Capítulo 18: O Perdão

49 2 0
                                    

O som dos monitores de batimentos cardíacos preenchia o ar do quarto de hospital

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O som dos monitores de batimentos cardíacos preenchia o ar do quarto de hospital. O bipe rítmico era o único som reconfortante naquele espaço silencioso. Eddie estava sentado ao lado da cama de Buck, seus olhos fixos no rosto pálido e imóvel do homem que ele amava. Ele não tinha saído de perto de Buck desde o momento em que os paramédicos o levaram para o hospital.

As horas desde o acidente haviam sido um borrão de medo e desespero. Eddie mal conseguia pensar em outra coisa além da imagem de Buck sendo levado inconsciente para a ambulância, coberto de poeira e com o corpo machucado pelo impacto da viga. Cada minuto parecia uma eternidade enquanto ele aguardava as notícias da equipe médica, sua mente girando em torno da possibilidade de perder Buck.

Ele nunca havia se sentido tão impotente.

Agora, com Buck em recuperação, Eddie não conseguia se afastar. Ele o observava dormir, as feridas começando a cicatrizar, mas o pensamento do que quase aconteceu o assombrava. Ele segurava a mão de Buck com força, como se o toque fosse a única coisa mantendo-o ancorado naquela realidade.

Eddie não conseguia tirar da cabeça o que Buck havia confessado antes do acidente. O peso da traição ainda estava lá, uma ferida aberta que doía toda vez que ele pensava nisso. Mas, ao mesmo tempo, olhando para Buck naquele estado vulnerável, Eddie começou a se perguntar se seu amor por ele não era maior do que a dor.

Cada vez que o monitor apitava, indicando que Buck ainda estava ali, vivo, era como se uma nova onda de alívio passasse por Eddie. Ele sabia que a vida era curta demais, que em um piscar de olhos tudo poderia mudar. Buck quase havia morrido, e isso o fazia pensar em todas as coisas que eles ainda não tinham vivido juntos, todas as coisas que ele queria dizer e fazer com Buck. E talvez, só talvez, ele estivesse deixando o orgulho se interpor no caminho de algo muito mais importante.

A porta do quarto se abriu, e um dos médicos entrou, checando os sinais vitais de Buck. Eddie olhou para o médico com expectativa. "Como ele está? Há alguma mudança?"

O médico deu um pequeno sorriso reconfortante. "Ele está estável, Eddie. O trauma que ele sofreu não foi fatal, mas o corpo precisa de tempo para se recuperar. Ele provavelmente vai acordar nas próximas horas."

Eddie assentiu, sentindo um leve alívio. "Obrigado."

O médico saiu, e o silêncio voltou a preencher o espaço. Eddie respirou fundo e apertou a mão de Buck mais uma vez, inclinando-se para mais perto. "Você tem que acordar, Buck. Eu preciso de você aqui. Precisamos conversar. Eu não posso te perder."

E como se suas palavras tivessem algum poder mágico, Buck deu um leve gemido, seus dedos se movendo suavemente na mão de Eddie. Eddie se levantou de imediato, o coração acelerando. "Buck?"

Os olhos de Buck se abriram lentamente, piscando contra a luz brilhante do quarto de hospital. Ele parecia confuso, mas ao ver Eddie ao seu lado, um leve sorriso cansado apareceu em seus lábios. "Eddie..." Sua voz estava rouca, mas o alívio de vê-lo acordado fez o coração de Eddie disparar.

Eddie se inclinou para mais perto, ainda segurando a mão de Buck. "Ei, você está seguro agora. Está tudo bem." As palavras saíam com uma mistura de alívio e preocupação.

Buck tentou se mover um pouco, mas uma careta de dor passou por seu rosto. "O que... aconteceu?"

Eddie engoliu em seco. "Você foi atingido por uma viga no incêndio. Mas está tudo bem agora. Você está no hospital, se recuperando."

Buck fechou os olhos por um momento, como se tentasse lembrar, e então voltou a olhar para Eddie. "Eu... sinto muito. Pelo que aconteceu no Texas. Eu não queria... eu nunca quis te machucar."

Eddie sentiu uma pontada de dor no peito ao ouvir as palavras de Buck. A lembrança da confissão ainda era fresca, mas agora, vendo Buck tão vulnerável, tudo parecia diferente. Ele tinha pensado tanto nas últimas horas, e agora, tudo se resumia a uma coisa: ele amava Buck. Ele o amava de uma forma que não podia ser apagada por um erro.

"E você me machucou, Buck," Eddie disse suavemente, sua voz tremendo levemente. "Mas... eu quase te perdi hoje. E isso me fez perceber que, apesar de tudo, eu não quero te perder. Eu te amo. E eu sei que as coisas entre nós nunca vão ser perfeitas, mas eu não vou desistir de nós."

Os olhos de Buck começaram a se encher de lágrimas, e ele apertou a mão de Eddie com mais força. "Eddie, eu... não mereço isso. Eu estraguei tudo."

Eddie balançou a cabeça, uma lágrima solitária escorrendo por seu rosto. "Você cometeu um erro, sim. E isso vai levar tempo para eu superar. Mas o que temos é maior que isso. Eu não vou deixar esse erro acabar com a gente. Eu te perdoo, Buck."

Buck piscou, surpreso e visivelmente emocionado. "Você... você me perdoa?"

Eddie assentiu, apertando a mão dele. "Sim. Eu perdoo você. Mas precisamos trabalhar nisso juntos. Eu preciso que você seja honesto comigo daqui em diante. E eu prometo ser honesto com você também."

Buck sorriu, com lágrimas escorrendo por seus olhos. "Eu vou fazer isso. Eu prometo, Eddie. Nunca mais vou te decepcionar."

Eddie sorriu de volta, inclinando-se para dar um beijo suave na testa de Buck. "Eu sei. E eu estarei aqui com você, sempre."

Os dois ficaram em silêncio por um momento, a conexão entre eles parecendo mais forte do que nunca. Eddie sabia que ainda havia muito a ser resolvido, mas naquele momento, tudo o que importava era que Buck estava vivo e que, juntos, eles poderiam superar qualquer coisa.

Enquanto o sol começava a se pôr do lado de fora, o quarto do hospital parecia um refúgio de paz. O perdão havia sido dado, e, com ele, a esperança de um novo começo florescia para Buck e Eddie.

Entre Chamas e Emoções (BUDDIE 9-1-1)Onde histórias criam vida. Descubra agora