A cozinha estava mais quente que o normal, o som de panelas e utensílios ecoava pelo pequeno espaço enquanto Buck se movia de um lado para o outro. Ele tinha a expressão de quem estava completamente concentrado na missão à sua frente: preparar um jantar digno de elogios. Não era a primeira vez que ele cozinhava para Eddie e Chris, mas naquela noite, ele queria que fosse especial, como se cada detalhe fosse uma forma de mostrar o quanto ele se importava.
Chris estava sentado à mesa, os olhos curiosos acompanhando os movimentos rápidos de Buck na cozinha.
— O que a gente vai comer hoje, Buck? — Chris perguntou, com um sorriso animado no rosto.
— Bem, estou tentando fazer algo que você e o seu pai adorem — respondeu Buck, com um sorriso. — Lasanha de carne com bastante queijo, e para sobremesa... — Ele fez uma pausa dramática, virando-se para olhar Chris. — Sorvete caseiro de chocolate.
— Uau! — exclamou Chris, os olhos se iluminando. — Você é o melhor, Buck!
Buck riu, sentindo o calor daquelas palavras. Para ele, não havia elogio melhor do que ver Chris feliz.
Do outro lado da cozinha, Eddie entrou, observando a cena por um momento antes de se aproximar de Chris e bagunçar o cabelo do filho de leve.
— Tudo pronto por aqui? — perguntou Eddie, com aquele tom descontraído que sempre fazia Buck sorrir.
— Quase lá — disse Buck, ainda mexendo na panela. — Só mais alguns minutos.
Eddie sorriu e se aproximou de Buck, espiando por cima do ombro dele.
— Parece bom — comentou Eddie, com um toque de surpresa na voz. — Quando você ficou tão bom assim na cozinha?
— Tenho meus segredos, Diaz — brincou Buck, mas por dentro ele sabia a resposta. Desde que a ideia de "família" havia se tornado algo real entre eles, Buck havia se esforçado para fazer tudo certo, inclusive aprender a cozinhar melhor para impressionar os dois.
Eddie colocou a mão nas costas de Buck, um gesto simples, mas que dizia muito. Havia orgulho nos olhos dele, e Buck sentiu seu coração aquecer com isso.
— Estamos com sorte de ter você, Buck — disse Eddie, baixinho, para que Chris não ouvisse. Era uma declaração que Buck já havia ouvido, mas que nunca deixava de tocar fundo.
Finalmente, Buck desligou o fogão e começou a servir a lasanha nos pratos. Ele colocou tudo com cuidado, certificando-se de que Chris tivesse a maior porção de queijo, sabendo que o garoto adorava. Sentaram-se à mesa, e por alguns minutos, a única coisa que se ouvia era o som das garfadas e os elogios de Chris.
— Isso está incrível, Buck! — disse Chris, com a boca cheia. — Você devia cozinhar sempre.
Buck riu, mas Eddie olhou para ele com um sorriso que indicava concordância.
— Ele tem razão, você realmente se superou.
Buck sentiu o calor de pertencer àquele momento. A simplicidade de um jantar em família, a risada de Chris, o olhar carinhoso de Eddie — tudo isso parecia tão certo. Eles eram uma família, e Buck finalmente se permitia acreditar que fazia parte disso.
Buck sorriu para Chris, vendo como o garoto devorava a lasanha com entusiasmo. Aquele simples ato de cozinhar para eles parecia, de alguma forma, consolidar o que eles haviam se tornado: uma família. Ele trocou um olhar rápido com Eddie, que estava sorrindo enquanto comia sua própria porção, um brilho de admiração nos olhos.
— Se eu continuar cozinhando desse jeito, vou acabar estragando vocês dois — brincou Buck, apontando para os pratos praticamente limpos à sua frente. — Quem vai querer voltar para as marmitas de fast food depois disso?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Invisible String | Buddie
Historical FictionDecisões precipitadas, geram consequências previstas. Buck sabia que todas as suas ações tinham consequências e ele está cada dia aprendendo com isso. Contudo, quando se tem uma corda invisível o puxando de volta para uma pessoa que ele não esperava...