Buck e Eddie, dois bombeiros da Estação 118, sempre tiveram uma conexão forte, mas uma missão de resgate quase desastrosa muda a dinâmica entre eles. Em meio à rotina intensa de salvamentos, incêndios e situações de risco, eles precisam lidar com o...
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Era uma daquelas chamadas de emergência que começavam simples, mas se complicavam rapidamente. Um incêndio em um prédio comercial de três andares no centro da cidade. A 118 havia sido acionada para controlar as chamas e evacuar as pessoas presas nos andares superiores. O vento forte e as chamas ferozes tornaram tudo ainda mais caótico. E, como sempre, Buck e Eddie estavam na linha de frente, trabalhando lado a lado, como uma dupla imbatível.
"Cuidado com aquele lado, Buck! O telhado está instável!" Eddie gritou, o calor do fogo fazendo sua voz soar urgente e firme. Ele sempre tinha um olho em Buck, mesmo quando estavam sob pressão.
Buck, respirando pesadamente sob a máscara de oxigênio, assentiu com a cabeça. Ele sabia que Eddie estava certo, mas a adrenalina e o desejo de salvar quem ainda estava no prédio o fizeram avançar com cuidado pelo telhado. Havia pessoas encurraladas e eles precisavam agir rápido.
O telhado estava prestes a ceder, com o calor intenso do fogo enfraquecendo a estrutura. Eddie, um pouco atrás de Buck, sentiu o chão tremer levemente sob seus pés. Ele instintivamente gritou o nome de Buck.
"Buck, cuidado!"
Foi rápido demais. O chão sob Buck se partiu e ele desapareceu no meio da fumaça e das chamas.
"Buck!" Eddie correu em direção ao buraco no telhado, sem pensar em sua própria segurança. O coração disparado, ele gritou por Buck novamente, enquanto seus pensamentos se enchiam de pavor. Ele sabia que Buck era resiliente, mas o medo de perdê-lo, naquela fração de segundo, foi sufocante.
Lá embaixo, Buck havia caído em uma área do terceiro andar. Ele bateu no chão com força, mas o equipamento de proteção impediu ferimentos mais graves. Mesmo assim, estava atordoado e sem ar. A fumaça estava densa ao redor, mas ele podia ouvir a voz de Eddie, distante, chamando seu nome.
"Eddie..." Buck murmurou, tentando se levantar. Ele sentia uma dor aguda nas costelas, mas estava vivo. Ele sempre se recusava a desistir, e parte disso era por causa de Eddie. Buck sempre se sentiu seguro quando Eddie estava por perto, como se nada pudesse dar errado. E agora, ele precisava dessa segurança mais do que nunca.
Eddie, não esperando ordens, desceu correndo até onde Buck estava. Ele ignorou a equipe no rádio e o fato de que o fogo estava se espalhando rapidamente. Tudo o que importava naquele momento era encontrar Buck.
Quando finalmente o viu entre os destroços, uma onda de alívio o atingiu. "Buck! Você está bem?"
Buck tossiu, mas deu um sorriso fraco. "Já estive melhor, mas vou sobreviver."
Eddie não conseguiu segurar o impulso. Ele se ajoelhou ao lado de Buck, verificando rapidamente se havia ferimentos graves, mas o alívio em ver Buck consciente e vivo fez sua mente girar. No calor do momento, com as chamas rugindo ao redor, Eddie se deu conta de algo que ele vinha ignorando há muito tempo: seu medo de perder Buck era mais profundo do que apenas medo de perder um amigo ou colega de trabalho. Era um medo de perder alguém que significava muito mais para ele.
"Eu vou tirar você daqui," Eddie disse com firmeza, a mão já segurando o braço de Buck, ajudando-o a se levantar. O contato entre eles foi breve, mas significativo. A intensidade do olhar de Eddie deixou Buck sem palavras por um segundo.
Com esforço, eles subiram de volta para o telhado, e a equipe finalmente conseguiu evacuar todos com segurança. O incêndio foi contido, mas o incidente no telhado deixou marcas.
Mais tarde, no hospital, enquanto Buck recebia cuidados para uma costela fraturada, Eddie ficou sentado ao lado de sua cama, mais silencioso do que o normal. Ele não conseguia tirar da cabeça o momento em que viu Buck cair, nem o desespero que o tomou. Buck, sempre tão resiliente e confiante, estava deitado ali, vulnerável.
"Você não precisava descer daquele jeito, Eddie," Buck disse, a voz baixa, mas com um leve tom de humor. "Eu ia sair dessa. Eu sempre saio."
Eddie olhou para ele, os olhos mais suaves do que Buck estava acostumado a ver. "Você não entende, Buck. Eu não posso... eu não posso perder você."
Buck ficou em silêncio. Aquelas palavras, ditas com tanta sinceridade e intensidade, o pegaram desprevenido. Eddie era sempre tão focado, tão controlado, mas ali estava ele, claramente afetado pelo que aconteceu. Buck nunca tinha visto Eddie assim antes. E foi nesse momento que algo começou a mudar entre eles.
A partir daquele dia, Buck percebeu que os sentimentos que ele tinha por Eddie eram mais do que apenas uma amizade forte. Ele nunca tinha dado muita atenção ao que sentia, mas agora, vendo a vulnerabilidade de Eddie, sentindo o peso do que quase perderam naquele incêndio, algo se acendeu dentro dele. Ele queria mais. Queria Eddie de todas as maneiras possíveis.
Eddie, por outro lado, lutava com seus próprios sentimentos. Ele sabia que algo havia mudado no telhado. Ver Buck em perigo, a possibilidade real de perder alguém tão importante em sua vida, o fez perceber que não estava apenas preocupado com Buck como colega ou amigo. Havia algo mais profundo ali. Algo que ele não podia mais ignorar.
Os dias que se seguiram ao incidente no telhado foram diferentes. Olhares demorados, toques casuais que transmitiam mais do que palavras, e uma proximidade crescente que parecia inevitável. O que começou com um susto no telhado havia plantado uma semente de sentimentos que nenhum dos dois podia mais evitar.
E foi assim que o incidente no telhado, com toda a sua adrenalina e perigo, acabou se tornando o ponto de virada para Buck e Eddie. Naquele momento de desespero, eles perceberam que não podiam mais ignorar o que sentiam.