Wicked Games

174 20 7
                                    

Apenas um emoji: 🔥

Nesse capítulo, é MUITO necessário que dêem play nas músicas quando forem indicadas. Prometo que não vão se arrepender!

- Pour it Up - Rihanna
- Drunk in love - Beyoncé

Todas as músicas estão na playlist do spotify (link na bio).

--

Engfa Waraha's Point of view.

- Engfa, você deveria vir! Sabe que papai sente sua falta. – ouvi a voz de Malee tentando me repreender do outro lado da linha.

- Eu não posso ir, tem ideia de como estou ocupada?

- Você sabe o estado dele, além de que já tem meses que não vem nos visitar.

- Ma, por favor. Não é fácil para mim, e você sabe.

- Você precisa aprender a lidar com isso Engfa. Nós aprendemos e você pode aprender também.

- Eu não posso.

- Você pode! E venha esse final de semana, nós vamos fazer a festa de aniversario dele. Tenho certeza que ele gostaria de ter você aqui.

Respirei fundo tentando me acalmar. Já fazia meses que não os via. Não que eu não sentisse vontade de estar com minha família, mas era um tanto complicado ficar com eles. E além disso, eu tinha muitos compromissos para cuidar, o que era uma boa tática de fugir desses encontros. Mas pelo visto, dessa vez eu não escaparia. Malee estava decidida a me fazer ir.

- Eu vou pensar, ok? Quem sabe no final de semana eu apareço. – falei me rendendo à sua insistência.

- Pense com carinho, ou não. Mas venha. Farei seu bolo favorito.

Sorri ao lembrar o quanto Malee e eu éramos unidas. Apesar de mais nova, minha irmã sabia muito sobre a vida. Sempre foi uma garota madura e centrada.

- Vai mesmo fazer? – perguntei sorrindo.

- Sim, estou com saudades de você, Engfa. – seu tom de voz foi melancólico, me provocando um aperto no peito em saudade de estar junto dela.

- Eu também estou com saudades, Malee. – ouvi a respiração dela do outro lado da linha – Eu preciso desligar, está bem? Pode me ligar quando quiser.

- Está bem, vou esperar você aqui esse final de semana.

- Tenha uma boa noite, Ma.

- Boa noite, Fa – sorri ao lembrar a forma como ela costumava me chamar.

Desliguei a ligação, deixando o telefone de lado. Ligações ou encontros com minha família sempre me deixavam melancólica, algo que eu odiava profundamente. Era complicado se sentir tão frágil. Não era de minha natureza, não mais. Fechei os olhos me encostando no estofado de minha cadeira, tentando fazer os músculos de meu corpo relaxar. O que não aconteceu. A essa hora, eu já estava sozinha no prédio, e o único som que preenchia a sala era o zumbido distante dos carros no trânsito movimentado de Bangkok. Levantei-me e servi um copo de uísque, meu fiel companheiro de todos os dias, enquanto caminhava até a enorme vidraçaria no qual eu poderia ter uma linda visão da cidade, completamente iluminada naquela noite.

Em certos momentos eu poderia me sentir sozinha e achar ruim. Mas em outros, ela se transformava em uma calmaria que me fazia bem. Era no mínimo reconfortante se sentir fora do mundo onde se tem tantos problemas e deveres. Às vezes, eu apenas precisava esquecer de quem eu era, ou de quem seria.

"Jesus, Engfa, você está sozinha demais" – pensei tomando um gole de meu uísque.

Olhei para o relógio, vendo que já estava mais do que na hora de sair e me perder por alguns instantes no corpo da mulher que eu mais desejava.

The Stripper | ENGLOTOnde histórias criam vida. Descubra agora