As chamas avermelhadas pareciam dançar de forma sinistra, iluminando o cenário com um brilho ameaçador. As lindas cortinas vermelhas, outrora majestosas, agora caíam de forma abrupta ao chão do palco, provocando um estrondo ensurdecedor que se misturava ao som dos gritos desesperados.
Enquanto a poeira se erguia e o vento fustigava o fogo para além das barreiras, os instrumentos musicais que antes encantavam o público jaziam agora no chão, destroçados, substituídos pelo estampido dos gatilhos e o ruído dos disparos. Os violinos, trompas e tantos outros instrumentos, em vez de produzir harmonia, ecoavam o caos que se instaurara.
No meio desse pandemônio, figuras distorcidas pela velocidade e pela força sobre-humana, irrompiam pelo cenário. Eram como sombras velozes, desafiando a ordem estabelecida, alvos dos disparos dos policiais que tentavam conter a ameaça.
Entre o tumulto, os gritos angustiados das vítimas ecoavam pelo teatro, misturando-se aos ruídos dos tiros e ao crepitar das chamas.
Dorian apertava os dentes com tanta força que sentia os músculos da mandíbula latejarem. Seus olhos cor de mel, ocultos atrás da armadura negra, refletiam a angústia e a determinação diante daquele cenário macabro. Com as mãos firmemente agarradas às armas de fogo, ele acionou o comunicador, sua voz carregada de tensão e incredulidade. Sua voz grave ecoando no canal de comunicação.
-Mas que merda são eles? Isso não estava nos planos-
Enquanto ele falava, seu olhar se fixou em uma das figuras distorcidas, cuja aparência humana inandada de sangue não conseguia esconder a selvageria que emanava. Com movimentos rápidos e brutais, o ser agarrou o coração de um dos policiais, exibindo um sorriso animalesco enquanto o erguia no ar e depois o jogava longe. O coração ensanguentado pulsava em sua mão, antes de ser descartado com desdém para dar lugar a sua próxima vítima.
Olivares, proximo a uma vidraça que tava para o andar de baixo, observava a cena com uma mistura de repulsa e nojo. Com a voz embargada pela incredulidade, ele falou.
-Gabriel além de criar aquelas aberrações, teve a ousadia de mexer com a mente humana e criar essas criaturas. Ele está ultrapassando todos os limites-
Enquanto isso, Tanith avançava por corredores escuros, desviando-se dos destroços e das vibrações causadas pelo prédio instável. Ao chegar a uma sala enorme com um grande computador central, ela imediatamente começou a invadi-lo, suas mãos ágeis digitando freneticamente no teclado. Com sua voz carregada de desprezo e indignação, a mulher murmurou para si mesma.
-Esse babaca realmente quer um império onde apenas ele seja respeitado-
Thalassa permanecia recostada na parede gelada do elevador, seu corpo envolto pela armadura sombria. As katanas negras repousavam ao lado de seu corpo, prontas para serem empunhadas a qualquer momento. Seus olhos cor de mel expressavam uma calma sinistra enquanto ela ouvia a conversa alheia. Com sua voz baixa, sua voz carregada de curiosidade e indiferença, indagou Thalassa.
-Qual é a porcentagem que o corpo aguenta a pressão dessa armadura?-
Enquanto isso, no camarim, Ruffy soltou um suspiro cansado após eliminar um ciber com precisão. Encarando o horizonte à sua frente, ele respondeu com seriedade.
-Não sabemos o limite exato, mas um dos da nossa equipe morreu com 25% da vibração, seus orgãos foram esmagados. Creio que esse seja o limite-
Thalassa, sem o capacete sobre a cabeça, fixou seus olhos negros na porta, sentindo o peso do olhar de Jeon sobre ela. Seus olhos pareciam penetrar sua alma, buscando alguma resposta em sua expressão inexpressiva. Com a voz mantendo a frieza habitual, a morena questionou.
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Cibercrimeética - Jeon Jungkook
FanfictionNos tempos atuais, em meio às sombras ocultas da sociedade, um grupo conhecido como "Ocultos" operam nas sombras, roubando bebês de berços e dando-lhes um lar aparentemente amoroso, com camas confortáveis, comida, água e todas as comodidades imagin...