ᴠɪɴᴛᴇ ᴇ ꜱᴇɪꜱ

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ʟᴀᴠíɴɪᴀ ғᴇʀʀᴀᴢ
📍 𝘚ã𝘰 𝘗𝘢𝘶𝘭𝘰, 𝘉𝘳𝘢𝘴𝘪𝘭


Meu coração disparou. Aquelas palavras ecoaram em minha mente como um sino de alerta depois que a enfermeira deixou o envelope nas minhas mãos. Raphael franziu a testa, a confusão se transformando em preocupação. Eu sabia que ele estava prestes a perguntar, e o medo de sua reação me fez querer encolher.

— Exame de gravidez?

Aquela única frase foi suficiente para quebrar a barreira que eu havia construído ao redor de mim mesma. As lágrimas começaram a escorregar pelo meu rosto, quentes e incontroláveis.

— Eu... — murmurei entre soluços. Sem conseguir terminar a frase ou até mesmo sem saber o que dizer. O medo me deixou vulnerável, exposta diante dele.

Raphael se aproximou mais, segurando o meu rosto com as mãos.

— Ei, calma — ele diz suavemente — O que tá acontecendo?

— Não consigo — balanço a cabeça negativamente, sentindo meus soluços se intensificarem — Eu tô com medo — minha voz sai trêmula, cortante.

Não tem ninguém nessa sala. Só eu e ele. Só ele me vendo extremamente vulnerável e com medo de estar grávida. Grávida dele.

Ele me olha com uma expressão confusa, seus olhos refletindo a minha insegurança e medo diante dessa situação. Não consigo parar de chorar, meus soluços são fortes assim como o meu medo. Ele me segura forte em seus braços, me aperta e espera o tempo suficiente até que eu me acalme.

Ele simplesmente me abraça por grandes minutos, minhas lágrimas molhando sua camisa, meus soluços sendo os únicos sons ouvidos no local onde parece existir só eu, ele, e o meu medo. Ele simplesmente espera eu me acalmar, sem falar nada, sem dizer uma palavra, ele só fica ali. Comigo.

— Mais calma? — pergunta baixo, depois de longos segundos que pareceram horas — quer me contar o que tá acontecendo?

Por um momento parece que não tenho voz, que não sei falar ou que não sei as letras do alfabeto. Mas reúno todas as poucas forças que tenho, pra contar a verdade. Ele já tá aqui, já tá tudo uma merda pra mim, então eu só...

— Eu passei muito mal ontem — minha voz sai baixa, quase em um sussurro — muitos sintomas de gravidez, lembrei que na nossa última vez, depois da festa, não usamos proteção, e eu tive que vim tirar essa dúvida, por mais que me machuque, porque eu não sei o que fazer — as últimas frases saem quase chorosas.

Um minuto de silêncio.

Estou deitada em seu peito ainda com seus braços ao meu redor, não consigo ver seu rosto e também não consigo erguer minha cabeça para olhá-lo.

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⏰ Última atualização: Oct 02 ⏰

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𝐒𝐇𝐀𝐌𝐄𝐋𝐄𝐒𝐒 • 𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀 Onde histórias criam vida. Descubra agora