02. Um doce sorriso

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Na manhã seguinte, Julian continuou esparramado em meio aos lençóis de seda

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Na manhã seguinte, Julian continuou esparramado em meio aos lençóis de seda. Uma dor de cabeça ocorreu assim que abriu os olhos inchados, imediatamente lembrou da noite passada. Como sempre acabava aos prantos nas vezes que se machucava. A porta se abriu causando um barulho insuportável, a luz do sol quase cegou quando as cortinas foram abertas.

"Julian, levante-se!" A voz do seu amigo irritante é algo que não gostaria de ouvi-la depois da crise de choro.

"Patel, por favor." Julian bocejou agarrando o travesseiro.

"Julian, você prometeu que iríamos alimentar os cisnes hoje." Patel bateu o pé indo até à coberta de Julian e arrancando. Quando Julian o olhou, Patel se calou olhando-o assustado. "Que diabos aconteceu com você?"

Patel via seu amigo com olhos vermelhos e inchados, muito inchado. Parecia uma alergia ocular ou sabe lá o que.

"Um voador atacou meu olho, não se preocupe." Julian sorriu disfarçando a tristeza.

"Ugh! espero que esse voador não seja o idiota ao lado." Patel apontou a fazer Julian arregalar os olhos. "Ah! por favor, Julian? Você pensa que não fui xeretar? E adivinha, estava certo." Patel sentou-se ao lado de seu amigo acariciando a beleza que aquele garoto frágil possuía. "Cancele o casamento." Patel desceu o olhar triste, queria poder arrancar aquela tristeza de seu amigo.

"Papai espera muito de mim, Pa. Logo logo irei o substituir."

"Foda-se, estou cansado dessa história, quero que você seja feliz com alguém que goste de você." Julian sabia que seu amigo cutucava a ferida de propósito, é um jeito de Patel ajudar. Tão verdadeiro e sincero, talvez seja por isso que são amigos desde a infância.

"Seu pai não permitiria que você casasse tão infeliz, Julian."

"Mas ele... será meu." Julian recebeu um tapa na cabeça. "Aí, por que você me bateu?" Coçou a cabeça zangada.

"Pelo amor, meu príncipe! Você é tão inocente, não sei que mundo vive. Venha, vá tomar banho."         Cansado de discutir com seu amigo, Patel agarrou o braço de Julian, o arrastando para a banheira o largando sem dizer uma única palavra.

Julian com a coragem que lhe restava banhou-se e deu graças em não ver Patel no quarto, arrumou-se para o café da manhã. Gemeu fraquinho ao lembrar que hoje seria a chegada dos cisnes no lago e que Patel o fizera prometer a alimentação dos animais.

Amava a chegada da primavera, as flores brotaram e tudo voltaria ao verde novamente. Os animais sairiam de suas tocas e Julian não se preocuparia com o frio.

Saiu do quarto encontrando Jesse e Declan rindo diante da porta. Eles imediatamente pararam a conversa se afastando um do outro.

"Irmão, bom dia!" Jesse saudou. Como seu irmão podia ser tão descarado?

Julian olhou para Declan com os olhinhos brilhando. O alfa deu de ombros sem se importar, segurou a mão de Jesse e se afastaram sem ter o mínimo de respeito com os sentimentos do ômega.

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