Seul é o palco de uma guerra silenciosa entre dois dos criminosos mais perigosos da cidade. Park Jimin, o enigmático Kitty Gang, age sozinho com sua aura encantadora e destrutiva, enquanto Min Yoongi, o implacável Agust D, lidera sua gangue com uma...
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O silêncio da noite parecia pesar ainda mais após o beijo inesperado, mas Kitty Gang não era do tipo que se deixava intimidar. Ele olhou para Agust D, que continuava caminhando à frente, como se nada tivesse acontecido. Aquilo o irritava. O beijo tinha sido uma jogada estratégica? Talvez. Mas Kitty não conseguia afastar a sensação de que Agust estava tentando controlá-lo, jogando com ele de uma maneira que não envolvia apenas suas rivalidades habituais.
Ele retirou o boné que Agust havia colocado em sua cabeça e balançou os cabelos rosa, soltando um suspiro baixo. Ainda conseguia sentir o gosto do cigarro nos lábios de Agust, e isso só o deixava mais inquieto. O tempo todo, Agust D fumava calmamente, como se não tivesse uma cicatriz no rosto e nem tivesse acabado de evitar que ambos fossem pegos pela polícia.
-Ei, Agust – Kitty o chamou, dando um sorriso travesso. – Gostou tanto assim do meu cabelo que fez questão de me "vestir"?
Agust D lançou um olhar frio por cima do ombro, soprando a fumaça do cigarro enquanto continuava andando.
-Se não quiser se ferrar na próxima vez, use o boné. Não é por causa de você que vou ser pego.
Kitty riu, um som curto e desafiador.
-Você sempre fala como se estivesse no controle de tudo. Mas sabe que, se eu quisesse, poderia ter acabado com você lá naquele escritório.
O sorriso de Agust foi sutil, mas o suficiente para mostrar que ele não se intimidava. Ele jogou o cigarro no chão e o esmagou com o pé, parando no meio do beco escuro.
-E por que não fez isso, Kitty?
Houve uma pausa, um breve silêncio que parecia durar uma eternidade. Kitty parou de andar, cruzando os braços, encarando Agust com intensidade.
-Porque isso seria muito fácil. E eu prefiro ver você sofrendo, Agust.
Agust D sorriu, o brilho frio em seus olhos faiscando na escuridão.
-Ah, claro. Sempre foi bom em fazer joguinhos, não é?
Kitty deu de ombros, começando a andar novamente, passando por Agust.
-E você? Está apenas aceitando as regras, ou vai me surpreender? – Kitty lançou a pergunta no ar, sem esperar por uma resposta imediata.
Ao se afastarem mais do beco, o brilho das luzes da cidade começava a invadir as sombras. Agust D sabia que a missão havia sido concluída com sucesso, mas algo estava diferente. Havia uma tensão entre ele e Kitty que parecia estar crescendo a cada encontro, e ele não conseguia decidir se isso o irritava ou o fascinava.
Os dois seguiram em silêncio até chegarem a um ponto em que suas rotas precisavam se separar. Eles não podiam ser vistos juntos por muito tempo, ou as suspeitas aumentariam.
Kitty parou na esquina e olhou para Agust com aquele sorriso desafiador que parecia sempre provocar algo dentro dele.
-Até a próxima, Agust.
-Você não vai sobreviver até a próxima se continuar desse jeito – Agust respondeu, a voz baixa, mas carregada de um aviso sério.
Kitty deu uma piscada, provocando.
-Vamos ver quem vai sobreviver.
Agust o observou desaparecer pelas ruas, e por um momento, ele ficou ali, apenas encarando o vazio. Não sabia o que exatamente o mantinha ligado a Kitty Gang, além da rivalidade. Talvez fosse o perigo constante. Ou talvez fosse a imprevisibilidade de Kitty, que tornava cada encontro com ele um novo jogo de vida ou morte.
***
Uma semana se passou desde aquela missão. Agust D havia voltado aos seus negócios, retomando o controle de suas operações e mantendo-se atento às movimentações de Kitty. Ele sabia que Kitty não iria ficar quieto por muito tempo. E estava certo.
Naquela manhã, Agust recebeu uma mensagem anônima em um celular que raramente usava. Ele olhou para o aparelho com cautela antes de abri-la. Era uma foto, e nela estava o alvo que ele e Kitty haviam matado, estampado em um jornal. Logo abaixo da manchete, um bilhete havia sido colado na foto digital. "Ainda me devendo um."
-Kitty... – Agust murmurou, rindo com desdém.
Ele sabia o que aquilo significava. Kitty estava brincando com ele, como sempre fazia. Aquela mensagem era apenas mais um convite para o próximo jogo. E como em todos os jogos, alguém precisava perder.
Mais tarde, naquela noite, enquanto Agust estava no terraço de um dos seus armazéns, ele sentiu uma presença. Era tarde, e ninguém deveria estar ali além dele. Ele virou-se lentamente e viu Kitty Gang de pé na sombra, os olhos brilhando na escuridão, e um sorriso travesso iluminando seu rosto.
-Tá pronto para a próxima rodada, Agust? – Kitty perguntou, dando um passo à frente, como um felino prestes a atacar.
Agust D suspirou, se aproximando lentamente.
-Você nunca cansa, não é, Kitty?
-Nem um pouco.
Agust sorriu levemente, seu olhar nunca deixando o de Kitty.
-Então, vamos jogar.
E assim, mais uma vez, eles mergulhavam no perigoso jogo de rivalidade e tentação, sempre um passo à frente do outro, mas sem jamais deixar de lado o que realmente os mantinha presos naquela guerra particular: o desejo de vencer, e talvez algo mais, que ainda não estavam prontos para admitir.