VII

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Era noite de sexta, estava frio e Jimin mal sentia o vento gelado que soprava pelas ruas de Seul. Ele tinha passado as últimas horas na companhia de Jackson e de alguns outros colegas do trabalho, tentando se distrair, beber algumas doses de cerveja e esquecer o tumulto que sua vida se tornara. A música alta da balada e as conversas descontraídas ajudaram, mas, agora que estava sozinho, caminhando de volta para casa, a realidade voltava a pesar em seus ombros.

A mente de Jimin estava turva pelo álcool, mas havia uma certeza: ele só queria chegar em casa, tomar um banho gelado e se jogar na cama. Seus músculos doíam de tensão acumulada, sua mente estava em caos, e ele precisava de um momento de paz, longe de tudo e de todos.

Mas, assim que virou a esquina de sua rua, seu coração parou por um segundo. A figura alta e familiar estava encostada na portaria do seu prédio, como se fosse uma sombra predadora à espreita. Mesmo com a distância e a visão embaçada pela bebida, ele reconheceu imediatamente quem era.

Jeon Jungkook.

Jimin parou no meio da calçada, sentindo o estômago se contorcer. Por que ele está aqui? O álcool corria em suas veias, tornando difícil raciocinar com clareza. Ele piscou algumas vezes, como se quisesse apagar aquela visão, mas Jungkook não desapareceu. Ele estava lá, esperando, como sempre, com aquela postura arrogante e dominadora que fazia Jimin se sentir pequeno.

Com o coração batendo rápido no peito, Jimin continuou andando até parar a poucos metros de Jungkook. O silêncio entre os dois era incômodo, e a única coisa que Jimin conseguia pensar era: Por que diabos ele está na minha porta?

Sem conseguir se conter, as palavras saíram antes que ele pudesse se controlar. O álcool o impulsionava, dando-lhe uma coragem que, no fundo, ele sabia que era falsa. - Por que está aqui? O que quer no meu prédio? - Jimin perguntou, a voz um pouco mais alta e ríspida do que pretendia.

Jungkook ergueu uma sobrancelha, seus olhos escuros fixos em Jimin. Ele não se moveu, mas a tensão no ar ficou palpável. - Eu deveria estar perguntando o mesmo para você. - Respondeu Jungkook, sua voz baixa e cheia de autoridade.

Jimin bufou, passando a mão pelo cabelo bagunçado. Ele sentia o calor subir por seu corpo, não só pelo álcool, mas também pela irritação que Jungkook sempre conseguia provocar nele. - Que tipo de pergunta é essa, por acaso bebeu? Até onde sei é aqui que eu moro.

- Eu sei! - Disse sem muito humor, ele colocou as mãos nos bolsos. - Você bebeu?

- E o que tem a ver com isso? Já não basta querer me controlar na empresa, vai querer controlar a minha vida aqui fora também? - Pergunta em tom um pouco alto e seco. Ele cambaleia um pouco, sua face rubra pela bebida.

Jungkook parece não gostar da forma como ele fala, sua mandíbula tensionada é a prova. - Onde estava?

- Por que quer saber, o senhor me sufoca sabia... Sem falar que me odeia, me deixa em paz! - Disse, Jimin começa a caminhar, ele passa pelo chefe.

- Quem disse que eu te odeio? - Jungkook murmurou, os olhos semicerrados, analisando Jimin. Esse que para e vira ficando de frente para o mais velho.

Jimin piscou, confuso, a mente rodando em círculos. - O senhor faz da minha vida um inferno. Isso é o que alguém que odeia a outra faz.

Jungkook riu, um som seco e sem humor. - Você realmente não entende nada, não é, Jimin? - Ele deu um passo em direção a Jimin, a distância entre os dois diminuindo perigosamente. - Isso não tem nada a ver com ódio.

LOUCA OBSESSÃO JJK & PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora