Kiarah era uma jovem frágil e sensível, que após perder todos que amava em um trágico acidente de avião, se viu desamparada e sem esperança. Foi nesse momento de vulnerabilidade que Christopher, um garoto misterioso e sedutor, entrou de mansinho em...
—Eu estou falando sério gente —falo guardando o meu pijama e meu jaleco no armário. —Você está falando que —Kendall faz uma pausa —sem ofensas —ela avisa antes de começar — que o gostoso do seu namorado é ruim de cama? Minha amiga está indignada com as minhas revelações o que me faz achar graça. —Os padrões dela são elevados por causa do ex —Jolie fala erguendo as sobrancelhas maliciosa para mim. A gente dá uma gargalhada em uníssono enquanto saímos da faculdade. —Você vem com a gente Kiarah? —Jolie pergunta. Balanço a cabeça abrindo a porta do meu carro. —Estou morta, vou para casa planejar o baile de máscaras. Eles assentem e eu entro no carro engatando a marcha, abro a boca de sono, hoje o dia foi puxado e eu só quero chegar em casa tomar um banho e cair na cama. Estou organizando o baile de mascarar anual, meu pai sempre fazia no aniversário da empresa e no próximo sábado vai ser o baile. Organizar essa festa me deixa muito nostálgica e com saudades dos meus pais e da minha tia. Enxugo uma lágrima no canto dos olhos e estacino carro na garagem. As vezes não acredito no que aconteceu comigo em um ano, parece loucura, parece coisa de filme e ainda não sei como consegui suportar — parece que essa ferida no meu coração nunca vai se fechar. É como se quando ela começasse a se curar um dedo horrível a cutucasse a machucando novamente. Me jogo na cama fitando o teto sentindo cada parte do meu corpo doer e o cansaço me embala — mas eu me levanto, se eu ficar mais um minuto deitada não levanto mais e eu realmente preciso de um banho. Solto meu cabelo e verifico o meu celular lendo a mensagem de Edward, ele quer que eu vá até a casa dele amanhã, eu suspiro e digito que vou de manhã depois da minha corrida matinal.
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A muito tempo eu não corria pela manhã e isso me deu uma energia que estava precisando, desde a ligação de Christopher eu estou evitando pensar nele, por mais que eu goste dele, não consigo perdoar o fato de que ele me machucou, acho que até o perdoaria por mentir que era um serial killer — mas ele me amarrou em uma maca para me punir, me deu carne humana... balanço a cabeça banindo os pensamentos intrusivos. Entro na casa de Edward que está muito silenciosa, eu o procuro pela sala, cozinha, mas não encontro ninguém a não ser a empregada. —Oi dona Kiarah —ela me cumprimenta. —Oi, como vai? Você viu Edward? Ela me olha desconfortável antes de dizer: —Ele está lá fora no quintal. —Obrigada. Passo por ela indo até a porta dos fundos na cozinha, encontro Edward ao longe, ele está sem camisa e curvado, parece que está cavando um buraco. —Edward? —eu chamo, o mesmo dá um pulo ao ouvir minha voz. Eu me aproximo mais dele que se vira para mim, ele está com as mãos sujas de terra e tapa a minha visão do que está fazendo. —O que foi? —pergunto tentando ver o que tem atrás dele. —Você já chegou... —ele fala desconfortável. —O que está escondendo? Eu o empurro para o lado e quase grito ao ver Bart, o gatinho que ele me deu morto no buraco. —Não era para você ver. —O que aconteceu? —pergunto com lágrimas nos olhos. Ele suspira e começa a jogar terra para enterrá-lo. —Eu estava procurando por ele para dar ração, mas eu não o encontrei em lugar nenhum, até que eu vim aqui fora e o encontrei esfaqueado. Arregalo os olhos, quem esfaqueia um gatinho? —Pobrezinho —lamento chorando. —Isso estava com ele —Edward fala se abaixando e pegando um pedaço de papel dobrado o entregando para mim. Eu conheço essa letra!
