Cria do Dragão Alienígena (Dragões de Arcturus #1)

Epílogo 1

um mês depois

" Você não quer se juntar a mim? A água está perfeita, como sempre."

A voz de Katrine foi facilmente transportada pela superfície da piscina fumegante, misturando-se ao respingo da cachoeira. Ela colocou as mãos em concha e espalhou o calor líquido sobre seus seios nus, que estavam iluminados pelo brilho pálido e subterrâneo dos cristais.

“Desejo olhar para você um pouco mais, meu lindo atma.”

O grande dragão vermelho de Katrine estava deitado no banco de pedra, a ponta de sua cauda balançando a água. Sua cabeça assustadora, coroada de chifres, estava descansando em sua garra dianteira, e seus olhos amarelo-sol estavam fixos nela com uma intensidade que a aquecia ainda mais do que os riachos quentes deslizando por sua pele.

Ela gostava quando ele a encarava daquele jeito, gostava do jeito que seus olhos desumanos a aqueciam como uma chama.

“E qual é a sua parte favorita de se olhar, meu dragão?”

Um sorriso irônico surgiu no canto vermelho da boca cheia de dentes do dragão.

“Devo escolher só um?” ele rosnou suavemente.

Katrine sorriu timidamente e assentiu.

“Mas é tão difícil escolher, minha gatinha. São seus cachos dourados que eu adoro puxar. Seus lábios macios, rosa coral. Seus seios, tão redondos e cheios, e seus picos duros, tão deliciosos e mordíveis.”

Os olhos de Skal viajaram pelo corpo dela enquanto ele falava, e com cada detalhe que ele listava, Katrine podia sentir seu olhar quente como um toque físico em sua pele. Quando ele falou de seus mamilos, ela podia jurar que lábios invisíveis a beijaram ali, e ela engasgou.

“Só um,” ela respirou. “Você só pode escolher um…”

“Nesse caso, atma, minha parte favorita em você é sua barriga redonda cheia de seu precioso tesouro.”

Com essas palavras, Katrine alisou suas próprias mãos sobre sua barriga arredondada. Ela tinha crescido substancialmente mais no último mês, com a constante reposição de fluidos de Skal.

Muitas coisas mudaram no último mês.

Este lugar estranho já estava começando a parecer um lar.

Blair e Nora estavam se acomodando bem, considerando tudo. Ambas tinham seus próprios quartos mobiliados para dormir. E sabendo que eventualmente se cansariam de comer ameixas escuras, elas estabeleceram uma pequena horta do lado de fora da montanha usando algumas sementes que Skal as ajudou a coletar na floresta. Elas até começaram a pescar em outro lago subterrâneo conectado à fortaleza. Os peixes das cavernas pareciam um pouco estranhos, mas cozinhavam bem o suficiente.

Skal também permitiu que eles inspecionassem seu vasto tesouro. Depois de muita busca, eles descobriram artefatos que provavam que este planeta era a Terra — calotas cromadas, talheres de prata do século XVII e uma lata vazia de La Croix.

E então, é claro, havia a lua. Uma vez que ela ficou cheia e eles puderam ver todas as suas marcas familiares, não havia dúvidas sobre em que planeta estavam.

Quando a fenda se abriu em Blue Mesa, elas não foram transportadas pelo espaço, mas pelo tempo. Exatamente o quão longe no tempo, no entanto, ainda não estava claro. De qualquer forma, procurar nos tesouros do dragão por tecnologia potencialmente útil forneceu às mulheres um passatempo interessante.

A única coisa que faltava às suas amigas eram companheiras.

E até agora, não houve notícias de uma investigação ou julgamento sobre a morte de Mordragg. Skal garantiu a Katrine que isso aconteceria eventualmente — os dragões apenas levaram seu tempo lidando com tais coisas.