𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝗧𝗥𝗘̂𝗦

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𝗘𝗥𝗔 𝗛𝗢𝗥𝗔 𝗗𝗢 𝗥𝗘𝗖𝗥𝗘𝗜𝗢, e o pátio da escola estava lotado de alunos espalhados em grupos, conversando e aproveitando o breve intervalo entre as aulas

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𝗘𝗥𝗔 𝗛𝗢𝗥𝗔 𝗗𝗢 𝗥𝗘𝗖𝗥𝗘𝗜𝗢, e o pátio da escola estava lotado de alunos espalhados em grupos, conversando e aproveitando o breve intervalo entre as aulas. O sol brilhava, e o clima estava agradável, perfeito para jogar conversa fora ou resolver aquele último problema do dever de casa de matemática antes da próxima aula.

Minho estava sentado com Felix e Seungmin em uma das mesas de madeira mais ao fundo do pátio, onde gostava de ficar para evitar o alvoroço de outros estudantes. Aquele era o lugar onde ele podia relaxar um pouco, longe da pressão de ser o aluno exemplar e monitor. O amigo mais novo estava no meio de uma conversa animada com o Kim sobre um jogo online que estavam jogando juntos, enquanto o outro Lee observava distraidamente os alunos passando, com a mente em qualquer lugar, menos na conversa dos amigos.

— Mano, você precisa tentar aquela nova missão — Felix dizia, com a animação de sempre. — É muito difícil, mas vale a pena. O Seung e eu passamos horas tentando ontem.

— Minho? — Seungmin chamou, percebendo que ele não estava prestando atenção. — Você 'tá aí?

— Oi? Ah, sim, estou aqui — o mais velho respondeu, piscando rapidamente para voltar à realidade. — Desculpa, estava pensando em outra coisa.

Pensando demais, como sempre. — O menor entre eles riu. — Você deveria relaxar um pouco, cara.

Minho apenas deu um sorriso de canto, prestes a responder, quando ouviu o som inconfundível de alguém puxando uma cadeira e se sentando ao seu lado. Ele se virou e lá estava Han Jisung, com um sorriso satisfeito no rosto, como se ele pertencesse naturalmente àquele grupo — o que definitivamente não era o caso.

— Hyung, quanto tempo! — exclamou com aquele brilho brincalhão nos olhos, ignorando o fato de que tinham acabado de se ver na última sessão de recuperação, no dia anterior. — Sentiu falta da minha ilustre presença, né? Eu sei.

Felix e o Kim trocaram olhares curiosos. Ele chamou Minho de "Hyung"?

Minho suspirou, já esperando o que viria a seguir. Ele não tinha planejado passar o recreio com o Han, muito menos apresentá-lo aos seus amigos, mas Jisung tinha um talento especial para aparecer nas horas mais inconvenientes.

— Jisung... O que você está fazendo aqui? — o maior perguntou, sem disfarçar a surpresa.

— Ah, nada demais. Só 'tava passando e vi que você 'tava sozinho com esses caras sérios aqui — disse, apontando para os outros dois alunos como se estivesse fazendo uma grande descoberta. — Pensei em te salvar do tédio.

Seungmin arqueou uma sobrancelha, enquanto o amigo loirinho, sempre aberto a novas amizades, sorriu simpático. — Oi, Han Jisung, né? — Felix cumprimentou. — Você é o "rei da escola"?

— É, sou eu mesmo! E você deve ser o Felix, o australiano que todo mundo adora — respondeu com uma piscadela. — Ouvi falar de você, loirinho.

O loiro deu uma risada curta, claramente gostando da atenção. — Bom saber que tenho fãs por aí.

— E o quieto ali é o Seungmin, né? — o Han continuou, apontando para o Kim, que apenas assentiu, ainda tentando entender a dinâmica.

Minho cruzou os braços, sem saber exatamente como reagir. Ele queria manter uma linha clara entre a sua vida acadêmica e a relação que estava se formando — meio contra sua vontade — com Jisung durante as sessões de recuperação. Mas, aparentemente, o Han não via necessidade de manter qualquer tipo de fronteira. Aliás, parecia que o garoto tinha prazer em quebrar todas elas.

