MANU
point of view.— Ai eu vou pegar — brinquei com Mavi.
Dormi na casa de Apollo e decidimos passar aqui na casa dos pais dele.
— Manu meu amor! — A mãe de Apollo falou, entrando na cozinha segurando umas sacolas.
— Oi tia, quer ajuda? — perguntei.
— Que nada, flor! Apollo não tá fazendo nada, ele me ajuda — ela falou, limpando o pé no tapete. — Cês vão almoçar aqui hoje?
— Não tia, vamos ir lá pra mansão da Aldeia, vai ter o Aldeia Cast hoje — Falei, pondo a Mavi em cima da mesa.
— Ah, claro! Vocês vivem naquele podcast, né? — a mãe dele comentou, sorrindo enquanto colocava as sacolas sobre o balcão. — Esse Aldeia Cast é muito legal, sempre escuto quando posso.
Apollo apareceu na cozinha logo depois, ainda com o cabelo bagunçado.
— Já tá aqui, Manu? — ele perguntou, meio sonolento, me puxando pela cintura e dando um beijo na minha testa.
— Uhum, tô aqui com sua mãe, não vai ajudar ela? — provoquei, dando um empurrãozinho de leve nele.
— Já tô indo, relaxa — ele respondeu, piscando pra mim e pegando algumas das sacolas para guardar.
A mãe dele riu da nossa interação, e eu sorri, observando a cena. Tinha algo aconchegante em estar ali com a família dele, mesmo sem nada oficial entre nós.
— Bom, vou indo lá pro quarto da Mavi pra deixar ela — falei, pegando minha bolsa. — A gente se vê mais tarde, tia!
— Vai lá, flor! E manda um beijo pro pessoal do Aldeia, hein?
— Pode deixar! — respondi, rindo. Saí da cozinha com Mavi, e Apollo logo veio atrás.
Subi com Mavi no colo, sentindo os passinhos leves dela enquanto subia as escadas. Apollo vinha logo atrás, despreocupado como sempre. Quando chegamos no quarto, abri a porta devagar para não acordar ninguém. Era o antigo quarto de infância dele, e agora Mavi dormia lá quando estávamos na casa dos pais dele.
— Deita aqui, princesa — sussurrei, colocando-a no berço e cobrindo-a com um cobertorzinho macio. Apollo ficou em silêncio ao meu lado, olhando pra ela com um sorriso no rosto.
— Ela se sente em casa aqui — ele disse baixinho, enquanto eu ajeitava o travesseirinho.
— Eu também — confessei, meio sem pensar. O olhar dele encontrou o meu por um segundo, antes de ele balançar a cabeça com um sorriso meio bobo.
— A gente já devia ter saído, né? — Apollo comentou, quebrando o momento. — O pessoal do Aldeia deve tá esperando.
— Pois é, vai logo pegar a chave, senão vamos nos atrasar — falei, dando uma olhada no relógio. Ainda tínhamos um tempinho, mas era melhor sair logo.
Descemos juntos, e assim que entramos no carro, o som familiar do motor encheu o silêncio confortável entre nós. A caminho da mansão da Aldeia, observei Apollo dirigindo, os olhos concentrados na estrada, a mão relaxada no volante. O trânsito estava leve, e a brisa da janela aberta fez meu cabelo voar um pouco.
— Nervosa? — ele perguntou de repente, sem tirar os olhos da estrada.
— Um pouco... — admiti. — Mas acho que vai ser tranquilo, né? A gente tá acostumado.
— Vai sim. Você sempre arrasa — ele disse, me lançando um sorriso rápido, o que fez meu coração acelerar um pouco.
Chegamos na mansão da Aldeia, e a movimentação já era grande. Vi o pessoal do Aldeia Cast entrando e saindo.