela me soltou e olhou de lado pro Kauã. — Só esse garoto aqui que não para em casa mais, né? Fica o tempo todo na rua com você!

— Mãe, eu tô ajudando a Luana na mudança dela — Kauã disse, se defendendo com um sorriso inocente.

Tânia revirou os olhos, mas deu um risinho. Ela sempre foi dessas mães que adoram implicar com o filho, mas no fundo, era puro amor.

— Vou fazer um café pra vocês. Sentem-se, fiquem à vontade — ela disse, voltando para a cozinha.

Eu me sentei no sofá, enquanto Kauã se jogou ao meu lado, bem perto, como sempre. Ele colocou o braço ao redor dos meus ombros e me puxou contra ele, me dando um beijo rápido na testa.

— Viu só? Ela tava mesmo com saudades de você — ele sussurrou, como se aquilo provasse que ele estava certo o tempo todo.

— Tá bom, vai. Você venceu dessa vez — brinquei, me acomodando mais perto dele. — Mas só dessa vez.

— Sempre ganho — ele disse, rindo.

Enquanto a gente esperava, o clima entre nós continuava leve, cheio de risadinhas e conversas soltas.

Mas é claro que, mesmo com a Tânia por perto, ele não parava de me provocar, me puxando para mais perto, tentando me roubar um beijo ou outro a cada oportunidade.

— Kauã, sossega! — Eu ri, tentando afastá-lo quando ele me deu um beijo na bochecha.

— Quem manda você ser tão gostosa? — ele sussurrou no meu ouvido, me fazendo arrepiar da cabeça aos pés.

— Olha, se você não se comportar, vou pedir ajuda pra sua mãe — provoquei, olhando pra cozinha.

— Duvido — ele disse, apertando minha cintura. — Eu sei que você gosta.

Eu ri e balancei a cabeça. Ele sabia mesmo como me deixar sem resposta.

A Tânia voltou com uma bandeja cheia de xícaras de café e alguns biscoitos. Sentou-se na poltrona em frente a nós, enquanto conversávamos sobre a vida, sobre a minha mudança para São Paulo, e claro, sobre como o Kauã estava lidando com isso.

— E então, garoto? Como tá o coração com a Lu indo morar aqui? — Tânia perguntou, dando uma piscadinha pra mim.

— Ah, tô ótimo! — ele disse, meio debochado. — Agora que ela tá aqui, só falta a senhora liberar a casa pra eu levar ela pro meu quarto, né?

— Kauã! — eu disse, me engasgando de leve com o café, enquanto a Tânia dava uma risada alta.

— Garoto! — ela disse, balançando a cabeça. — Eu não vou me meter nesses assuntos, mas olha lá, hein!

Eu ri, um pouco envergonhada, mas adorava o quanto a relação deles era descontraída.

Depois de um tempo de conversa, a Tânia nos deixou sozinhos, indo cuidar de algumas coisas no quarto dela. Assim que ela saiu, Kauã não perdeu tempo.

— Agora sim, estamos sozinhos... — ele disse, com aquele olhar malicioso.

— Nem tenta, Kauã. Sua mãe tá em casa! — Eu brinquei, embora já soubesse que ele não ia desistir fácil.

— E daí? A porta do meu quarto tem chave — ele disse, rindo, e me puxou para um beijo mais longo e intenso dessa vez.

Aquela tarde na casa dele foi cheia de momentos simples, mas cheios de carinho.

A cada beijo, a cada toque, eu sentia que o laço entre nós só ficava mais forte. Não importava onde estivéssemos, contanto que estivéssemos juntos.

O NOSSO AMOR A GENTE INVENTA, Barreto mcOnde histórias criam vida. Descubra agora