Seul é o palco de uma guerra silenciosa entre dois dos criminosos mais perigosos da cidade. Park Jimin, o enigmático Kitty Gang, age sozinho com sua aura encantadora e destrutiva, enquanto Min Yoongi, o implacável Agust D, lidera sua gangue com uma...
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Seul nunca dormia. A cidade pulsava com vida, movimentando-se em seu próprio ritmo. Mas, nos últimos dias, algo estava diferente. O nome de Kitty Gang, sempre em alta, sempre nos rumores das ruas, parecia ter desaparecido como um fantasma. Não havia movimentação visível, nem grandes operações ou confrontos. Tudo estava quieto, silencioso demais.
Era isso que Kitty Gang queria. Ele sabia que a melhor forma de desestabilizar Agust D era jogar com o que o loiro odiava mais: a incerteza. Para alguém que sempre precisava de controle, que planejava cada movimento com precisão, o silêncio seria sua arma mais mortal.
Kitty Gang havia desaparecido dos olhares públicos, mas seus negócios ainda prosperavam, embora discretamente. Pequenas transações, encontros rápidos, movimentações que ninguém conseguiria rastrear facilmente. Seus capangas agiam de forma precisa, invisíveis. Ele havia ordenado que tudo fosse mantido no mínimo possível. Nada que chamasse atenção.
A cada dia que passava, ele imaginava Agust D ficando mais impaciente, mais inquieto. A frustração de não saber o que estava acontecendo. Essa era a verdadeira vantagem de Kitty Gang. Ele não precisava atacar diretamente para causar impacto.
Sentado no topo de um prédio, Kitty Gang observava a cidade abaixo de si, os olhos brilhando sob a luz da lua. Ele tinha escolhido aquele lugar propositalmente. Era um ponto estratégico, onde ele podia observar tanto o seu território quanto partes do de Agust D, uma lembrança constante de que o jogo ainda estava em andamento, mesmo que em silêncio.
-Aposto que você está se perguntando o que estou fazendo, Agust. – Kitty murmurou para si mesmo, um sorriso malicioso surgindo em seus lábios.
Ele sabia que Agust D estava em seu encalço, esperando por algum movimento, alguma pista. Mas Kitty Gang se deleitava com a ideia de mantê-lo no escuro. O silêncio não era apenas um meio de se esconder; era uma forma de controle. E ele sabia que estava se aproximando do ponto de quebra de Agust D.
***
No outro lado da cidade, Agust D estava sentado em seu escritório, o rosto tenso. O cigarro queimava entre seus dedos, mas ele mal notava. Fazia quase um mês desde o último sinal de Kitty Gang, e isso o estava consumindo. Não havia pistas, não havia movimentos detectáveis. Era como se Kitty tivesse evaporado da face da Terra.
-Droga, onde você está, Kitty? – ele rosnou, jogando o cigarro no cinzeiro com força.
Cada tentativa de rastrear o rival havia falhado miseravelmente. Seus informantes não conseguiam descobrir nada, seus homens estavam tão no escuro quanto ele. Kitty Gang estava jogando com ele, e Agust D sabia disso. Mas o que mais o irritava era o fato de que, apesar de todos os seus esforços, ele não conseguia prever o próximo movimento.
Ele levantou-se, caminhando em círculos pela sala. Sua mente estava em constante alerta, buscando qualquer sinal, qualquer erro que Kitty pudesse cometer. Mas tudo que ele recebia era o silêncio opressor. Um mês de silêncio. E isso estava começando a afetá-lo de formas que ele não admitiria para ninguém.
-Ele está me testando. – Agust D murmurou para si mesmo, os olhos semicerrados. – Ele acha que me tem sob controle.
A questão era: quanto mais tempo ele poderia aguentar essa espera? Agust D era paciente, calculista. Mas todos tinham um limite. E Kitty Gang estava empurrando-o cada vez mais perto desse limite.
***
A cidade continuava com seu ritmo, mas aqueles que conheciam bem os dois líderes sabiam que algo estava por vir. Ninguém sabia quando ou como, mas todos sentiam que o silêncio de Kitty Gang não duraria para sempre. Havia algo grande se formando nas sombras, uma tempestade que estava prestes a explodir.
Kitty Gang mantinha sua fachada tranquila, movendo as peças do jogo sem pressa. Ele não tinha pressa. O tempo estava a seu favor. E, enquanto Agust D queimava de frustração, ele apenas observava. Sabia que, no momento certo, ele reapareceria, mas só quando fosse vantajoso para ele.
O silêncio era sua arma. E ele pretendia usá-la até o fim.
