26 Tensión no Ar

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Soraya estava em casa com César, desfrutando de um momento de tranquilidade. O silêncio da noite era um alívio, mas sua mente não conseguia deixar de pensar em Simone. Cada vez que pensava nela, uma mistura de emoções a envolvia.

César, ao notar sua distração, perguntou: "Em que você está pensando, Soraya?"

"Só em algumas coisas do trabalho," respondeu, tentando disfarçar sua inquietação. Mas César não era bobo; sabia que havia algo mais por trás de seu olhar.

Soraya estava sentada na sala com César, olhando pela janela enquanto a luz do sol começava a se pôr. Depois de um momento de silêncio, decidiu que era hora de ser honesta.

— César, eu falei com o Bernardo hoje — começou Soraya, com a voz firme.

César levantou uma sobrancelha, curioso.

— O que ele disse? — perguntou ele, sabendo que o filho era sempre um bom ouvido.

— Eu lhe contei que te pedi um tempo. Eu já havia conversado com você sobre isso, mas eu precisava que ele soubesse — respondeu Soraya, sem desviar o olhar.

César a observou, percebendo a seriedade nas palavras dela.

— Então, você está dizendo que decidiu que precisamos de espaço? — indagou ele, um pouco decepcionado, mas compreendendo a situação.

— Sim, eu preciso de um tempo para refletir e entender o que realmente quero — Soraya confessou, sentindo um alívio ao finalmente falar sobre isso.

César suspirou, balançando a cabeça.

— Eu já imaginava que você estivesse passando por isso. Só queria que fôssemos mais fortes juntos — disse ele, tentando entender.

Soraya assentiu.

— Eu também quero isso, mas neste momento, preciso focar em mim e no que é melhor para nós dois.

Ele a olhou, compreendendo que esse era o primeiro passo para um novo capítulo, mesmo que doloroso.

Soraya olhou para César e, com um sorriso suave, disse:

— Amanhã eu volto para Brasília. Vou levar a minha cachorrinha comigo.

César sorriu, embora a tristeza ainda estivesse presente.

—É bom que você a leve. Ela pode ser um conforto para você.

Soraya assentiu, lembrando-se de como a cachorrinha sempre a fazia sorrir, mesmo nos dias mais difíceis.

— Precisamos de um tempo separados, mas não quero perder o vínculo com você e com o Bernardo — disse ela, buscando um equilíbrio.

César a observou, um misto de compreensão e tristeza nos olhos.

— Eu entendo, Soraya. Quero que você seja feliz, mesmo que isso signifique estarmos longe um do outro.

Soraya sorriu, agradecida pelo apoio dele, mesmo em meio à dor da separação.

Soraya se aproximou de César, sentindo que cada instante se tornava uma lembrança preciosa. Com delicadeza, deu-lhe um último beijo, repleto de emoções e despedidas.

— Você sempre será meu melhor cavaleiro, meu amor — sussurrou, com lágrimas nos olhos.

César a olhou, tentando manter a força enquanto seu próprio coração se despedaçava.

— Eu sempre te levarei no meu coração, Soraya. Espero que você encontre a paz que procura.

Com um último abraço, ambos sentiram o peso do que deixavam para trás. Soraya se afastou lentamente, sabendo que era uma despedida, mas também o início de algo novo para ambos.

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