Capítulo 23 - Mente Sobre Matéria Parte 2

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Capítulo muito grande!

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8 Anos Antes dos Tempos Atuais

A atmosfera ao redor era pesada, permeada pelo som estrondoso dos explosivos e pelos gritos agonizantes que preenchiam o ambiente. A guerra havia transformado o lugar, deixando-o inóspito e aterrorizante. 

Em meio à cacofonia dos tiros e explosões, Zephyra, estava encolhida no chão, as mãos pressionando com firmeza seus ouvidos, tentando bloquear o caos que assolava o ambiente. Seus olhos estavam fechados, e seu coração batia tão rápido que parecia prestes a saltar-lhe pela boca.

Subitamente, uma mão firme pousou em seu ombro. A reação da ruiva foi instantânea, um sobressalto seguido de olhos arregalados. Diante dela, um soldado, com a farda suja de terra, indicou apressadamente. 

-Temos mais feridos, estão dentro do abrigo-

Zephyra, ainda tremendo, levantou-se rapidamente. Com um misto de indignação e frustração, empurrou o soldado e disparo. 

-É claro que tem mais feridos! Essa maldita guerra não acaba nunca!-

A jovem seguiu adiante, atravessando um campo de soldados que corriam apressados, carregando armas e provisões. O terreno, um lamaçal de sujeira e detritos, manchava sua roupa outrora branca. O que antes fora um traje imaculado estava agora coberto de uma mistura de lama e resíduos, um testemunho visual da brutalidade da guerra.

A cada passo, o cenário destruido parecia intensificar-se. As explosões ao longe ecoavam com estrondos ensurdecedores, e o cheiro acre de fumaça impregnava o ar. Zephyra mantinha-se firme, apesar do desespero estampado em seu olhar, escondendo seus reais sentimentos.

A tensão no ar era palpável enquanto a ruiva adentrava apressadamente a tenda, seu olhar percorrendo o ambiente em busca de feridos. Seus olhos marejados testemunhavam a dor dos que jaziam feridos, então se recompondo rapidamente limpou o canto dos olhos e começou a ajudar as pessoas, seu jaleco branco se incardindo mais de sangue e lama, seu rosto o mãos se encontravam no mesmo estado.

De repente, um estrondo ecoou e a estrutura começou a tremer, escombros caindo em volta dela. Um soldado a agarrou, puxando-a para fora da tenda à força, arrastando-a pelo chão lamacento. Relutante, ela olhou para trás, desesperada para continuar ajudando oa feridos. 

-Não! Eles vão morrer, deixe-me salvá-los!-

Entretanto, foi arrancada à força daquele cenário de caos, assim que saiu da tenda foi atirada para o lamaçal quando uma outra explosão mais próxima a fez bater a cabeça ao cair. Tonta, ela lutou para abrir os olhos, o zunido em seus ouvidos gerando náuseas. Com um esforço tremendo, ela finalmente vislumbrou o que estava ao seu redor. Um soldado que a havia arrastado estava inerte sobre ela com os olhos arregalados.

Desesperada, a garota o empurrou e começou a arrastar-se pela lama, já suja e coberta de detritos. O som de inimigos se aproximando a fez ofegar, procurando desesperadamente um local para se esconder. Escorregando, ela se jogou em um buraco, arrastando um corpo para bloquear a entrada, e encolhida ali, enxugou suas lágrimas em silêncio.

Presa no buraco, as lágrimas começaram a brotar, mas ela as conteve com as mãos sobre a boca para evitar grunidos da sua parte, os olhos cerrados com força, enquanto ouvia passos se aproximando. O ruído de disparos ecoou, atingindo o corpo que bloqueava sua saída, fazendo-a tremer intensamente e implorar para não ser descoberta.

Cibercrimeética - Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora