Kiarah era uma jovem frágil e sensível, que após perder todos que amava em um trágico acidente de avião, se viu desamparada e sem esperança. Foi nesse momento de vulnerabilidade que Christopher, um garoto misterioso e sedutor, entrou de mansinho em...
ESTE CAPÍTULO CONTÉM CENAS FORTES DE TORTURA E ABUSO SEXUAL!
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Notas da autora Olá queridos leitores, espero que estejam bem e que sintam a intensidade desse capítulo assim como eu senti ao escreve-lo, eu esoero que gostem, Deixe um comentário e um voto para me ajudar e para a história alcançar outras pessoas. Por favor, não seja um leitor fantasma, eu faço isso aqui com muito carinho e amor. Beijos e boa leitura —Thaynara.
A dor tem gosto. Gosto de metal. De sangue. De ódio.
Minhas mãos estão roxas, presas por correntes que me mantêm pendurada do teto, os braços esticados acima da cabeça por horas, talvez dias. O corpo balança, sem equilíbrio. Os pés mal tocam o chão. As costas doem como se cada osso estivesse rachando lentamente. A pele sob os punhos está rasgada, molhada, e o sangue seco gruda nos elos das correntes como se tentasse segurar minha alma ali. O quarto é um porão escuro, iluminado por uma lâmpada velha que pisca de vez em quando. As paredes são de cimento grosso, com manchas de mofo, sangue e coisas que não quero identificar. Tem um cheiro ácido, insuportável, de vômito, de medo e de morte. eu mal aguento ficar de olhos abertos e meu corpo já está dormente pela quantidade de tempo na mesma posição, eu já passei por muita coisa, mas nada se compara a isso, ao medo, tenho mais medo pela vida da minha amiga do que pela minha, eu não sei se aguentaria perder mais uma pessoa que eu amo, ela é a minha única família, Jolie não é minha amiga, é minha irmã.
Jolie está no chão, amarrada, nua da cintura para cima, os olhos inchados, o rosto coberto de hematomas. Ela me encara com a última força que tem, e eu a encaro de volta. Não há palavras. Só silêncio. o que martim fez com ela, ele a machucou na minha frente e eu não pude fazer nada para impedir isso. meus pulsos estão em carne viva de tanto que eu me debati tentando me soltar para tirá-la das garra dele, minha voz não sai de tanto que eu gritei. Ela está tentando ser forte por mim e eu por ela. Não sei descrever o medo que sinto quando ouço os passos se aproximando e a porta de metal se abrindo, Martin entra de novo, a camisa branca bem alinhada no corpo, os cabelos penteados e a imponência como se ele fosse rei e talvez ele fosse mesmo o rei desse lugar. Ele sorri como quem aprecia arte — e talvez, para ele, nossas feridas sejam isso, mas ele não era crueldade de verdade, não era nada comparado a Christopher e mesmo assim eu sinto mais medo de Martin do dos meu Olhos azuis.
—Minhas flores — ele murmura como se estivesse apaixonado. — Como é bom ver vocês assim… tão vulneráveis. A beleza da destruição.
Ele caminha até mim, arrasta os dedos pelas minhas costelas como se eu fosse uma escultura e eu me estremeço.