Buck e Eddie, dois bombeiros da Estação 118, sempre tiveram uma conexão forte, mas uma missão de resgate quase desastrosa muda a dinâmica entre eles. Em meio à rotina intensa de salvamentos, incêndios e situações de risco, eles precisam lidar com o...
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Eddie estava sentado à mesa da cozinha, nervosamente mexendo na caneca de café que segurava. A casa estava silenciosa, exceto pelos ocasionais sons de Buck se movendo na sala ao lado, ainda se recuperando, mas já muito melhor. Helena e Ramón estavam prestes a chegar novamente, e dessa vez Eddie sabia que não poderia continuar escondendo a verdade. Ele precisava ser honesto, não apenas por ele, mas por Buck também.
"Você tem certeza disso?" Buck perguntou, aparecendo na entrada da cozinha com uma expressão preocupada. "Eu não quero que você se sinta pressionado, Ed. Seu pai... bem, ele não parece o tipo que vai reagir bem."
Eddie respirou fundo e olhou para Buck com determinação. "Eu estou cansado de esconder. Você é importante pra mim, e ele vai ter que aceitar isso, goste ou não."
Antes que pudessem discutir mais, a campainha tocou. Eddie sentiu seu coração acelerar, mas ele sabia que não havia mais volta. Ele levantou-se lentamente, lançando um último olhar encorajador para Buck antes de ir até a porta.
Helena entrou primeiro, sorridente como sempre. "Oi, meu filho!" ela disse, abraçando Eddie calorosamente. Ramón entrou logo atrás, com seu habitual olhar sério.
"Oi, mãe. Pai," Eddie cumprimentou, tentando manter a calma. "Temos algo pra conversar."
O tom de Eddie fez Helena arquear as sobrancelhas em curiosidade, enquanto Ramón apenas cruzava os braços, parecendo já saber que o assunto não seria leve.
"Sobre o quê, Eddie?" Helena perguntou, lançando um olhar curioso na direção de Buck, que permanecia um pouco afastado na sala, observando a interação de longe.
Eddie respirou fundo. Ele se aproximou de Buck e segurou sua mão, puxando-o para perto. "Eu e Buck... estamos juntos. Estamos em um relacionamento, e eu quero que vocês saibam disso."
Helena pareceu surpresa por um breve momento, mas logo seu rosto se suavizou. "Oh, Eddie... eu já suspeitava. Desde que o vi cuidando de Buck aqui, pensei que havia algo mais." Ela sorriu, seus olhos brilhando de compreensão. "O que importa pra mim é que você esteja feliz, meu filho."
Eddie sentiu um alívio imediato ao ouvir as palavras de sua mãe, mas a tensão voltou rapidamente quando ele olhou para seu pai. Ramón estava parado, com os olhos apertados e o semblante fechado, como se estivesse tentando controlar uma tempestade interna.
"Isso é sério?" Ramón finalmente perguntou, sua voz baixa, mas carregada de desaprovação.
"Sim, pai. É sério," Eddie respondeu com firmeza. "Buck é importante pra mim. Ele faz parte da minha vida agora, e você precisa entender isso."
Ramón bufou e balançou a cabeça. "Isso não é o que eu esperava pra você, Eddie. Não é isso que ensinei. Como você pode esperar que eu aceite uma coisa dessas?"
Eddie sentiu a raiva crescendo dentro de si. Ele sempre soubera que enfrentar seu pai seria difícil, mas ouvir aquelas palavras ainda o atingia fundo. Ele deu um passo à frente, sem soltar a mão de Buck. "Eu não estou pedindo sua permissão, pai. Estou te informando. Eu amo o Buck, e você vai ter que lidar com isso."
O silêncio na sala era pesado. Helena olhou de um lado para o outro, tentando manter a paz. "Ramón, por favor... o Eddie é adulto, ele sabe o que é melhor para ele."
Mas Ramón não parecia disposto a recuar. Ele olhou diretamente para Eddie, seus olhos cheios de decepção. "Você está jogando sua vida fora, Eddie. Eu te criei pra ser forte, pra ser um exemplo para o seu filho. Isso... isso não faz parte disso."
Eddie deu um passo à frente, sua voz calma, mas carregada de emoção. "Eu sou um exemplo para o Christopher. Ele vê o que é amor verdadeiro, respeito e apoio. Eu sou o homem que você me criou para ser, mas isso não significa que eu vou viver de acordo com as suas expectativas, especialmente quando elas não refletem quem eu sou."
Ramón permaneceu em silêncio, sem saber o que dizer diante da firmeza do filho. Eddie sentia o coração batendo forte no peito, mas ele não ia recuar. Não mais.
"Se você não pode aceitar quem eu sou, tudo bem," Eddie continuou, sua voz firme. "Mas eu não vou mudar. Não por você, não por ninguém. Buck faz parte da minha vida, e se isso significa que você vai se afastar, então eu vou lidar com isso."
A tensão no ar era palpável. Ramón olhou para o chão, respirando profundamente, como se estivesse tentando processar tudo. Helena, silenciosa ao lado, colocou uma mão no ombro do marido, esperando que ele pudesse encontrar um caminho para aceitar.
Finalmente, Ramón levantou os olhos e olhou para Eddie, depois para Buck. "Eu... preciso de tempo." Foi tudo o que ele disse antes de se virar e sair da casa.
Helena, com os olhos marejados, foi até Eddie e o abraçou apertado. "Eu estou aqui por você, Eddie. Sempre estarei. Eu só espero que seu pai também possa entender isso com o tempo."
Buck, ainda segurando a mão de Eddie, olhou para ele com gratidão e um carinho silencioso. Eddie tinha enfrentado seu maior medo, e agora, apesar de toda a dor, ele sentia um alívio profundo.
"Eu te disse que vamos lidar com isso juntos," Eddie murmurou para Buck, puxando-o para mais perto.
"Juntos," Buck respondeu com um sorriso tímido, mas sincero.
Enquanto o silêncio voltava à casa, Eddie sabia que as coisas não seriam fáceis, mas também sabia que ele e Buck estavam mais fortes do que nunca.
