Capítulo 09

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Lorenzo Jauregui


As bochechas de Camila vão de branco a rosa-claro em uma questão de


segundos. Ela tem o rosto mais expressivo que já vi, rápido em exibir tudo o

que está sentindo. Fico feliz que seja fácil ler o que está pensando, caso


contrário, seu silêncio prolongado ao meu último comentário poderia ter me


preocupado. Mas o brilho de curiosidade em seus olhos confirma que não a


assustei.


"Sério?" Ela franze a testa.


"É." Meus lábios se curvam num pequeno sorriso à medida que dou um


passo na direção dela. "E então, vai me deixar?"


Uma sombra de preocupação invade seu rosto. "Deixar o quê?"


"Fazer você gozar."


Fico feliz em ver o desconforto em sua expressão se transformar em


expectativa sedenta. Camila não está com medo de mim. Está excitada.


"Hum..." Ela solta uma risada contida. "É a primeira vez que um cara aparece na minha porta perguntando isso. Sabe que parece meio maluco, né?"


"Maluco? Passei o fim de semana inteirinho fantasiando sobre como


fazer isso." A frustração se acumula em meu peito. "Em geral, não sou um


babaca, tá legal? Posso ser rodado, mas sempre garanto que a garota também se divirta."


Ela solta um suspiro. "Eu me diverti." "Você teria se divertido muito mais se eu não tivesse gozado e ido embora."


Camila ri, o que me faz soltar um suspiro.

"Você está me matando. Disse o


quanto quero te fazer gozar loucamente, e você ri de mim?" Abro um sorriso contorcido. "A gente não acabou de concluir que meu ego é frágil?"


Camila continua a torcer os lábios. "Achei que você estivesse atrasado",


ela lembra.


"Daqui, levo dez minutos até a biblioteca. O que significa que tenho

vinte minutos." Meu sorriso se torna diabólico. "Se não puder fazer você

gozar em vinte minutos, então estou mesmo fazendo algo de errado."


Camila brinca com uma mecha de cabelo escuro molhado, visivelmente nervosa. Meu olhar se volta para seus lábios, que brilham, à medida que a

língua os percorre para umedecê-los. O impulso de beijá-la lateja em meu

sangue, e a excitação que paira no ar é intensa o suficiente para apertar

minha garganta.


Dou outro passo.

"E então?"


"Hum..." Sua respiração sai trêmula. "Tá. Se você quiser."


Deixo escapar um riso. "Claro que eu quero. Mas você quer?"


"Que... quero." Ela limpa a garganta. "Quero."


Me aproximo, e seus olhos se acendem de novo. Ela me quer. Eu também

Nosso Erro - Camren Alternativo Onde histórias criam vida. Descubra agora