Epílogo 2

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Hermione estava na sala, sentada de pernas cruzadas no novo sofá de couro e folheando a última edição de Hogwarts, Uma História, que saiu há uma semana. Ela estava enrolando mechas de seu cabelo encaracolado em volta do dedo, completamente absorvida pelo conteúdo do livro, e soltou uma respiração profunda quando alguém tirou o livro de suas mãos.

Olhando para cima, ela encontrou Draco, que estava sorrindo para ela.

— Dê-me meu livro — disse ela, franzindo a testa. Em vez de entregar-lhe o item, ele simplesmente sentou-se ao lado dela e folheou as páginas em silêncio. — Draco Malfoy, me dê meu livro!

— Você leu esta coisa inúmeras vezes desde segunda-feira!

— Então?

— Você não preferiria passar uma linda manhã de domingo com seu lindo marido que adora o chão que você pisa?

O loiro lhe lançou um olhar suplicante e um sorriso vitorioso.

— Eu faria isso, se ele não fosse um idiota. Agora, eu preferiria meu livro a ele, muito obrigado.

Draco jogou descuidadamente o livro de capa dura por cima do ombro. Hermione soltou um suspiro. Como ele ousa jogar fora um de seus tesouros inestimáveis!

Os olhos da morena se estreitaram em pequenas fendas semelhantes a cobras.

— Draco Malfoy, você está em apuros.

Ele simplesmente encolheu os ombros.

— Você ficou com a calcinha torcida por quê? Esse pedaço de lixo?

— Lixo? — Ela bateu com força no ombro dele. — LIXO?

Draco pegou as mãos dela para impedi-la de atacá-lo e puxou-a para mais perto.

— Essa nova edição de Hogwarts, Uma História é uma porcaria. Há pelo menos três erros nela.

— Três? — Pelo que ela sabia, não havia nenhum.

— Sim, três.

— Que são? — Ele não respondeu. Em vez disso, seus dedos afastaram os cachos que caíam sobre o ombro de Hermione e sua boca se ocupou em beijar o pescoço agora exposto de sua esposa. A bruxa soltou um suspiro quase inaudível, mas ainda assim conseguiu afastar Draco. — Quais são os erros, Draco?

— Não pode esperar? — Disse Draco antes de capturar os lábios de Hermione nos seus. Ela o empurrou pela segunda vez.

— Não.

— Tudo bem. — Ele traçou a linha de seu nariz, mandíbula e bochechas. Por fim, seus dedos ligeiramente calejados permaneceram em seus lábios. — As três vezes que mencionaram seu nome, querida esposa, eles usaram Granger. Malfoy não, Granger. O editor daquele livro receberá uma reclamação, amor, se ele não corrigir seu erro imediatamente. Dito isto, eu deveria enviar um berrador neste exato momento. Não só ele, mas também o editor da edição anterior. Ou eles são a mesma pessoa?

Um sorriso adornou os lábios de Hermione enquanto ela olhava para seu marido fazendo beicinho, que era velho demais para fazer beicinho como se fosse um pirralho, aliás. No entanto, ela o achou adorável. Sim, ela simplesmente o chamou de adorável, e ele certamente a estrangularia se soubesse que ela usou o referido adjetivo para descrevê-lo. Muito divertida, ela balançou a cabeça. Vinte anos de casamento e nada mudou. Apesar dos cabelos brancos ocasionais, da gordura desnecessária em algumas partes do corpo e das rugas no rosto, o casamento deles ainda era como era há duas décadas, se não melhor. Draco se gabaria de que ela era sua esposa sempre que pudesse – embora quase todos os bruxos e bruxas já soubessem do fato. Às vezes era irritante, mas depois fazia com que ela o amasse ainda mais.

Ele ainda estava resmungando quando Hermione passou os braços em volta do pescoço dele e puxou-o para perto para dar um beijo profundo em seus lábios. Ela sorriu. Isso o calou.

Draco estava procurando os botões da blusa dela quando ouviram uma voz.

— Eca... Mãe! Pai! Eu não precisava ver vocês dois se beijando. Vocês já passaram dos cinquenta!

Cassie, a filha de dezenove anos, estava parada na porta. Ela estava cobrindo os olhos.

— Apenas quarenta e cinco, querida — Draco respondeu, piscando conspiratoriamente para sua esposa. Enquanto eles lutavam para se corrigir, já que Cassie trouxera alguém com ela.

E eles estavam de mãos dadas, Draco notou.

— Sim. Claro, pai. O que quer que você diga — disse Cassie, incrédula. — Vocês terminaram?

— Sim, Cass — disse Hermione, pegando a mão do marido. Ela apertou levemente, um lembrete de que ele deveria manter a calma. — Olá, Albus!

O filho mais novo de Harry e Ginny acenou para eles. Ele era uma réplica exata do eu mais jovem de seu pai.

— Olá, tia Hermione, tio Draco. Como vocês dois estão?

— Tudo bem antes de você entrar, na verdade — Draco cuspiu, ainda olhando para as mãos unidas de Cassie e Albus. Ela apertou a mão dele novamente; desta vez, serviu de alerta.

— Não ligue para o seu tio Draco, Albus. Ele está apenas brincando. — Ela os conduziu para dentro. — Eu os convidei para almoçar, Draco. Cass tem algo para nos contar.

Draco estava furioso e Hermione achou melhor afastar as crianças de sua presença. Ela os levou para a sala de jantar, deixando Draco na sala resmungando sozinho. Draco olhou incisivamente para a entrada da sala de jantar, irritado com o fato de não ter permissão para gritar com Cassie ou Albus.

O aperto de Hermione mais cedo lhe disse que eles tinham a proteção da bruxa, e ele foi sábio o suficiente para não contradizer sua esposa.

Hermione conversou um pouco com os amantes e quando percebeu que Draco não os havia seguido depois de alguns minutos, ela voltou para a sala, apenas para descobrir que seu marido havia sumido.

Ela não foi capaz de resistir ao sorriso que surgiu no canto de seus lábios. Merlin, Draco era tão previsível. Seu coração disparou e talvez tenha inchado um pouco. Hermione imaginou que era porque ela simplesmente se apaixonou um pouco mais pelo marido, se isso fosse possível.

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Enquanto isso...

— Potter! Como você ousa! Seu filho corrompeu minha filha! Cassiopeia tem apenas dezenove anos. Eu não vou tolerar isso. Eu não vou deixar seu pirralho manchar a linhagem Malfoy! Eu não vou, você me ouviu? Você tem que me matar primeiro! Você deveria ter ensinado melhor seu filho, Potter. Estou muito decepcionado com suas habilidades parentais!

Harry apenas balançou a cabeça para Draco, que estava falando as mesmas palavras pelo que pareceram horas. Hermione estava certa. Draco Malfoy não aceitaria bem a notícia da possibilidade de um casamento entre Potter e Malfoy. No entanto, ela também garantiu a ele que não era porque Draco odiava os Potter e que Draco acabaria aceitando que sua filha iria se casar com o filho de Harry.

Harry não tinha dúvidas sobre isso. Afinal, Draco lhe dissera anos atrás que ele já considerava Harry um de seus melhores amigos, embora a contragosto.

Fim.

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Friends and Lovers | Tradução - DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora