Camila Cabello
Entrei na faculdade virgem.
Estou começando a achar que vou me formar virgem também.
Não que isso seja um problema. E daí se logo faço dezenove anos? Estou
longe de ser uma solteirona e não vou ser humilhada em praça pública por
ainda ter um hímen intacto.
Além do mais, oportunidades não faltaram. Desde que vim para a Briar,
minha melhor amiga me arrastou para mais festas do que sou capaz de
contar. E os caras dão em cima de mim. Alguns tentaram me levar pra
cama. Um deles até me mandou uma foto do pau com a legenda "Todo seu, gata". Isso foi... bem nojento, na verdade, mas se eu gostasse dele poderia ter me sentido, hum, lisonjeada com o gesto. Será?
Mas eu não estava interessada em nenhum deles. E, infelizmente, os que
me atraem nem reparam em mim.
Até hoje.
Quando Dinah falou que íamos à festa de uma fraternidade, não tive
grandes esperanças de conhecer alguém. Parece que todas as vezes que
vamos a uma dessas, os garotos só querem saber de pegação. Mas hoje
conheci um cara de quem meio que gostei.
Ele se chama Matt, é bonito e até agora não deu uma de babaca. Está
levemente sóbrio, usa frases completas e não disse "caralho" nem uma vez
sequer desde que começamos a conversar. Ou melhor, desde que ele
começou a falar. Eu não contei muitas coisas, mas estou satisfeita em ficar
aqui de pé, ouvindo, porque isso me dá tempo de admirar seu queixo
perfeito e o jeito fofo como seu cabelo faz cachos perto das orelhas.
Para ser sincera, talvez seja melhor eu não falar nada. Garotos bonitos me
deixam nervosa. Parece que meu cérebro dá um nó. Fico sem filtro e, de
repente, estou contando que fiz xixi nas calças durante uma excursão no
terceiro ano, que morro de medo de marionetes ou que tenho um transtorno
obsessivo-compulsivo leve e começo a arrumar o quarto de outra pessoa no
instante em que ela vira as costas.
Então é melhor só sorrir, concordar e, vez ou outra, soltar um "Sério?",
para que eles saibam que não sou muda. Só que, às vezes, isso não é
possível, especialmente quando o cara bonito em questão pergunta algo que
requer uma resposta de verdade.
"Quer ir lá fora fumar isso?" Matt tira um baseado do bolso da camisa e
o ergue na frente do meu rosto. "Eu acenderia aqui, mas os caras da
fraternidade me expulsariam por isso."
"Ah... não, obrigada", respondo sem jeito. "Você não fuma?"
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Nosso Erro - Camren Alternativo
Teen FictionLorenzo Jauregui parece viver uma vida de sonhos. Com um talento incrível para jogar hóquei e um charme inato para conquistar mulheres, ele é uma das maiores estrelas da Universidade de Briar. Mas por trás do característico sorriso maroto, ele escon...