Pov Elis
Depois de um longo dia e de algumas conversas profundas com minha mãe, meu pai, decidiu que deveríamos jogar basquete juntos.
Quando chegamos à quadra, o ambiente estava animado. Algumas pessoas jogavam, outras apenas assistiam. Assim que começamos a jogar, eu me senti livre, com a adrenalina correndo.Elis: Você ainda é rápido, pai! Onde aprendeu a jogar assim?- driblando.
Henrique: Nos velhos tempos, querida. O importante é nunca perder a prática!
Enquanto jogávamos, um homem apareceu, e eu não consegui evitar de notar a expressão no rosto do meu pai. Ele parecia surpreso e um pouco nervoso.
Henrique:Lucas! Quanto tempo!
Olhei para o homem à minha frente. Ele era alto, com um ar confiante e um sorriso que não parecia muito sincero. Eu não conhecia Lucas, mas havia algo na maneira como meu pai o olhava que me deixou alerta.
Lucas: Henrique! Não sabia que você ainda jogava!- abriu um sorriso.
A conversa entre eles começou a fluir, mas havia uma tensão palpável. Eu percebi que, enquanto conversavam, Lucas frequentemente lançava olhares para mim, como se estivesse avaliando a situação. Isso fez meu estômago revirar um pouco.
Henrique: Então, e aí? Continua jogando?
Lucas: Ah, de vez em quando. Mas, você sabe, o jogo não é o único que me mantém ocupado.- riu.
Havia um tom de sarcasmo nas palavras dele, e eu não sabia o que pensar. O que Lucas queria dizer com "ocupado"? Olhei para meu pai, que parecia estar pesando suas palavras.
Henrique: E você ainda... está fazendo as mesmas coisas?
Eu me perguntei o que isso significava. Que coisas? Havia um subtexto na conversa que me deixava desconfortável. Lucas hesitou, a expressão dele mudando rapidamente.
Lucas: Ah, você sabe como é. O passado fica para trás.- ele estava um pouco nervoso mas sorriu para desfarçar.
Meu pai continuou, claramente preocupado com a resposta de Lucas.
Henrique: Espero que você tenha deixado isso para trás de verdade.
A conversa estava carregada, e eu percebi que havia algo muito mais profundo acontecendo. Lucas olhou ao redor da quadra, como se estivesse verificando se alguém estava ouvindo.
Lucas: Claro! Sempre à frente do jogo, certo?
A atmosfera ficou tensa por um momento, mas logo voltei a me concentrar no jogo. Era como se estivessem a falar em um código que eu não entendia, mas algo me dizia que meu pai estava se referindo a algo sério.
Elis: Vamos jogar, rapazes! Ou vocês estão só de conversa?
Logo, voltei a me divertir jogando, tentando ignorar a inquietação que surgira. No entanto, enquanto jogávamos, não consegui deixar de me perguntar sobre a conversa estranha entre meu pai e Lucas.
Quando finalmente terminamos o jogo e começamos a ir embora, olhei para meu pai.
Elis: Então, pai, ainda é mais rápido que o Lucas?
Henrique: Claro! O que importa é como jogamos, não o que aconteceu no passado.
Embora ele tentasse disfarçar, eu sabia que aquela conversa o afetara mais do que estava disposto a admitir. E, embora eu não conhecesse Lucas, estava começando a entender que havia uma história ali que meu pai não queria compartilhar, mas que de alguma forma nos afetava a todos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sem medo de amar
RomanceElis era uma jovem solitária, sempre preferindo passar seu tempo lendo ou jogando vídeo game. Ela era tímida, introvertida e havia construído muros invisíveis ao seu redor para se proteger das supostas desilusões que a vida lhe traria. Chloe, por ou...