𝟒𝟓. 𝐜𝐨𝐧𝐧𝐞𝐜𝐭𝐢𝐨𝐧

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𝐍𝐀 𝐓𝐄𝐑𝐂𝐀-𝐅𝐄𝐈𝐑𝐀, a sala de aula parecia diferente, como se o ambiente estivesse um pouco mais leve. O retorno de Thalia foi um alívio geral, mas principalmente para ela. Depois de dias na ala hospitalar, a ruiva temia estar atrasada em suas matérias, mas logo se acalmou ao perceber que conseguiria acompanhar seu cronograma de estudos novamente.

Hydra e Pandora estavam radiantes com o retorno da amiga. Os intervalos sem Thalia pareciam mais longos e monótonos, e embora Hydra estivesse passando mais tempo com os Grifinórios depois que ela e Remus voltaram a se falar, nada substituía os pequenos momentos de cumplicidade com as garotas.

Nesse meio tempo, Regulus também começou a se juntar a elas de vez em quando. Hydra percebeu como seu primo mais novo parecia mais relaxado perto de Thalia. Ele sempre foi um pouco reservado, especialmente na frente dos amigos da Sonserina, mas com ela, era diferente, ele até falava mais.

Hydra ficava feliz com isso, claro.

E assim, a atmosfera em Hogwarts começava a mudar, anunciando a proximidade do Natal. Os corredores e torres estavam ganhando os primeiros sinais do inverno, com as janelas decoradas trazendo um ar festivo.

As aulas estavam mais intensas também, principalmente com a expectativa das provas e do tão aguardado curso de aparatação, que finalmente estava prestes a começar.

Foi no final de novembro que os professores começaram a divulgar o curso, tanto falando sobre nas aulas, como colando papéis nas portas das Salas Comunais. Todos estavam ansiosos.

Quando foi na sexta-feira à tarde, o professor Flitwick organizou todos os alunos em fileiras no Salão Principal, que parecia ainda maior do que o normal, com as cadeiras empilhadas em um canto, e as mesas afastadas.

Ele dividiu a turma em duplas, e para a sorte – ou talvez apenas uma feliz coincidência –, a dupla de Hydra seria Remus. Se isso tivesse acontecido alguns dias antes, ela provavelmente teria entrado em pânico, sufocando a ansiedade que a consumia.

Mas, naquele momento, tudo parecia estar bem. Ela e Remus eram amigos de novo, e embora isso a deixasse inquieta ainda, era o certo.

— Aposto cinco galeões que você vai deixar um pedaço do braço na biblioteca – Hydra disse rindo, virando-se para Remus.

— Sabe que vai perder a aposta, não é? – respondeu Remus, um sorriso convencido no rosto.

Flitwick começou a explicar a teoria por trás da aparatação, falando sobre os pontos de concentração e a importância de visualizar claramente o lugar para onde se quer ir. Enquanto ele falava, Hydra tentava focar.

Parecia, ainda que muito entusiasmante, um pouco amedrontador. O que ela faria caso esquecesse alguma parte de si no cômodo? Ou, por acaso, alterasse sem querer sua própria aparência?

— Agora, vamos praticar! – anunciou Flitwick, dando início à prática, tirando Hydra dos devaneios.

Ele fez uma pausa para olhar para a turma, que parecia igualmente animada e nervosa — Formem suas duplas e comecem a se preparar. Lembrem-se: visualizem o local.

Hydra e Remus se posicionaram, segurando as mãos. Ela podia sentir o calor do toque dele, e isso a ajudava a se acalmar. Era um pouco estranho a maneira como estavam naquele momento, tanto para um quanto para o outro, mas ambos agiam com naturalidade.

— Vamos pensar em algo fácil, tipo a porta do Salão Principal – sugeriu Remus, fechando os olhos por um instante e tentando se imaginar lá.

— Boa ideia, se conseguirmos chegar à um lugar "perto", conseguimos evoluir depois. – Hydra concordou, também fechando os olhos – Um, dois, três...

𝐔𝐍𝐁𝐎𝐔𝐍𝐃 ❜ 𝗿𝗲𝗺𝘂𝘀 𝗹𝘂𝗽𝗶𝗻Onde histórias criam vida. Descubra agora