Capítulo 11: Um Desentendimento Inesperado

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Era uma manhã comum no quartel

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Era uma manhã comum no quartel. A equipe da 118 estava reunida para mais um dia de trabalho, e, como sempre, Buck e Eddie estavam lado a lado. Mas, naquela manhã, havia algo diferente no ar. A atmosfera entre os dois, geralmente leve e descontraída, parecia carregada de algo não dito.

Depois de uma sequência de chamadas intensas, a equipe voltou para a estação para um merecido descanso. No entanto, Buck estava inquieto. Ele estava sentindo algo crescer dentro dele há dias, algo que não conseguia nomear direito, mas que o estava deixando frustrado. E ele sabia que, eventualmente, isso explodiria — e que Eddie estaria no meio disso.

Enquanto a equipe se espalhava pela sala de descanso, Eddie se aproximou de Buck com uma expressão neutra. "Você está bem? Parece meio distante hoje."

Buck suspirou, tentando controlar a irritação que começava a subir. "Sim, estou bem. Só cansado, acho."

Eddie franziu a testa, claramente não convencido. "Tem certeza? Porque parece que você está com alguma coisa na cabeça."

Buck se endireitou, o tom na voz de Eddie começando a irritá-lo ainda mais. "Por que você sempre faz isso, Eddie? Sempre tem que ser o cara que nota tudo, que percebe tudo. Não posso só... estar cansado sem que você me questione?"

Eddie, surpreso pela resposta agressiva, cruzou os braços. "Eu só estou tentando ajudar, Buck. Você não precisa ficar na defensiva."

"Na defensiva?" Buck soltou uma risada amarga, se levantando do sofá. "Eu só... eu só estou tentando lidar com as coisas, Eddie. Talvez você não entenda isso, porque você sempre tem que estar no controle de tudo, sempre tão calmo, sempre sabendo o que fazer."

Eddie ficou em silêncio por um momento, processando as palavras de Buck. Ele não estava acostumado a vê-lo assim, e isso o incomodava. Ele tentou manter a calma, mas a frustração de Buck parecia estar começando a afetá-lo também. "O que você quer dizer com isso, Buck? Eu não estou tentando controlar nada. Estou preocupado com você."

Buck balançou a cabeça, exasperado. "Preocupado, é? Você sempre está preocupado, sempre tentando ser o cara que resolve tudo, que mantém tudo sob controle. Mas, às vezes, Eddie, eu só preciso de espaço! Preciso que você... me dê um respiro."

As palavras de Buck atingiram Eddie como um soco no estômago. Ele estava tentando ajudar, mas agora percebia que talvez estivesse pressionando Buck de uma forma que não pretendia. Ele sempre cuidou de Buck, assim como Buck cuidava dele. Mas talvez ele tivesse passado do ponto.

"Tudo bem," Eddie respondeu, o tom de voz mais frio do que ele pretendia. "Se você quer espaço, Buck, eu posso te dar. Mas eu pensei que éramos uma equipe. Que resolvíamos as coisas juntos."

"E somos uma equipe, Eddie!" Buck exclamou, sentindo o peso de suas próprias palavras e o arrependimento se instalando lentamente. "Mas, às vezes, você não entende que eu preciso de mais do que isso. Eu preciso... eu preciso ser capaz de lidar com as coisas sozinho também."

Eddie ficou em silêncio, seu maxilar tenso. Ele sabia que havia algo mais por trás das palavras de Buck, algo que estava além do simples cansaço ou estresse. Mas, naquele momento, ele não sabia o que dizer para consertar as coisas. Ele também não queria forçar Buck a falar mais do que ele estava pronto para compartilhar.

"Ok, Buck," Eddie finalmente disse, com uma calma que contrastava com a turbulência em seus pensamentos. "Se é isso que você quer, eu vou dar o espaço que você precisa."

Buck sentiu o peso das palavras de Eddie caírem sobre ele. Aquela não era a resposta que ele esperava, e, de certa forma, isso o deixou ainda mais frustrado. Por que Eddie tinha que ser tão... compreensivo? Tão controlado? Parte dele queria que Eddie explodisse, que eles tivessem uma discussão de verdade. Mas Eddie estava mantendo o controle, e isso só fazia a tensão crescer entre eles.

O silêncio entre os dois era palpável. Buck olhou para Eddie, vendo o rosto sério, o olhar firme, e percebeu que, de alguma forma, eles haviam chegado a um impasse. Ele não queria que as coisas ficassem assim, mas também não sabia como voltar atrás naquele momento. Era como se uma barreira invisível tivesse surgido entre eles, uma que nenhum dos dois sabia como atravessar.

"Eu vou... vou sair um pouco," Buck murmurou, desviando o olhar. "Preciso de um tempo."

Eddie assentiu, sem dizer mais nada, e viu Buck sair da sala de descanso sem olhar para trás. O vazio que ele deixou para trás era pesado, e Eddie sentiu uma pontada de frustração e tristeza crescer dentro dele. Ele não queria que as coisas fossem assim, mas não sabia como lidar com o que Buck estava passando. E, pela primeira vez em muito tempo, ele sentiu que não tinha as respostas.

Enquanto Buck caminhava em direção à saída da estação, sentindo o peso da conversa, ele se perguntava se havia ido longe demais. Ele amava Eddie, isso era óbvio. Mas, às vezes, o peso desse amor o deixava confuso e perdido. E, naquele momento, ele não sabia como consertar o que havia acabado de quebrar.

A tensão entre eles estava mais presente do que nunca, e nenhum dos dois sabia como seguir em frente a partir dali.

Entre Chamas e Emoções (BUDDIE 9-1-1)Onde histórias criam vida. Descubra agora