Capítulo 14

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DOZE ANOS ATRÁS...


Draco Malfoy permaneceu sentado e nem se moveu um centímetro quando Nymphadora Tonks invadiu o quarto alugado no Caldeirão Furado com o chefe da pobre família Weasley.

— Malfoy — disse sua prima, com um leve tremor na voz que traiu o olhar confiante que ela assumiu. A bruxa segurava sua varinha, preparada para uma troca de feitiços a qualquer momento. Draco reconheceu a presença dos recém-chegados com um único aceno de cabeça e então mais uma vez olhou para sua varinha na mesa à sua frente.

— O que você quer, garoto? — Arthur Weasley perguntou cautelosamente. — Por que você insistiu em encontrar Harry aqui?

Ele dirigiu seu olhar para o bruxo.

— Estou satisfeito por vocês terem atendido ao meu pedido, embora eu tenha pedido especificamente por Potter, não por vocês dois. — Ele apontou para os assentos vazios na mesa retangular. — Sentem-se. Tenha certeza de que não tenho nada de mal planejado contra vocês. Pode pegar minha varinha.

Tonks rapidamente pegou a varinha de Draco e a guardou com segurança no bolso da jaqueta. Então, ela se sentou em frente ao Comensal da Morte loiro enquanto Arthur Weasley permanecia de guarda na porta.

— É melhor que isso seja bom, Malfoy.

— É, e você sabe disso, Nymphadora Tonks. Ou então você não arriscaria seu pescoço vindo aqui.

— Você quer se juntar à Ordem — disse Tonks com naturalidade. — Por que, Malfoy? Voldemort não está te tratando bem? Ou você se cansou de seus jogos de Comensais da Morte?

Draco mordeu a língua para não responder. Ele sabia que trocar palavras maldosas com eles não faria bem à sua missão.

— Nymphadora, isso é desnecessário — advertiu Arthur.

— Desculpe — disse ela. — Vamos ouvir o seu motivo, Malfoy. Vamos administrar algum Veritaserum em você para garantir a veracidade de suas palavras.

Ele balançou a cabeça.

— Não adianta, prima — disse ele, enfatizando a última palavra, incapaz de resistir à oportunidade de provocá-la. — Sou um Oclumente talentoso. Nossa tia Bella me ensinou. Certamente você sabe que apenas um antídoto e Oclumência podem resistir ao Veritaserum. — Era óbvio que Tonks e Weasley não tinham ideia de que ele conhecia Oclumência quando os dois se entreolharam estupefatos, por falta de uma palavra melhor. — Mas vocês têm minha palavra, se vale de alguma coisa, que responderei honestamente a tudo o que vocês me perguntarem.

— Eu sei que você vai me entender quando eu disser que simplesmente sua promessa de dizer a verdade não inspira muita confiança, Malfoy — Weasley disse suavemente, como se lamentasse dizer a Draco que ele não era confiável.

— Pelo menos me escutem. Então vocês serão os juízes.

Tonks pigarreou.

— Não acho que seja uma boa ideia. Vir aqui não foi uma boa ideia. Vamos sair. — Draco olhou para os dois com uma pergunta nos olhos. — Vamos levar você para a Ordem, Malfoy. Eu sei que há uma grande possibilidade de que seus amigos Comensais da Morte estejam vindo para cá. Vamos levar você para a sede, onde há bruxas e bruxos que ficariam felizes em cortar suas bolas se você cometer um único erro. Um movimento errado, e você estará morto, Malfoy.

— Não assuste o menino, Nymphadora.

— Só estou orientando ele, Arthur. — Tonks colocou Draco de pé como se ele fosse incapaz de se levantar sozinho. — E, para sua informação, sua prima não é Tonks. É Lupin. Não convidei você e outros membros da nossa pequena família para o meu casamento. Afinal, decidi que não queria Comensais da Morte mascarados no meu dia especial.

Friends and Lovers | Tradução - DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora