Seul é o palco de uma guerra silenciosa entre dois dos criminosos mais perigosos da cidade. Park Jimin, o enigmático Kitty Gang, age sozinho com sua aura encantadora e destrutiva, enquanto Min Yoongi, o implacável Agust D, lidera sua gangue com uma...
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Eu estava precisando de um escape. Fazia semanas que tudo parecia se acumular na minha cabeça, e até mesmo as provocações com Agust D estavam começando a ficar saturadas na minha mente. Então, decidi ir para um lugar onde ninguém esperava nada além de anonimato e indulgência: uma boate que só os mais perigosos da cidade frequentavam. Aqui, não havia leis nem julgamentos, apenas o prazer e o caos que eu conhecia tão bem.
A boate pulsava com uma energia decadente, o tipo de lugar onde todos sabiam que uma hora ou outra algo daria errado, mas era exatamente isso que a tornava tão atraente. As luzes neon banhavam tudo em tons de roxo e azul, e a música, com seus graves pesados, fazia meu corpo vibrar.
Entrei sem me preocupar em me esconder. Ali, eu era apenas Kitty Gang, e todos sabiam o peso desse nome. O cabelo rosa estava à mostra, e os olhares não demoraram a me seguir. Gostava disso. Adorava sentir as pessoas me observando, desejando, tentando adivinhar o que eu faria a seguir.
A pista de dança estava cheia, mas a parte mais interessante para mim era o palco. Não perdi tempo. Fiz aulas de striptease há alguns anos, então já sabia como controlar os olhares, como fazer cada movimento parecer intencional, sedutor. Subi no palco, e a música parecia sincronizar com os batimentos do meu coração. Quando comecei a me mover, todos os olhos estavam em mim. Podia sentir o desejo queimando no ambiente, os homens me oferecendo olhares cheios de intenções sujas, mas isso não era novo. Sempre faziam propostas, me oferecendo dinheiro por uma hora a portas fechadas. E como sempre, eu recusava com um sorriso.
Mas hoje, algo estava diferente. Enquanto me movia, senti um arrepio passar por mim. Não era só o ambiente, nem os olhares lascivos. Havia algo mais. Ou melhor, alguém. Meu olhar percorreu a multidão até encontrar o dele.
Lá estava ele, em uma mesa mais afastada, mas seu olhar era inconfundível. Agust D. O brilho de seus olhos felinos me encarava com uma intensidade que me fez sorrir. E a cicatriz que eu mesmo havia deixado nele reluzia sob as luzes. Ah, como eu amava vê-lo assim, marcado por mim. Não pude deixar de pensar no quanto aquela cicatriz o tornava ainda mais perigoso, e isso só me atiçava.
Terminei minha dança com uma última ondulação do corpo, provocando todos os olhares que me devoravam, mas, no fundo, só tinha um alvo em mente. Desci do palco e, sem pensar duas vezes, caminhei diretamente até a mesa onde Agust D estava. Ele me observava calmamente, um cigarro pendurado nos lábios, e, quando me aproximei, não fez questão de desviar o olhar.
Eu sabia o que ele queria, e ele sabia exatamente o que eu estava prestes a fazer.
Sem pedir permissão ou trocar qualquer palavra, sentei no colo dele, cruzando as pernas de forma casual, como se sempre tivesse sido meu lugar. Senti as mãos dele instintivamente segurarem minha cintura, o toque firme, possessivo. Ele exalava poder e um perigo latente, o que sempre me atraía mais do que eu queria admitir.
