Capítulo 32 - Bônus

14 3 0
                                    

"Era uma vez, um mundo violento e cruel, cheio de ganância e soberba. Seres que se diziam humanos, mas que trabalhavam incansavelmente para a própria ruína, buscando sempre ser mais do que poderiam ser, ultrapassando limites em nome de uma sede insaciável por poder. Criaram seres implacáveis, moldados à imagem de seus desejos egoístas, criaturas feitas para cumprir seus caprichos, mas incapazes de entender a essência da vida que tinham.

E ali, no meio da escuridão, bem no canto, uma pequena luz começou a brilhar. Era fraca no início, quase imperceptível, mas crescia, devagar e persistente, iluminando os cantos mais sombrios do mundo. Aquela luz, ao abrir caminho, acordou os que estavam presos em um sono profundo, adormecidos pelos horrores do mundo. Seus olhos, finalmente abertos, viram a verdade por trás da ilusão e, com coragem, se ergueram para lutar. Eles enfrentaram aquele mal implacável, aquele que havia crescido nas sombras, alimentado pela ambição desmedida.

Mas como toda grande luta, essa também teve seu preço. Sacrifícios foram feitos, vidas entregues para que outros pudessem sobreviver, para que a esperança continuasse a brilhar. O tempo passou e, como acontece com tantas histórias, essa também começou a ser esquecida.

Até agora."

7 Anos Depois

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

7 Anos Depois

O ar frio do ambiente fazia sua pele se arrepiar. Os cabelos negros e curtos estavam espalhados pelo travesseiro branco, criando um contraste marcante. Seus olhos se moviam sob as pálpebras fechadas, e seus dedos pálidos mexeram-se levemente, o que fez o homem que vestia um grande casaco ao seu lado reagir de imediato. Ele virou-se rapidamente, aproximando-se da cama e se debruçando sobre ela.

Seus olhos lentamente começaram a abrir, mas tudo estava embaçado, a luz intensa tornando difícil manter a visão. Ela os fechou novamente, respirando fundo, como se precisasse reunir forças.

- Calma... - disse o homem, sua voz suave, porém repleta de emoção. - Abra-os devagar, tudo bem?

Com esforço, abriu os olhos outra vez, tentando focar no homem à sua frente. A visão foi se ajustando aos poucos, as formas ficando mais nítidas. Quando finalmente conseguiu ver com clareza, o reconheceu. O ruivo à sua frente tinha os cabelos mais compridos e vivos do que ela lembrava. Ele usava óculos de armação preta, que destacavam seus olhos claros e cheios de emoção.

- Bem-vinda de volta, Thalassa... - disse ele com a voz embargada, lágrimas se formando em seus olhos e um sorriso largo nos lábios.

- Leif...- voz dela saiu fraca, arrastada, enquanto o olhava com um misto de surpresa e alívio. Seus lábios tremeram levemente antes de pronunciar. Uma pequena lágrima escorreu de um de seus olhos, mas sua expressão permanecia serena, quase neutra, como sempre fora.

Cibercrimeética - Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora