Cria do Dragão Alienígena (Dragões de Arcturus #1)

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Lá fora, a tempestade continuava a cair em volta do topo irregular da montanha.

Mas bem no fundo do salão da montanha do dragão, Katrine estava segura, aquecida e quase seca. Ela se recostou no braço protetor e embalsamador de Skal e alisou as mãos sobre a pequena protuberância em sua barriga. Mesmo em pouco tempo, o ovo alienígena dentro dela parecia ter crescido.

Parecia loucura demais para ser possível.

Ela foi engravidada por um dragão alienígena.

“É realmente nosso?” Katrine perguntou incrédula. “Nosso bebê? Seu e meu?”

Skal rugiu agradavelmente, e o som enviou boas vibrações reverberando por todo o corpo de Katrine. Seus dedos com garras acariciaram levemente seu braço nu.

“Sim, pequeno atma. É nosso.”

Parecia bom demais para ser verdade. Por muito tempo, o problema de infertilidade de Katrine havia dominado seus pensamentos. Mesmo quando ela estava pensando em outra coisa, seu problema estava lá, como uma vibração de baixo nível no fundo de sua mente.

Agora tudo isso mudou.

Agora ela estava grávida.

Certo, então não foi uma gravidez comum de forma alguma. Até onde ela podia perceber, ela literalmente tinha um ovo de dragão dentro dela, casca e tudo.

Foi estranho? Muito.

Mas parte dela realmente gostou. Um tipo diferente de criança de um tipo diferente de pai. Um pai brutal que era protetor além da medida — seu próprio protetor dragão.

Kat sabia que amaria seu bebê com cada fibra do seu ser, e sabia que Skal sentia o mesmo.

A mão forte e escamosa de seu companheiro dragão esfregou sua barriga arredondada afetuosamente.

“Há muito tempo, antes da história mais antiga registrada de Arcturus, nós, dragões, evoluímos para procriar com outras espécies. Ao integrar os genes de outras criaturas aos nossos, fortalecemos nossas linhagens, nos tornamos mais resistentes a mutações e doenças.”

Essa ideia fascinou Katrine. Se os dragões simplesmente colocassem seus ovos em outras criaturas parasitariamente, isso poderia levar à estagnação de sua linhagem através do acúmulo de mutações deletérias ao longo do tempo. Mas ao incorporar outro material genético em seu código, sua prole teria uma melhor taxa de adaptação a ambientes em constante mudança.

Seu companheiro dragão era ainda mais impressionante do que ela havia percebido.

Katrine se perguntou que outros segredos ele guardava por trás de seu exterior escamoso.

“Skal,” ela sussurrou. “Conte-me sobre seu planeta natal. Conte-me sobre Arcturus.”

Ela sentiu uma tensão repentina nos músculos que envolviam seu corpo.

“Arcturus não era um mundo”, Skal a lembrou. “Era uma estrela.”

O motivo da tensão de Skal começou a ficar claro para Katrine.

"Era?"

Skal suspirou profundamente. Sua caixa torácica expandiu e contraiu com sua respiração.

“Sinto muito”, disse Kat. “Não precisamos falar sobre isso…”

“Não, está tudo bem”, respondeu Skal. “Eu quero te contar.”

Lá fora, a tempestade ainda gemia. O fogo crepitava e murmurava na lareira, lançando sombras trêmulas sobre a cúpula esculpida do teto. Skal respirou fundo e irregularmente outra vez e continuou.