Buck e Eddie, dois bombeiros da Estação 118, sempre tiveram uma conexão forte, mas uma missão de resgate quase desastrosa muda a dinâmica entre eles. Em meio à rotina intensa de salvamentos, incêndios e situações de risco, eles precisam lidar com o...
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O turno seguinte na estação 118 começou como qualquer outro, com a equipe chegando e trocando piadas antes de se preparar para mais um longo dia de trabalho. Mas para Buck, havia algo novo – uma energia que parecia estar à flor da pele. Ele mal conseguia tirar os olhos de Eddie, e, pior ainda, não conseguia tirar da cabeça o que tinha acontecido na noite anterior. Ele sabia que Eddie queria ir com calma, mas Buck estava achando isso cada vez mais difícil.
Na verdade, resistir estava fora de questão.
Logo pela manhã, enquanto todos estavam reunidos na cozinha para tomar café, Buck se inclinou casualmente sobre a bancada, bem ao lado de Eddie, ficando perto o suficiente para sentir o calor de seu corpo. Ele sorriu para Eddie, um sorriso que tinha mais do que apenas amizade por trás. Eddie olhou de relance para ele, tentando manter a compostura, mas Buck percebeu a forma como seu rosto ficou ligeiramente tenso.
"Dormiu bem, Eddie?" Buck perguntou, a voz casual, mas com uma malícia sutil que Eddie captou imediatamente.
"Bem o suficiente," Eddie respondeu, tentando parecer indiferente. Ele tomou um gole de café, evitando o olhar de Buck.
Buck mordeu o lábio, divertindo-se com a forma como Eddie tentava manter o controle. "Eu também. Na verdade, dormi bem demais, considerando que tive uma noite... agitada."
Eddie quase cuspiu o café, mas conseguiu se segurar. Ele lançou um olhar de aviso para Buck, que apenas riu baixinho, se deliciando com a reação dele.
Hen entrou na cozinha, interrompendo a troca de provocações com uma piada qualquer, e Buck se afastou de Eddie, mas não antes de deixar que seus dedos roçassem brevemente o braço dele. Era um toque leve, mas o suficiente para fazer Eddie estremecer, algo que Buck percebeu com satisfação.
O dia seguiu como de costume, mas Buck estava decidido a testar os limites de Eddie, provocando-o sempre que tinha oportunidade. Durante o treino físico, enquanto todos estavam fazendo flexões, Buck fez questão de se posicionar ao lado de Eddie, a respiração pesada, e comentou, com a voz baixa o suficiente para que só Eddie ouvisse:
"Isso me lembra a noite passada... Você lembra?"
Eddie lançou um olhar de lado para ele, tentando ignorar o comentário e se concentrar no exercício. "Buck, se você continuar assim, vai se cansar antes de terminar."
Buck sorriu largamente. "Duvido. Eu tenho bastante resistência."
O comentário foi seguido de um sorriso que claramente indicava que Buck não estava falando apenas sobre flexões. Eddie fechou os olhos por um segundo, respirando fundo, tentando não se deixar levar. Ele sabia que Buck estava apenas se divertindo, mas o problema era que estava funcionando.
Depois do treino, quando todos foram para os vestiários, Buck continuou a provocação. Ele entrou logo depois de Eddie e fez questão de escolher o armário ao lado do dele. Enquanto Eddie tentava se trocar sem dar muita atenção a Buck, este estava claramente em outro ritmo.
"Você está quieto hoje," Buck disse enquanto tirava a camisa, observando Eddie de canto de olho. "Algo na sua mente?"
Eddie continuou focado em suas próprias coisas, tentando não olhar para o peito nu de Buck – o mesmo peito que ele havia tocado e beijado na noite anterior. "Estou tentando me concentrar no trabalho, Buck. Isso é tudo."
"Ah, claro. O trabalho." Buck riu baixinho, se inclinando um pouco mais perto de Eddie. "Sabe, a gente poderia... continuar de onde paramos, depois do turno."
Eddie parou, seu corpo enrijecendo por um momento antes de soltar um suspiro pesado. Ele virou-se para encarar Buck, mantendo o olhar firme. "Buck, a gente já conversou sobre isso. Temos que ser discretos. Ninguém pode saber."
Buck cruzou os braços, fingindo inocência. "E eu estou sendo discreto. Só estou te dando... sugestões."
Eddie estreitou os olhos, claramente lutando contra a tentação. O problema era que ele queria aquilo tanto quanto Buck, mas tinha suas razões para manter a relação em segredo por enquanto. A estação 118 era como uma família, e ele sabia que seria o centro de todas as atenções assim que descobrissem sobre eles. Além disso, havia Christopher – Eddie queria garantir que tudo entre ele e Buck estivesse estável antes de expor o filho a essa nova dinâmica.
"Olha, Buck," Eddie começou, a voz baixa e séria. "Eu também quero isso. Você sabe que eu quero. Mas a gente tem que ser inteligente. Temos que ser pacientes."
Buck suspirou dramaticamente, deixando os ombros caírem. "Pacientes, é? Não é exatamente meu ponto forte, você sabe."
Eddie soltou uma risada curta, finalmente relaxando um pouco. "Sim, eu sei. Mas vamos fazer isso do jeito certo, ok?"
Buck assentiu, ainda sorrindo de maneira travessa. "Ok, do jeito certo. Mas não significa que eu vou parar de te provocar."
Eddie revirou os olhos, mas não conseguiu esconder o sorriso que surgia em seus lábios. "Você é impossível."
"Eu sei." Buck piscou para ele, antes de se afastar para terminar de se trocar.
A tensão entre eles continuou ao longo do dia, mas Eddie conseguiu manter o controle – pelo menos até o final do turno. Quando o dia finalmente chegou ao fim e os dois se encontraram sozinhos no estacionamento, Buck aproveitou a oportunidade. Assim que as portas dos carros se fecharam, ele se aproximou de Eddie, a proximidade já reacendendo o fogo que estava contido o dia inteiro.
"Agora que estamos sozinhos..." Buck começou, a voz rouca enquanto seus olhos percorriam o rosto de Eddie.
Eddie suspirou, sabendo que resistir agora seria impossível. Ele olhou ao redor, certificando-se de que ninguém estava por perto, antes de puxar Buck pela camisa e colar seus corpos. "Você não vai desistir, não é?"
Buck sorriu, satisfeito com a rendição de Eddie. "Você já deveria saber a resposta para isso."
Eddie balançou a cabeça com um sorriso, antes de capturar os lábios de Buck em um beijo profundo e intenso, cheio de toda a frustração e desejo que havia se acumulado ao longo do dia. O beijo foi rápido, urgente, mas o suficiente para deixar claro que, embora precisassem ser discretos, eles não iriam conseguir se manter longe um do outro por muito tempo.
Quando finalmente se separaram, ambos estavam ofegantes, e Eddie soltou uma risada leve. "Você realmente sabe como me testar, Buck."
"Eu sei," Buck disse, com um brilho travesso nos olhos. "Mas eu também sei que vale a pena."
Eddie sorriu, sabendo que, por mais que tentasse resistir, Buck sempre teria a última palavra. E, de alguma forma, ele estava completamente bem com isso.