“Isso é apenas um aviso do que eu posso fazer com esse cara que você chama de namorado. Já disse que você é minha princesa!”
Amasso o papel com raiva e respondendo a minha pergunta, Christopher é capaz de matar um gatinho inocente. —Ele está aqui em Los Angeles —Edward fala preocupado. Mal sabe ele que eu estive conversando com ele por ligação. Balanço a cabeça chorando sentindo minhas mãos tremerem feito uma vara verde. —Ele nunca me deixará em paz. Edward me abraça apertado, mas isso não é o suficiente porque os únicos braços capazes de me consolar são aqueles que me maltratam — “A mão que afaga, é a mesma que apedreja”. Me solto dele e vou para cozinha, preciso de água, a minha vontade é pegar Christopher pelo pescoço, além de ameaçar Edward ele ainda matou o meu gatinho, ele sabia que eu ia ficar mal com isso. Saio dos meus pensamentos com o som de um celular vibrando, é o celular dele que está em cima da mesa, vou até lá e aperto os olhos ao ver a mensagem na tela — não acredito nisso. “Oi lindo, eu vou à tarde” “Oi lindo”?! O que Edward está escondendo? Eu nunca vi essa garota antes, pego o celular com a minha raiva aumentada e o ciúme tomando conta e bato com o celular no peito dele assim que ele passa pela porta. —Posso saber que mensagem é essa? Ele me olha surpreso desbloqueando a tela do celular e lendo a mensagem. Edward fica um tempo em silêncio e ainda tem a audácia de responder a garota. —Seu cachorro —digo batendo em seu peito com raiva. —Calma, não é nada disso que você está pensando —ele fala segurando minhas mãos. —O que é então? —Ela é a minha prima, Meg. Eu rio com escárnio. —Fala sério, que prima chama o primo de lindo? —É verdade, a gente cresceu juntos, se não acredita é só perguntar para ela, você tem que parar com esse ciúmes sem motivo Kiarah, eu não sou ele. Essa é na primeira vez que vejo Edward nervoso e me sinto mal por estar desconfiando dele, justo Edward que sempre foi tão fofo comigo, mas é que qualquer mulher ficaria brava com uma mensagem dessa. —Me desculpe, acho melhor eu ir para casa. —Kiarah, espera! —Ele fala segurando meu braço. —Eu te amo e é com você que eu estou. Ele me puxa me fazendo chocar com seu peito e então ele me beija, mas eu não consigo corresponder na mesma intensidade que ele — não sei mais se posso confiar nele, eu quero acreditar, mas depois desses acontecimentos sinto que ficarei sempre desconfiada. —Não se esqueça que o Baile é no sábado. Ele confirma me abraçando e beijando meu pescoço. —Eu tenho mesmo que ir agora, preciso ir para a produtora. Ele me solta e me acompanha até a porta de saída, corro para o portão esperando até que esteja a uma distância segura da sua casa para que ele não veja o que estou prestes a fazer. Pego o meu celular e ligo para o número desconhecido, ele atende no quarto toque. —Você é um desgraçado! —Eu também te amo princesa —ele responde cínico. —Porque tinha que matar o meu gatinho? —Por que foi ele quem deu para você e eu fiquei com ciúmes —ele fala simples, o que me deixa mais nervosa. —Onde você está? Eu quero ver você, para enfiar um tapa bem no meio dessa sua cara! Ele emite uma risada maldita e gostosa. —Ainda não é a hora de me ver princesa, mas eu prometo que não vai demorar. E antes que eu possa responder ele desliga. —Idiota! —falo entre dentes me controlando para não jogar o celular no chão.
NOTAS DA AUTORA Olá queridos leitores! Espero que tenham gostado do capítulo, peço que comentem e deixem o voto, isso é muito importante para mim. beijos até o próximo capítulo.