— Então, hyung — começou, virando-se para o maior —, por que você não me disse que seus amigos eram tão legais? Se eu soubesse, teria invadido o grupo antes.

— Porque eu achei que você não fosse... se interessar — respondeu, tentando manter o controle da conversa. Ele sabia que Jisung estava tentando provocar — como sempre —, mas era difícil não morder a isca.

Eu me interesso por tudo que te irrita, hyung. Achei que você já soubesse disso — o baixinho disse com um sorriso travesso. Minho o encarou, sem saber se respondia ou apenas ignorava.

Felix observava a troca entre os dois com um ar divertido. — Parece que vocês dois têm uma dinâmica interessante.

— Ah, nem me fale... — disse, balançando a cabeça dramaticamente. — O Minho é sério o tempo todo. Precisa relaxar um pouco. É por isso que me deixaram coladinho nele nas sessões de recuperação, 'pra eu ensinar umas coisas sobre a vida 'pra ele.

O Lee mais velho revirou os olhos. — Ou porque você precisa de ajuda pra passar de ano, Jisung.

— Detalhes, detalhes... — Acenou com a mão, como se a parte acadêmica fosse irrelevante. — Mas, admito, hyung tem sido um bom tutor. Sério, ele até sorriu durante as duas últimas sessões, 'cês acreditam?

— Isso deve ter sido um milagre — Seungmin finalmente comentou, com seu típico humor seco, arrancando uma risada de Felix.

Minho tentou disfarçar a pequena onda de calor que subiu para seu rosto. Ele se sentia incomodado pela maneira como o Han falava sobre as sessões de recuperação como se fossem brincadeira, mas, ao mesmo tempo, não podia negar que Jisung conseguia tirar dele reações que ninguém mais tirava.

— E então, qual é a novidade? — o menor perguntou, mudando de assunto e olhando para os outros dois. — Vocês também têm que lidar com o Minho sendo o 'Sr. Recuperação' ou ele guarda toda essa seriedade 'pra mim?

O australiano riu de novo, claramente gostando da presença do Han. — Ah, ele tenta manter a postura, mas a gente faz ele relaxar. Você tem sorte de estar no time de recuperação dele, pode aprender uns truques.

— Eu sei, 'tô aproveitando ao máximo — Jisung respondeu, piscando para o mais velho, que só conseguia revirar os olhos, frustrado.

Apesar da brincadeira constante, o Lee começou a perceber algo estranho em si mesmo. Por mais que a atitude de Jisung o incomodasse, havia algo naquele caos que ele não conseguia ignorar. O Han mexia com ele de um jeito que ninguém mais conseguia — e isso o deixava ainda mais irritado. Afinal, Minho sempre teve controle sobre suas emoções e seu ambiente. Agora, com aquele baixinho por perto, esse controle parecia escapar por entre os dedos.

Quando o sinal para o fim do recreio tocou, o Lee levantou-se rapidamente, pronto para ir embora e encerrar aquela conversa antes que se complicasse ainda mais. — Vamos, temos aula — ele disse, já se preparando para partir.

— Claro, hyung, não quer se atrasar, né? — Jisung respondeu com um sorriso, levantando-se também e caminhando ao lado dele.

Minho não respondeu, apenas continuou andando. Mas algo dentro dele dizia que esse "acaso" do Han no recreio não seria a última vez que eles acabariam passando mais tempo juntos — e isso o deixava mais desconfortável do que ele gostaria de admitir.

 Mas algo dentro dele dizia que esse "acaso" do Han no recreio não seria a última vez que eles acabariam passando mais tempo juntos — e isso o deixava mais desconfortável do que ele gostaria de admitir

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𝗰𝗮𝗹𝗮 𝗮 𝗯𝗼𝗰𝗮, 𝘀𝗿. 𝗿𝗲𝗰𝘂𝗽𝗲𝗿𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼!, 𝗆𝗂𝗇𝗌𝗎𝗇𝗀Onde histórias criam vida. Descubra agora