Capítulo 2 - Os Assassinatos

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Tempos atuais

Os passos apressados ecoavam pelo corredor movimentado, enquanto uma pessoa segurava uma pasta cheia de papéis com firmeza em uma mão e tentava ajustar seus óculos que estavam quase caindo de seus olhos com a outra. O celular estava firmemente agarrado em sua mão, uma ferramenta essencial para a tarefa que estava prestes a realizar. Cada passo era cuidadosamente calculado para evitar colidir com as pessoas que cruzavam seu caminho, e quando por acaso esbarrava em alguém, imediatamente pedia desculpas com pressa.

Finalmente, chegou perto de uma porta escura, que se destacava no corredor movimentado. Uma ansiedade crescente fez com que engolisse em seco, e com uma respiração profunda, bateu os nós dos dedos na porta. O som ecoou no corredor, e uma voz grave do lado de dentro respondeu com um simples "entre".

Usando os dedos que não estavam ocupados segurando a pasta e o celular, a pessoa abaixou a maçaneta da porta com cuidado.

O homem entrou na sala e, demonstrando profundo respeito, fez uma reverência antes de apressar-se a sentar na cadeira em frente à mesa de madeira. Uma placa na mesa indicava claramente "Capitão Marquez". Com seus cabelos castanhos naturais e curtos, uma barba rala que com a mão acariciando-as como se fosse uma mania sua, ele mantinha os olhos abaixados, focados em uma pasta amarelada que segurava firmemente.

O Capitão Marquez, um homem de aparência séria e imponente, estava absorto em seu trabalho. Sua atenção foi despertada quando Olivares entrou e se sentou afobado, e ele levantou os olhos para encará-lo.

Olivares respirou profundamente, seus olhos arregalados com uma expressão de urgência. Ele colocou a pasta na mesa do capitão.

-O que o trouxe aqui tão apressado, Senhor Olivares?-  antes que pudesse continuar, o Capitão Marquez interrompeu, com uma voz firme.

-Parece que encontraram mais um- Olivares engoliu em seco, visivelmente nervoso, enquanto se levantava. Ele falou, com a voz trêmula.

O Capitão Marquez parou o que estava fazendo e, de forma abrupta, abaixou a pasta que estava examinando. Ele olhou para frente, Olivera era um homem magro de sardas e cabelos escuros curtos, seus olhos cor de mel visivelmente assustados por trás dos óculos de grau. Em um gesto impaciente, o Capitão se levantou, jogou a pasta na mesa e começou a andar rapidamente em direção à porta, abrindo-a e saindo pelo corredor da delegacia. Olivera apressou-se a segui-lo, segurando as pastas desajeitadamente em suas mãos trêmulas.

O homem, passando pela recepção, foi abruptamente parado por uma mulher de cabelos loiros, médios e enrolados, de pele branca amarelada. 

-Parece que o senhor já sabe- Ela olhou para ele com um olhar sério e inquisitivo e disse.

Ele concordou com um aceno de cabeça e continuou a andar em direção à saída. A mulher o seguiu, juntamente com Olivera, que carregava as pastas.

-Já sabem a que horas e como isso aconteceu?-  o homem, visivelmente preocupado e impaciente, perguntou.

A mulher concordou com a cabeça e lançou um olhar rápido em direção ao Capitão Marquez.

-Aparentemente, ele já estava morto há mais ou menos um dia, e a causa da morte...- respondeu diminuindo o tom de voz no final, fazendo as palavras se perderem. Ela fez uma careta e olhou diretamente para o homem, sua expressão tornando-se séria. 

-Esmagamento dos órgãos internos- parando em frente a um carro preto, olhou para ela e suspirou antes de concluir.

A mulher concordou levemente, seu olhar denotando a gravidade da situação. O homem fechou os olhos, passou a mão pelo rosto e bufou de frustração. Em seguida, ele deu a volta no carro e abriu a porta do motorista.

Cibercrimeética - Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora