Capitulo 41

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Pov Elis

Depois de um longo dia e de algumas conversas profundas com minha mãe, meu pai, decidiu que deveríamos jogar basquete juntos.
Quando chegamos à quadra, o ambiente estava animado. Algumas pessoas jogavam, outras apenas assistiam. Assim que começamos a jogar, eu me senti livre, com a adrenalina correndo.

Elis: Você ainda é rápido, pai! Onde aprendeu a jogar assim?- driblando.

Henrique: Nos velhos tempos, querida. O importante é nunca perder a prática!

Enquanto jogávamos, um homem apareceu, e eu não consegui evitar de notar a expressão no rosto do meu pai. Ele parecia surpreso e um pouco nervoso.

Henrique:Lucas! Quanto tempo!

Olhei para o homem à minha frente. Ele era alto, com um ar confiante e um sorriso que não parecia muito sincero. Eu não conhecia Lucas, mas havia algo na maneira como meu pai o olhava que me deixou alerta.

Lucas: Henrique! Não sabia que você ainda jogava!- abriu um sorriso.

A conversa entre eles começou a fluir, mas havia uma tensão palpável. Eu percebi que, enquanto conversavam, Lucas frequentemente lançava olhares para mim, como se estivesse avaliando a situação. Isso fez meu estômago revirar um pouco.

Henrique: Então, e aí? Continua jogando?

Lucas: Ah, de vez em quando. Mas, você sabe, o jogo não é o único que me mantém ocupado.- riu.

Havia um tom de sarcasmo nas palavras dele, e eu não sabia o que pensar. O que Lucas queria dizer com "ocupado"? Olhei para meu pai, que parecia estar pesando suas palavras.

Henrique: E você ainda... está fazendo as mesmas coisas?

Eu me perguntei o que isso significava. Que coisas? Havia um subtexto na conversa que me deixava desconfortável. Lucas hesitou, a expressão dele mudando rapidamente.

Lucas: Ah, você sabe como é. O passado fica para trás.- ele estava um pouco nervoso mas sorriu para desfarçar.

Meu pai continuou, claramente preocupado com a resposta de Lucas.

Henrique: Espero que você tenha deixado isso para trás de verdade.

A conversa estava carregada, e eu percebi que havia algo muito mais profundo acontecendo. Lucas olhou ao redor da quadra, como se estivesse verificando se alguém estava ouvindo.

Lucas: Claro! Sempre à frente do jogo, certo?

A atmosfera ficou tensa por um momento, mas logo voltei a me concentrar no jogo. Era como se estivessem a falar em um código que eu não entendia, mas algo me dizia que meu pai estava se referindo a algo sério.

Elis: Vamos jogar, rapazes! Ou vocês estão só de conversa?

Logo, voltei a me divertir jogando, tentando ignorar a inquietação que surgira. No entanto, enquanto jogávamos, não consegui deixar de me perguntar sobre a conversa estranha entre meu pai e Lucas.

Quando finalmente terminamos o jogo e começamos a ir embora, olhei para meu pai.

Elis: Então, pai, ainda é mais rápido que o Lucas?

Henrique: Claro! O que importa é como jogamos, não o que aconteceu no passado.

Embora ele tentasse disfarçar, eu sabia que aquela conversa o afetara mais do que estava disposto a admitir. E, embora eu não conhecesse Lucas, estava começando a entender que havia uma história ali que meu pai não queria compartilhar, mas que de alguma forma nos afetava a todos.

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