26. Bolha

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Julian segurava a mão de Declan enquanto voltavam para perto de seus amigos

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Julian segurava a mão de Declan enquanto voltavam para perto de seus amigos. Ainda é inacreditável que seu alfa estivesse vivo e que ele estava na sua frente muito diferente do antigo Declan.

Quantas vezes o ômega pensou que a sua vida seria bem mais cômoda se eliminasse as lembranças para amenizar a dor que sentiu quando perdeu seu grande amor. E agora seu próprio céu foi de nuvem negra que derramava chuvas ácidas para pequenos pedaços de algodão.

Turbilhões de pensamentos, emoções e sentimentos já habitados no corpo de Julian de diferentes formas. Mas uma coisa todos eles têm em comum: nenhum deixou de valer a pena, por melhor ou pior que fossem. Eles levaram ao que Julian é hoje e, de todo o coração, o ômega tinha um orgulho absurdo de quem se tornou. Depois de todas as quedas, as falhas, as decepções, as dores e as angústias, ele estava aqui. Inteiro. Em pé.

E se Julian pudesse apagar tudo da sua memória? E de todas as vezes em que chorou por Declan e seus erros, das responsabilidades, de tantas vezes que se sentiu inferior e pensou em desistir?

Certamente, Julian não teria chegado onde chegou, tampouco teria histórias e experiências pra compartilhar. É nessas horas que percebeu que, por mais que doa, as memórias que tinha também compõem o que o formou. Sofrer não é nenhuma doença, mas sim um aviso de que ainda se encontrava vivo.

Seu maior defeito foi sempre pensar em um recomeço, mas nunca de fato tentar recomeçar. É que depois de alguns baques e perdas, Julian acabou perdendo o prumo, o rumo e o mundo.

Mas dessa vez, quantas chances foram necessárias para recomeçar? E esse aqui é seu recomeço?

O ômega ainda se culpava demais, se cobrava demais, e só agora percebeu que recomeçar é de graça. Mas feridas se curam com o tempo e não com ervas, e para alguns demora mais para sarar, até porque não existe um tempo pré-determinado ou uma fórmula mágica que o faça melhorar de uma hora para outra, tudo é um processo. Sempre vão ter dias em que tudo vai doer mais e situações que vão te exigir um pouco mais de força.

Assim que se aproximaram todos os olhos se voltaram a eles.

“Uau, aconteceu algo que não sabemos?” Patel perguntou.

Antony e Will se olharam sorrindo.

“Kan, o que significa isso?” Poppy não pareceu contente. Uma lágrima desceu de seu rosto. “O que você fez?” Perguntou raivoso para Julian. “Desde da primeira vez soube que você é um problema!”

“Poppy, respeite meu ômega.” Brandou Declan.

“Omega? Kan, você...”

“Eu me chamo Declan, príncipe de Farian. Sinto muito pela perda da memória, agradecerei sua família por ter me ajudado durante esses meses.”

“Então você se lembrou?” Antony falou jogando seu braço em volta da cintura de Javeles, internamente o casal ficará grato pelo plano certeiro.

“Príncipe, você é um príncipe?” Poppy estava sem acreditar. Como poderia? Todo esse tempo Kan era um príncipe perdido?

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