𝗔 𝗠𝗔𝗡𝗛𝗔̃ 𝗦𝗘𝗚𝗨𝗜𝗡𝗧𝗘 ao confronto entre Minho e Jisung começou como qualquer outra, mas o peso das conversas não ditas ainda pairava no ar. O Han se sentia mais confuso do que nunca. Ele não conseguia parar de pensar nas palavras do maior, e a vulnerabilidade que havia mostrado. Contudo, ao mesmo tempo, uma nova insegurança começou a brotar em seu coração.
O que se passava na mente de Minho?
Será que realmente ele o via apenas como um amigo?
Nos corredores da escola, a rotina parecia normal. Os alunos conversavam e riam, mas Jisung mal prestava atenção. Ele estava distraído, sentindo-se em conflito entre querer estar perto do Lee e o medo de se machucar. O fato de Minho ter admitido que não queria perder sua amizade deveria ser um alívio, mas em vez disso, o Han sentia uma pressão crescente em seu peito.
Foi durante o intervalo que o mal-entendido começou. O baixinho estava se dirigindo ao bebedouro quando ouviu algumas meninas conversando animadamente. "Você viu como o Minho olhou para a nova aluna? Ele realmente parece interessado nela!" Uma delas comentou. Outra riu e respondeu: "Sim! Eu também percebi! Ele até estava sorrindo pra ela!"
As palavras delas foram como um soco no estômago de Jisung. O que ele estava ouvindo parecia tão contraditório ao que tinha conversado com o Lee. A insegurança rapidamente tomou conta dele.
O que se passava na cabeça de Minho?
Ele estava interessado em outra pessoa?
Essa dúvida o corroeu, e a ideia de que poderia ser só mais um de seus sentimentos infelizes o fez querer se afastar ainda mais.
— Ei, Jisung! — Felix o chamou, mas o garoto mal percebeu. Ele apenas forçou um sorriso e acenou, mas seus pensamentos estavam a mil por hora.
O que ele havia construído com Minho poderia ser destruído por um simples mal-entendido?
Aquele dia foi uma tortura. O Han tentou se concentrar nas aulas, mas o pensamento de Minho com outra pessoa não saía de sua mente. Ele se pegou olhando pela janela, vendo os alunos interagindo, rindo e se divertindo. Em seu coração, uma sensação de tristeza e raiva começou a brotar.
Por que ele se importava tanto?
A resposta era simples, mas Jisung não queria enfrentá-la.
Quando finalmente chegou a hora da sessão de recuperação, Jisung hesitou antes de entrar na sala. Ele viu Minho sentado em sua mesa, concentrado nos livros, e a visão fez seu coração acelerar. A intensidade do que sentia pelo Lee parecia mais forte do que nunca, mas também carregava uma dor que o fazia querer fugir.
Ao entrar na sala, o Han tentou manter a compostura. — Oi, Minho hyung — ele disse, evitando olhar diretamente para o rosto do outro. A saudade e a frustração se misturaram em sua voz, e ele sentiu que, por dentro, estava se quebrando.
— Oi — respondeu, e o tom de sua voz foi como uma lâmina afiada que cortou a distância entre eles. Jisung sentiu um frio na barriga. Ele queria saber a verdade, mas a ideia de perguntar sobre a nova aluna o deixava ansioso.
Enquanto a sessão de estudo avançava, o Han se perdeu em seus próprios pensamentos, incapaz de se concentrar no que estava fazendo. O mais velho, por outro lado, tentava se aproximar, mas sentia a resistência de Jisung. Cada vez que Minho tentava puxar conversa, o Han respondia com respostas curtas, quase como se estivesse se protegendo.
— Jisung, você está bem? — Minho finalmente perguntou, preocupado com o comportamento do amigo.
— Sim, 'tô só cansado — respondeu, mas a mentira estava escrita em seu rosto. Ele sentiu uma onda de vergonha por não ser capaz de se abrir e compartilhar o que realmente sentia.
O Lee tentou seguir em frente, mas a tensão era palpável. O desconforto entre eles crescia, e Jisung sentia que estava se afundando em uma espiral de insegurança e dúvida. Minho estava interessado em outra pessoa, e tudo o que ele havia construído estava desmoronando bem diante de seus olhos.
Naquela noite, o Han não conseguiu dormir. Ele ficou deitado em sua cama, olhando para o teto, sem conseguir parar de pensar no Lee e na nova aluna. Cada vez que fechava os olhos, a imagem deles juntos aparecia em sua mente. Ele sentiu uma raiva crescente por si mesmo por não conseguir ignorar o que não queria ver.
— Por que isso dói tanto? — murmurou para si mesmo, os olhos cheios de lágrimas. A frustração tomou conta dele e, mais uma vez, ele se viu desejando que Minho estivesse ao seu lado. Se ele estivesse ali, poderia entender o que estava acontecendo, poderia confortá-lo.
As palavras do dia anterior ecoavam em sua mente, "Eu não quero perder você." Era isso que Jisung mais temia. O que significava realmente essa frase? Ele se perguntava se, ao se afastar de Minho, estava se preparando para perder tudo o que eles tinham construído juntos.
No dia seguinte, a situação entre eles não melhorou. O garoto continuava a se afastar, forçando sorrisos e conversas superficiais, enquanto o Lee, perplexo, tentava entender o que havia acontecido. A ideia de perder o Han era assustadora, mas ele não sabia como quebrar a barreira que Jisung havia levantado entre eles.
O baixinho caminhava pelos corredores, tentando ignorar as provocações de seus amigos e o que havia escutado sobre Minho. O que eles pensavam que era uma história de amor estava se tornando um tormento. E quanto mais ele tentava esconder o que sentia, mais o desejo de estar perto de Minho se tornava insuportável.
— Por que você 'tá tão estranho? — Felix perguntou a Jisung durante o intervalo. — Você e o Minho brigaram de novo?
— Não, 'tá tudo bem — mentiu, mas a expressão no rosto do loiro mostrava que ele não estava convencido. Jisung sabia que precisava fazer algo, mas a ideia de se abrir para Felix sobre seus sentimentos o deixou ainda mais ansioso.
Enquanto isso, Minho estava em uma batalha interna. Ele não conseguia entender por que o Han estava se afastando, e a incerteza sobre o que havia acontecido entre eles o deixava inquieto. A conexão que eles tinham parecia estar se desvanecendo, e ele se sentia impotente para impedi-lo.
Assim, os dias passaram, e a sombra do mal-entendido pairava sobre eles. A amizade que uma vez foi repleta de risos e apoio estava se transformando em um campo minado de inseguranças e medos. Jisung e o Lee estavam em um ciclo de dor e confusão, sem saber como romper as barreiras que eles mesmos haviam criado.
A situação exigia um confronto, mas ambos estavam lutando contra seus próprios medos. Enquanto um tentava esquecer o que sentia, o outro se sentia perdido e rejeitado, criando uma distância que se tornava cada vez mais difícil de superar.
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𝗰𝗮𝗹𝗮 𝗮 𝗯𝗼𝗰𝗮, 𝘀𝗿. 𝗿𝗲𝗰𝘂𝗽𝗲𝗿𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼!, 𝗆𝗂𝗇𝗌𝗎𝗇𝗀
Fanfiction𝗟ee Minho, um aluno perfeccionista e responsável, é forçado a ser monitor de recuperação e acaba tendo que ajudar Han Jisung, o bagunceiro mais caótico da escola. Entre provocações, piadas e uma montanha-russa de emoções, os dois descobrem que, às...