Noite

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AYLA SE ACORDA NO MEIO DA NOITE, COM O CORAÇÃO ACELERADO — o mesmo batucada fortemente em seu peito, com um sentimento ruim que o assombrava, ela se senta na cama, suas mãos tremiam um pouco, e sua mente estava nublada.

Ela coloca seus joelhos sobre seu coração, em um ato que tentar acalmá-lo.

A mesma tenta respirar fundo, e trazer o ar para os seus pulmões o mais rápido possível.

Ela circunda seus braços sobre suas pernas, e joga sua cabeça para trás, que toca na parede, ela olhava para o teto e ia se acalmando aos poucos.

Depois de alguns minutos tentando voltar para si, a mesma olha ao redor do quarto onde estava, e tudo estava exatamente igual.

Ela se levanta da cama e vai em direção a porta, colocando seu ouvido sobre a mesma em busca de escutar alguma coisa que o Hoteleiro falou para não fazer.

Ela pôde escutar ao longe o som de um aspirador de pó, que passava alguns quartos à direita do dela, perto da escada onde dava para o primeiro andar.

A mesma suspira descontente, ela queria tomar um pouco de água, mas viu que isso não seria possível agora.

Então decidiu se deitar novamente, quando a mesma já estava à meio caminho andado até a sua cama, uma coisa chama a sua atenção, e ela volta para escutar na porta novamente.

Ela ouve o leve cantarolar de uma melodia que ela já havia escutado antes, na porta ao qual o Hoteleiro fechou.

A melodia era calma, mas ao mesmo tempo gritante à sua maneira, o cantarolar para por alguns segundos, e Ayla franzi o cenho em desconfiança.

A mesma se assusta quando a pessoa que cantarolava a música, agora cantava próximo a porta dela, a mesma se afasta da porta assustada, mas logo volta novamente para escutar melhor.

Ela achava que só era uma pessoa ao qual cantava a música, mas na verdade ela percebe que seriam duas pessoas ao invés de uma, uma voz grave de um homem que cantava às partes mais fortes da canção, e a voz de uma mulher que se sobressaia e cantava suavemente.

A canção era calma e pesada ao mesmo tempo, sua melodia era calma e suave, mas o sentimento que ela trazia à Ayla era pesado e a fazia ter vontade de chorar.

Ela se afasta da porta novamente, e vai em passos lentos até a sua cama, a mesma não se deita novamente, apenas fica sentada com as costa na parede, os joelhos sobre o peito e os seus braços o rodeando.

Uma posição que ela se sentia segura, ela estava com medo, medo do desconhecido, e principalmente um medo instalado no seu coração sempre que escuta a melodia se aproximar mais da porta dela.

tudo bem Ay, tudo bem.. não é nada.. nada vai acontecer se você não abrir a porta, você segura aqui. — ela dita para ela mesma, as palavras que ela sempre dizia quando estava com medo.

As lágrimas brotam de seus olhos, sem ao menos a garota conseguir as segurar, Ayla limpa elas com força e respira fundo para se acalmar.

Ayla se assusta com um grito vindo de algum lugar do hotel, a garota limpa suas lágrimas e engole o choro, agora preocupada do grito ser de algum dos seus amigos.

Ela se levanta da cama, e pega a espada que o Ferreiro havia dado à ela, quando ela se aproxima da porta, a mesma escuta passos passando pelo corredor do seu quarto.

Ela se posiciona de frente pra porta, com a espada em mãos, olhando fixamente pra porta em sua frente.

Alô... — Ayla escuta Arthur gritando.

𝚈𝚘𝚞𝚛 𝙴𝚢𝚎𝚜| Arthur Cervero| 𝐨̰𝐬̰𝐧̰𝐟̰Onde histórias criam vida. Descubra agora