Introdução:
Park Jimin, um jovem gentil que se muda para Nova York com grandes sonhos depois de se formar em biologia e fazer a diferença no mundo. A cidade, no entanto, o devora aos poucos, e ele se vê afundando em dificuldades financeiras. Em bus...
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Após o trabalho, Jeon mal trocou palavras com Jimin, mesmo voltando juntos para casa. Algo estava errado, e Jimin percebeu a inquietação no ar, uma agitação silenciosa que ele nunca tinha visto antes em seu chefe. Ele quis perguntar o que estava acontecendo, mas o receio o fez se calar.
Ao chegarem em casa, o relógio marcava quase dezenove horas. Jeon seguiu direto para o escritório, lançando uma breve instrução: — Suba e descanse, Jimin. Não vou jantar hoje.
Jimin assentiu, aliviado por poder descansar mais cedo do que o habitual. Talvez, com sorte, conseguisse uma noite tranquila.
Horas se passaram, e Jimin, já em seu quarto, terminava de se preparar para dormir. Vestia um conjunto de pijamas de algodão, composto por uma camisa de mangas curtas e um short solto que chegava até o meio de suas coxas. O conforto suave do tecido era gostoso em contato com a pele. Ele estava prestes a se deitar quando uma batida leve na porta interrompeu seu silêncio.
— Rebeca? — Ele abriu a porta, surpreso com a presença da mulher, que parecia preocupada.
— Senhor Jeon... Ele está lá embaixo, bêbado, e não quer ouvir ninguém. — As palavras dela saíram rápidas, quase atropeladas pela preocupação.
Jimin suspirou fundo, massageando as têmporas em um gesto de cansaço. Já esperava que o dia terminaria de forma complicada.
— Nós tentamos trazê-lo para o quarto, mas ele se recusa. — Rebeca acrescentou, o nervosismo claro em sua voz.
— Tudo bem, podem ir descansar. Eu cuido disso. — Jimin disse com um tom de resignação, fechando a porta atrás de si.
Descalço, ele caminhou pelo corredor em direção às escadas. Seus passos eram acompanhados pelo eco suave de sua respiração, enquanto ele se preparava mentalmente para lidar com um Jeon diferente do usual — vulnerável e perdido em suas próprias angústias como da última vez.
Jimin desceu as escadas com cuidado, sentindo a tensão aumentar a cada degrau, pois ele não sabia como o chefe se comportaria. Quando finalmente chegou à sala, avistou Jeon Jungkook jogado no sofá, uma garrafa de uísque quase vazia sobre a mesa de centro, os olhos perdidos em algum ponto indefinido à sua frente. Era uma visão desoladora, uma que ele vira apenas uma vez. Jungkook, sempre tão controlado, agora parecia à deriva. E ele não entendia como a mesma pessoa, poderia agir tão diferente quando bêbado.
Jimin hesitou por um momento, observando o homem à sua frente. Seu coração acelerou. Parte de si queria se afastar, evitar o confronto com essa vulnerabilidade inesperada, mas ele sabia que não podia ignorar o que estava acontecendo. Jungkook, mesmo bêbado, ainda era um humano. E sua consciência não o deixaria em paz.
— Senhor Jeon... — chamou suavemente, aproximando-se com cuidado.
Os olhos de Jungkook lentamente se voltaram para ele. Havia algo diferente em seu olhar, algo mais profundo, sombrio, ele parecia perdido dentro da própria cabeça, notou Jimin l, mas por mais que tentasse não conseguia decifrar aquele olhar, ele era difícil de le. O silêncio permaneceu e aquilo incomodava Jimin.
