𝐀 𝐌𝐀𝐍𝐇𝐀 𝐃𝐄 Natal tinha chego, e com ela, inúmeras cartas e presentes. Quando o sol transpassou pelo feche da janela, brilhando sob os olhos cinzentos de Hydra, a garota sabia que era finalmente, Natal.
Pouco significava a data em si para ela, apenas que daqui uma semana voltaria para Hogwarts, com seus amigos.
Após uma breve hesitação, Hydra se vestiu rapidamente com uma saia simples de couro e um suéter que seu pai lhe dera. Desceu as escadas lentamente, ouvindo o murmúrio distante de conversas na sala de estar.
Ao chegar no cômodo, mirou para a árvore de Natal que Monstro, o elfo doméstico da família, arrumara no dia anterior. Era um pinheiro-negro, enfeitado por alguns cristais e decorações nobres, já tradicionais da família. Era bem bonito de se ver.
Sob a árvore, um monte de presentes esperava para ser aberto. Um sorriso suave curvou os lábios de Hydra ao avistar Sirius, que notou sua presença. Cumprimentou a todos na sala e sentou-se na poltrona ao lado de sua irmã, Bellatrix.
Ela havia chegado três dias antes acompanhada de seu marido, Rodolphus Lestrange, um homem magro e de estatura baixa, com uma aparência pouco agradável. Pertencente à respeitada linhagem dos Lestrange, assim como os Black, fazia parte dos Sagrados Vinte e Oito.
Hydra sempre os considerara desprezíveis. Nunca se dera bem com Bellatrix, especialmente depois que ela delatara Andrômeda por seu relacionamento com um nascido-trouxa, levando à expulsão e ao desligamento de Andy da família.
— Vamos começar a abrir os presentes – anunciou Walburga, sua voz ecoando pela sala.
Hydra observou enquanto os presentes eram distribuídos. Recebeu uma variedade de itens que refletiam a riqueza e a tradição dos Black, mas que pouco significavam para ela em termos de afeto.
De Walburga, ganhou um colar de pérolas que parecia ter sido escolhido mais pela aparência do que pelo significado. De Orion, recebeu um livro antigo sobre runas. Cygnus e Druella lhe deram uma tiara adornada com pedras preciosas, um símbolo de status e prestígio. Narcissa lhe presenteou com uma calça nova, enquanto Regulus, com um pouco mais de consideração, lhe deu um álbum de fotos do time de Quadribol favorito dela, Falcões de Falmouth Bellatrix, em sua usual provocação, entregou-lhe um punhal ornamentado, um presente que Hydra achou perturbadoramente apropriado vindo de sua prima.
Sirius, ao contrário dos demais, a presenteou com algo mais pessoal: um pequeno diário encadernado em couro, com um fecho que só podia ser aberto ao ouvir a voz da garota. Hydra sorriu para ele, certamente tinha sido seu presente preferido.
— Feliz Natal, Hydie... – o de cabelos longos abraçou a prima calorosamente.
— Obrigada, Siri – sussurrou ela, apertando o diário contra o peito.
O dia continuou o mais normal possível para os Black. Narcissa e Bellatrix passaram a tarde inteira, até o jantar, imersas em algum assunto novo do profeta diário, Hydra pensou que fosse sobre moda bruxa. Cygnus convidara Regulus para uma partida de xadrez-bruxo, a qual Hydra assistiu. Walburga, Orion e Druella pareciam muito entretidos em uma conversa particular só deles.
Quando a noite caiu, Hydra notou que Sirius tinha desaparecido. Subiu ao último andar da casa, que dava mais calafrios do que qualquer um dos outros três. As paredes pareciam mais desgastadas e a poeira era presente em todos os móveis e cantos. Ao chegar no quarto do final do corredor, ela espiou pela porta.
Sirius estava lá, sentado em uma cadeira, apoiando-se na mesa de madeira enquanto rabiscava um pergaminho.
— Tudo bem? – Hydra quebrou o silêncio.
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𝐔𝐍𝐁𝐎𝐔𝐍𝐃 ❜ 𝗿𝗲𝗺𝘂𝘀 𝗹𝘂𝗽𝗶𝗻
FanfictionHydra Black sempre foi uma rebelde dentro da tradicional e nobre família Black, repudiando veementemente as ideias de pureza de sangue que dominavam seu sobrenome. Destinada desde jovem a Sirius, seu primo e herdeiro da linhagem, Hydra enfrenta o pe...