Kiarah era uma jovem frágil e sensível, que após perder todos que amava em um trágico acidente de avião, se viu desamparada e sem esperança. Foi nesse momento de vulnerabilidade que Christopher, um garoto misterioso e sedutor, entrou de mansinho em...
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Notas da autora Olá queridos leitores, esse capítulo é mais curto mesmo, mas muito necessário, espero que gosteme como sempre a tradução das palavras em italiano do Christopher vai estar ao fim da história. Beijos —Thaynara
CHRISTOPHER
O cheiro do sangue me guiava
Não precisava que alguém me dissesse onde ela estava. O fedor da podridão humana, da covardia, da carne dilacerada… está por toda parte. Martin deixou um rastro como um cão doente. E eu estou no encalço dele, pronto para arrancar seus dentes com as mãos, nada daquilo me assusta, eu já tinha visto pior, tinha feito pior. Meus passos não faziam som, eu me movia como sombra, como fantasma. Dois guardas estavam no corredor. Um deles ria. Aquele tipo de riso que só um verme solta depois de assistir algo que deveria ser enterrado junto com ele. Eu nem deixei eles reagirem. O primeiro sente a lâmina entrar pela lateral do pescoço. Não era um corte limpo. Eu não queria que fosse. Ele se engasgou com o próprio sangue, os olhos arregalados em surpresa e eu o deixei cair enquanto me virei e o segundo tentou puxar a arma, mas era tarde demais. Minhas mãos estavam nele, o metal gelado da glock beijou minha mão. — Vai pro inferno — sussurrei e apertei o gatilho. Parece que caminhava no automático enquanto ia em direção a porta de metal enferrujada, meu corpo estava em chamas e meu coração pulava descompassado no peito. minhas mãos tremiam quando toquei o metal frio da porta, minhas mãos nunca tremeram antes — pela primeira vez eu senti medo, raiva e tudo de ruim ao mesmo tempo, eu tinha pedo do que podia encontrar atrás daquela porta, nada me assustou tanto antes. Quando empurrei a porta, ela rangeu e meus olhos queimaram imediatamente, guardei a arma no coldre preso em minha pernas e avancei. Kiarah estava pendurada pelas correntes, os braços machucados, coberta de suor, sangue e desespero. O corpo dela tremia, mas ela não reage quando me viu, ela estava em choque porque no chão estava o corpo morto de Jolie, eu quis gritar, quis quebrar tudo, mas eu não podia perder o controle, estava fácil demais e eu sabia que Martin me queria, ele ainda estava perambulando ali.. —Cazzo! —xinguei vendo tudo vermelho.
Eu não tive tempo de ir até ela porque, dois guardas, scemo! Entraram. O primeiro tentou me atingir com uma faca. Eu quebrei o pulso dele com um giro e usei o próprio osso quebrado como vantagem. Eu o empurrei contra a parede e enfiei a faca com tanta força em sua barriga que o cabo quebrou. E o segundo saiu correndo.
Corri atrás dele e o puxei pela nuca, arrastando-o de volta, ele gritou e implorou, mas eu bati a cabeça dele contra a parede, uma, duas, três vezes até ele parar de respirar. Houve silêncio outra vez, somente o barulho da respiração descompassada de Kiarah, ela não disse nada e nem precisava, eu estava aqui agora e nada mais importava, eu iria tirar ela dali com vida.
—Kiarah... — Minha voz falhou. —Me perdoa. Eu cheguei tarde demais.
Ela soluçou e o olhar dela se desviou para Jolie. Mas ela estava viva e infelizmente a única garota a quem eu senti afeição, além de Kiarah estava morta, mas enquanto Kiarah respirasse eu mataria quantos desgraçados fossem necessários por ela.
Tradução
Cazzo — Caralho (vulgar). Usados para se referir ao pênis ou como interjeições de surpresa, raiva etc.