𝟒𝟕. 𝐫𝐞𝐚𝐥 𝐜𝐡𝐫𝐢𝐬𝐭𝐦𝐚𝐬

90 16 0
                                    

𝐎 𝐂𝐋𝐈𝐌𝐀 𝐃𝐄  Natal naquela manhã era o melhor que Hydra já tinha vivido. Fazia tanto tempo que ela não comemorava a data com tanto cuidado e empolgação que mal se lembrava de uma experiência parecida.

A casa parecia mágica. Havia meias penduradas na lareira, e uma guirlanda enorme enfeitava a porta, deixando o lugar com um ar ainda mais natalino. Até o cheiro parecia diferente – mais acolhedor, como se alguém tivesse passado o dia cuidando de cada detalhe para que tudo ficasse perfeito.

Descendo as escadas, Hydra encontrou Ted e Sirius no sofá, completamente vidrados em algo chamado "TV" – uma tela cheia de imagens em movimento que mostrava filmes, programas e coisas sem fim. Ela olhou de canto de olho, curiosa, mas passou direto para a cozinha.

Ao entrar, viu Andrômeda dando colheradas de mingau para Nymphadora, que ria e se mexia animada na cadeirinha. O cheiro de biscoitos era ainda mais forte ali, e ela não conseguiu evitar um sorriso.

— Bom dia, Andy – disse baixo, para não assustar Dora.

Andrômeda virou-se e sorriu ao ver a irmã.

— Bom dia, Hydie! Dormiu bem? – perguntou, enquanto limpava a boquinha de Nymphadora.

Hydra assentiu com um sorriso preguiçoso, ainda encantada com o clima aconchegante que a casa trazia.

— Pega alguma coisa pra comer no armário. Tem pão, bolo... E fiz uns biscoitos especiais – disse Andrômeda, apontando com a cabeça e sorrindo.

Hydra abriu o armário e encontrou um prato com fatias de bolo. Pegou uma delas e, assim que deu a primeira mordida, sentiu o sabor de laranja e canela. Fechou os olhos, aproveitando o gosto, e murmurou elogios. Nem sabia que Andy cozinhava tão bem.

Enquanto terminava a fatia, ouviu Sirius rindo alto na sala, e Ted explicando algo sobre o programa que assistiam. Curiosa, deu uma espiada pela porta.

— Do que eles estão rindo tanto?

— De um programa ridículo que o Ted gosta – Andrômeda respondeu, revirando os olhos com um sorrisinho.

— Ridículo é o filme que você me fez ver, Drômeda! – Ted gritou da sala, ouvindo a conversa.

Hydra riu, achando engraçado como Andrômeda e Ted brincavam um com o outro. Era tudo tão leve, tão diferente do que estava acostumada. Ali, com Andy, Ted e Sirius, o Natal era uma coisa simples, divertida e cheia de carinho – muito melhor do que as festas formais e frias que vivia na casa dos Black.

Terminando de comer a última fatia de seu bolo, Hydra murmurou algo novamente à irmã, ainda maravilhada com o sabor do doce. Sorridente, ela esperou que Andy terminasse de alimentar a pequena Nymphadora, para que ela se sentasse consigo na cadeira.

— Obrigada, Andy... por isso – disse Hydra com um sorriso doce, tão gentil quanto o olhar que dava à irmã naquele momento.

— Eu queria que esse Natal fosse especial pra você e pro Sirius – Andrômeda falou, com um brilho emocionado nos olhos. – Sei o quanto as coisas foram complicadas esse ano. Pra todos nós, na verdade. Vocês merecem um momento de paz. Prometi a mim mesma que, se pudesse, ia fazer o Natal perfeito pra vocês.

Era por essas e outras que Hydra amava tanto Andrômeda. Andy a entendia, sabia o que ela sentia e se importava de verdade. Ela tinha feito tudo aquilo só pra que Hydra e Sirius pudessem relaxar e aproveitar o que realmente importa no Natal.

As duas ficaram em silêncio, se encarando com carinho, aproveitando aquele momento leve e cheio de afeto. Quando Nymphadora começou a resmungar, Andy se levantou para vê-la.

𝐔𝐍𝐁𝐎𝐔𝐍𝐃 ❜ 𝗿𝗲𝗺𝘂𝘀 𝗹𝘂𝗽𝗶𝗻Onde histórias criam vida. Descubra agora