Capítulo 1 - Equipe Álara Rómen

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19 Anos antes dos tempos atuais

No interior daquele quarto imaculado, o som suave do ar-condicionado era a única perturbação no silêncio absoluto. Não uma única fresta de luz se atrevia a penetrar naquele espaço gélido e estéril. A pequena garotinha, de cabelos longos e negros como a noite, repousava com uma serenidade impressionante sobre sua cama adornada com colchas brancas, detalhes em laranja acentuando o ambiente estéril.

Seus olhos estavam fechados, mas não parecia haver qualquer vestígio de perturbação em sua expressão angelical. A menina parecia estar imersa na apreciação do silêncio, como se ele fosse sua única companhia e confidente. Cada respiração que ela exalava era uma exibição de paz, fazendo com que suas mãos entrelaçadas sobre o peito se movessem levemente, um sinal sutil de vida em meio à quietude do quarto.

A temperatura fria do ambiente beijava sua pele pálida, mas não parecia incomodá-la. Sua pele, embora pálida, tinha um viço saudável, e suas bochechas estavam levemente coradas, como se o ar gelado não tivesse efeito sobre ela. Toda a cena era uma representação da mais profunda tranquilidade, como se a garotinha e o quarto fossem uma única entidade, unidos na calma imutável.

Era como se a menina estivesse em um mundo próprio, imune ao caos do lado de fora. Seu santuário de paz e silêncio era um refúgio que a protegia das preocupações do mundo exterior, permitindo-lhe desfrutar de sua serenidade com cada respiração suave e pausada. Nesse lugar de quietude, a menina encontrava a paz que muitos anseiam, e sua expressão tranquila revelava a profundidade desse contentamento interior.

O silêncio do quarto foi abruptamente quebrado pelo som de uma autorização concluída, e a porta se abriu lentamente, permitindo que um feixe de luz penetrasse no ambiente. A garotinha, de longos cabelos negros, abriu seus olhos suavemente, piscando para se ajustar à luminosidade que inundava o quarto. Seus olhos, ainda fixos no teto por um momento, depois se voltaram na direção da porta, sua expressão impenetrável.

Uma mulher de jaleco branco e cabelos loiros entrou no quarto e parou na frente da luz. Um sorriso afetuoso curvou os lábios da mulher enquanto ela olhava para a garotinha. A menina, por sua vez, não expressou nenhuma emoção visível em seu rosto sereno. 

-Vamos, Thalassa?- a mulher estendeu a mão em direção a ela e falou com doçura.

Thalassa respirou profundamente e se levantou da cama, deixando seus pés pendurados na beira da mesma por um momento. Seus olhos se desviaram para sua escrivaninha, que consistia em uma simples mesa branca com um pequeno espelho. Seus olhos encontraram uma xuxinha branca, e ela deu um pequeno pulo saindo de cima de sua cama. Thalassa apanhou o elástico e prendeu seus longos cabelos negros de lado, revelando seu rosto de traços delicados.

A mulher sorriu em aprovação e fez um gesto convidando Thalassa a segui-la. A menina passou pela mulher e saiu do quarto, encontrando um corredor branco com quartos idênticos ao seu. Virou-se para a mulher e se aproximou de um pequeno armário ao lado da porta de seu quarto.

Ao se aproximar do armário, uma pequena câmera vermelha se ativou e analisou os olhos de Thalassa. Após um breve momento, emitiu um som de conclusão, e a luz da câmera mudou para verde. O armário destrancou automaticamente, revelando um par de sapatinhos brancos. Thalassa os pegou e os colocou no chão, calçando-os com cuidado.

-Thalassa- a mulher chamou a menina novamente, e a garotinha olhou para ela antes de seguir obedientemente. Ela caminhou ao lado da mulher pelo corredor branco e, eventualmente, chegaram a um elevador de vidro, que parecia ser o próximo passo em sua rotina diária. O ambiente era permeado pela sensação de serenidade, mesmo que as emoções da menina permanecessem escondidas em seu rosto tranquilo.

Cibercrimeética - Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora